domingo, setembro 04, 2011

Novo lema de vida

Tarde! Nesse domingo, já já saindo para ir ver Rei Leão 3D! Um sonho que tinha desde criança era ver esse filme nas telas de cinema, viverei-o e junto, 3D! Sensacional.

Mas, vamos ao tema de hoje, que é, meu novo lema de vida. Durante esse ano, estou tendo aulas com o Grande (em tamanho também 1,90m) Thiago Sampaio. Esse professor desconhece punição, ele é puramente reforçador positivo (as mulheres ainda dizem mais sobre isso). Quando não existe a possibilidade dele não reforçar, ele faz mágica e sai da situação usando DROs, DRAs e mudando o foco do assunto numa velocidade aterrorizadora.

Esse professor, até onde pude perceber, 'prega' algumas frases, as quais me convenceram de ser um ótimo lema de vida. Estou aplicando-as no meu dia a dia e estou sentindo o efeito delas. Fica a sugestão para qualquer pessoa, apesar do impacto não ser o mesmo do que várias quintas feiras ouvindo exemplos do por que este lema de vida funciona.

Basicamente são a oração da serenidade:
Serenidade para aceitar o que não pode ser mudado
Força para mudar o que pode ser mudado
Sabedoria para discernir uma coisa da outra

A frase do Saramago:
Felicidade e tristeza não são como óleo e água que não se misturam

E uma frase que é de autoria dele, talvez, não sei:
As pessoas costumam ficar sofrendo pelo que não tem e, por consequência, não aproveitam o que tem. Na verdade, as pessoas deveriam sofrer pelo que não tem e curtir o que tem.

A junção dessas frases me dão as seguintes asserções, eu não vou ter tudo que eu quero, mas isso não me impede de ser feliz, por que mesmo triste por algumas situações, existem tantas outras que me deixam feliz. E mesmo quando eu quero algo que não pode ser meu, preciso realmente avaliar se essa certeza do não ser é realmente real, pois, pode não ser.

Esse lema de vida parece estar funcionando, eu fico frustrado com as coisas que normalmente me deixam frustrado, isso não mudou. Mas eu estou aproveitando mais os momentos no qual poderia ser feliz. E isso, muda tudo.

O estado felicidade não são picos, é um estado contínuo.

Estou feliz. =D

Obrigado a todos que fazem parte desta minha felicidade, não preciso citar nomes, vocês sabem quem são e, pior, a maioria nem acessa o blog! ahahaha

Abraços.


segunda-feira, agosto 29, 2011

Quadrante do Dawn - Pt.1 (maybe 2)

Existem alguns tipos de situações, conforme exemplificado no Quadrante abaixo.


Não entendeu porra nenhuma, né? Eu explico.

As situações podem ser as seguintes:
Situação errada, com uma ação errada gerando uma consequência feliz ou triste.
Situação errada, com uma ação certa, gerando uma consequência triste ou feliz.
Situação certa, com uma ação certa, gerando uma consequência feliz ou triste.
Situação certa, com uma ação errada, gerando uma consequência triste ou feliz.

Quem nunca passou por uma situação na qual a situação é uma merda, você age totalmente errado e as coisas - adivinha - dão errado!
Esse tipo de situação é típica em provas, a prova é sempre uma situação errada, daí você não estuda, daí - adivinha - a nota vem baixa. Neste tipo de situação a culpa normalmente é sua, pois você poderia ter estudado.

Mas a situação acima, também pode ter um final feliz. Adentramos outro quadrante, a prova vem, você não estudou e tira uma nota boa. Não é muito bom contar com esses casos, pois eles são raros (a não ser que exista algum outro tipo de contra-controle como cola).

Agora, outra situação, a situação é errada, mas sua ação é certa e pode ter dois resultados, um final feliz, ou um final triste.
Exemplo disto é a maldita prova novamente, que como havia dito, é sempre uma situação errada. Daí a sua ação certa seria estudar pra *&!@&$* e - adivinha -  a nota vem equivalente, ou seja, um notão! Nada mais justo, correto? Poderíamos usar aquela frase, colhe-se o que planta-se, não?
O que acontece quando você estuda igual um &#$#@&#@$ e vai mal na prova? Ou seja, situação errada, ação certa com final triste. Normalmente, as situações que a gente tem direito* de cobrarmos alguma coisa, é quando agimos certos, mas 0k, nestes casos, as situações são erradas. Pode ficar pior...

Mudamos de quadrante quanto a situação neste momento. Agora a situação é certa!

Tenho uma situação certa, com uma ação errada e um final, feliz ou triste.
Quando a situação é certa, tudo fica mais fácil, correto? Parcialmente sim. Você vai sair pra encontrar com aquela menininha(o) que ta super afim de você (ô dilixia) e você, manézão pra carai, age igual um imbecil e, - adivinha - a menina(o) perde todo o interesse e você fica sozinho. Onde está a culpa aqui? No manézão do carai. Fica sozinho ae, 4ever Alone.
Mas, existem as situações que mesmo o cara sendo um mané, ele ainda consegue ficar com a mocinha e, - adivinha - finais felizes são sempre bons, não é? O interessante aqui seria sacar o que se fez errado, concordam?

Agora, por fim, para terminar este post, o que eu realmente queria falar.

Tenho uma situação certa, com uma ação certa e um final, feliz ou triste.
De todas as situações acima, a que mais tem a obrigação de dar certo é essa. A situação é certa, você age certo e tudo da certo! uhu!
A(O) menina(o) ta afim de você, você age certo, fica e uhu o/
Nada mais justo, nestes casos, não acha?

Agora, esse tipo de situação com final triste te dá uma raiva incomensurável. A situação tem a intenção de te beneficiar, você age de forma a realmente te beneficiar e, pumba, dá merda!
Quem já passou por isso sabe a quantidade de raiva que você fica. A(O) menina(o) ta afim de você, você ta afim, age certo, tudo dando margem pra dar certo e de repente vem um lightining strike e te acerta de um jeito monstro! Bate uma luz de insanidade na cabeça dela e ela diz "Não". WTF?! Como assim?
Sentir-se com raiva nessa ocasião é o mínimo.

Enfim gente, pra fechar, acho que podemos usar o meu novo lema de vida, a oração da serenidade, goes like this:
Serenidade para aceitar o que não pode ser mudado
Força para mudar o que pode ser mudado
Sabedoria para discernir uma coisa da outra

Em alguns casos, é necessário força, normalmente os casos são os que você age errado. Se você está agindo errado, por consequência, terá uma maior probabilidade de fazer as coisas darem errado. Portanto, se isto te gera (e as probabilidades demonstram que são altas as chances de) sofrimento. A única saída é mudar.

Em outros casos, é necessária serenidade, pois não vai conseguir mudar. Você nunca vai conseguir voltar com aquela sua ex que você tanto amou e que hoje está feliz nos braços de outro. Apesar de você ter feito tudo certo e a situação estar totalmente a seu favor, mesmo assim pode dar errado. Serenidade neste caso, deveria ser mais fácil, não acham? Neste caso, a culpa é exterior a você. torna-se um ambiente incontrolável. Fique em paz de ter feito o certo e faça-o novamente, uma hora vinga. Mas normalmente é quando sentimos mais raiva.

Mas aqui comecei com muito achismo e até vi conteúdo para outro tópico, quem sabe outro dia retomo esse tema fazendo a parte dois.

Finalizando. E a maior problematização aqui é ter a sabedoria para discernir uma coisa da outra e, ainda pior, o que é agir certo e, o que é agir errado? Como saber que se fez o certo e como saber se fiz errado?

Tenho uma coisa a dizer, maldita comunidade verbal.

*Como se possuíssemos algo, ahahaha.

domingo, agosto 07, 2011

Resumo adiantado dos últimos 5 anos - Estudos

Buenas!

Hoje o tópico é para fazer um resumo dos meus últimos cinco anos, quando eu for fazer a minha biografia (afinal, lançarei muitos livros - ahahuauhuah), já tenho de onde tirar minimamente algumas lembranças.

Estudos, há cinco anos atrás estava terminando meu curso técnico em Mecatrônica. O curso em si tinha algumas coisas que eu não fazia ideia do que eram, nunca fui bom com o back-end de eletrônica, consigo mexer com o front apenas. Tinha umas matérias de usinagem, desenho técnico, CAD, microchip, eu era terrível nisso tudo. Em algumas matérias eu me identificava muito e era até um dos melhores da sala disparado, tais como pneumática, hidráulica, controlador programável e robótica.  Em controlador programável, eu era tão bom, mas tão bom que o professor até me ofereceu um estágio na área, achando que eu já tinha formação na área! Fiquei muito mal na época, o salário era de mil e cem reais (1k1). Nossa, pra quem nunca havia trabalhado, parecia ser um dinheirão! Hoje em dia não paga nem o meu fixo, ahah. Lembro muito de um professor, o Adolfo, ele era maluco! As provas dele eram conhecidas desde o dia que você pisava no SENAI. O chamado "Se vira nos 10", um plágio do "Se vira nos 30" do Faustão (para os menos informados). A prova era dividida em duas etapas, na primeira ele mandava você montar um sistema pneumático ou hidráulico (a depender do semestre) numa folha de papel e, a segunda, montar esse aparelho na prática, seguindo o que você havia desenhado. O problema nisso, era que eram sempre 4 montagens, e adivinha, os níveis ele escolhia por aluno, sendo 1 mais fácil e 4 estupidamente difícil. Em ambas, peguei a 4 e adivinhem, não consegui montar na prática. Você tinha 10 minutos para montar, enquanto você ficava ouvindo a música randomicamente do Darth Vader, da Ponte do Rio que Cai, Marcha Fúnebre, Pantera Cor de Rosa, entre outras músicas que tiram totalmente a sua concentração. Enquanto isso ele ficava falando e botando pressão que o tempo tava acabando, não obstante, a sala inteira ficava te observando o que você fazia com aquelas caras, de "Poots, não faz isso..."... É, bem complicado... Robótica foi outra experiência interessante.

Saindo do curso de mecatrônica, adentrei a faculdade de Psicologia com 50% de bolsa, graças ao ProUni, talvez se eu tivesse pedido 100%, teria até conseguido, fui meio burro nisso. Não sabia como o sistema funcionava na época. Mesmo passando, conseguindo, entregando todos os documentos, a faculdade não quis deixar eu entrar, por que já havia um Fernando Ferreira Fernandes graduado na São Judas e, claro, só existe um 3-F no mundo. Daí cancelaram, eu naquela época queria mais que o mundo explodisse. Foi então que a minha irmã foi até a faculdade descobrir o por que, e soube deste motivo. Ela reclamou por mim (que doce ela não? Acho que nunca a agradeci por isto. Fazê-lo-ei em breve) e conseguiu a minha vaga, entretanto, já era Abril, tinha perdido tanta aula que quando cheguei, já tinham grupos formados, panelas feitas e tudo mais. Na época, eu cabeludo, querendo que o mundo explodisse, já que eu não precisava de ninguém e fazia tudo sozinho, deixei rolar. Mas, no segundo dia, uma tal de Valkyria veio falar comigo, estranhamente ela havia sentido atração por mim. ahuuahuahhauhua. A gente ficou amigo e pans, mas eu era o cara mais fdp do planeta, então eu usufruía de tudo que eu queria e deixava ela na mão, sempre. Minhas notas foram baixíssimas, afinal eu não entendia PORRA NENHUMA do que os professores estavam falando. Um tal de Freud analisando sonhos, uns outros estudos, um tal de Savater com um livro "As perguntas da vida" que não acabava nunca. A única aula que eu gostava era o do Luis Guilherme, Lacaniano maldito (óbvio que na época eu não entendia o que significa Lacan - hoje em dia eu olho e falo, como que esse baita professor aceita Lacan?). O cara dava as melhores aulas do planeta, e foi com ele, que no segundo semestre, ele contou do Bisavô Pavlov, do pareamento de estímulos e do Vovô Watson, acerca da Black box e dos experimentos com humanos. Minha paixão a comportamental começou, então. Obviamente, eu não fazia ideia do que era comportamental. Peguei três DPs, duas graças a Valkyria que me deixou na mão, então estamos quites, bom, ela me deve, por que quando eu a deixei na mão, ela não pegou DP. Enfim, tempos passados. Claro que eu nunca a perdoei e dane-se ela. 3 DPs na São Judas ainda deixam você continuar em frente. Fui para o segundo ano sem a menor vontade de continuar, faltei fevereiro inteiro e decidi trocar de horário, pensei, talvez a noite seja melhor. No primeiro dia, vi uma menina meio gósmicázinha (gótica - para os menos informados) e sentei-me perto dela, chegou uma grunge ao lado dela e, quando me vi, estava conversando com elas, um bom começo! Neste meio tempo, tinha também, sentado próximo de mim, um povo que havia saído da manhã e ido para a noite, mantive um contato próximo, o problema era que sem eu saber, eles me odiavam até a alma (claro, no primeiro ano eu era insuportável - tudo bem que até hoje sou, mas naquela época era muito mais). O ano foi passando e eu percebi que a grunge queria algo comigo, mas obviamente, eu não queria nada com ela e assim, foram me dando um gelo, sem grilos! pro meu bem! um dia estava precisando de ajuda em relação a estatística e mandei um e-mail para uma garota que havia acabado de conhecer, deste grupo antigo, que havia me aceitado (contra a vontade dos que já me conheciam). A Natalia prontamente me respondeu e este, foi o início de uma grandiosa amizade, tão intensa que até chorei ao dar tchau para ela nas férias do final do terceiro ano. No segundo e terceiro ano, fui um ótimo aluno, conheci a Yara, professora maravilhosa que me mostrou o que era comportamental, minha paixão crescente pela ciência surgiu daí, a Livia e o Nostradamus no laboratório, aprendi a ensinar um rato a fazer diversas coisas. Mas ainda existia a assombrosa psicanálise, com suas PORCARIAS pseudo-científicas. No quarto ano eu voltei mais ou menos como estava no primeiro ano, perdi muito da amizade da Natalia e de certa forma me reconfortei com a amizade do Flopes, ao qual hoje, sou grande amigo. Esse era o cara que me odiava no segundo ano e que não queria a minha presença nem a pau. Para vocês verem, o quanto eu mudei. tudo graças a Natalia, meu anjo da guarda. O quarto ano só tinha matéria psicanalítica e eu queria morrer todo dia na sala de aula. Acabando o sofrimento, no quinto ano podendo escolher o núcleo, escolhi o de comportamental, um ano inteiro só de AC! Minha vida começando, de vdd!

Foi um resumo isso! rsrs.
Faltam ainda, Dinheiro e Amor. Quando der eu faço, se fizer!

quinta-feira, julho 28, 2011

As dez Ferramentas do Mestre Sagan para Detectar Balela

O Sagan em um "Um mundo assombrado por demônios" sugeriu algumas "ferramentas para detectar mentiras raciocinar de forma cética". Logo abaixo dos pontos, uma contribuição minha acerca do pensamento do Sagan. Obviamente sei que não carrego um pífio do conhecimento dele.

1.    Sempre quando possível, deverá haver confirmação independente dos “fatos”.


Neste ponto ele basicamente diz "Fui queimado pelo dragão na minha garagem" (fato), porém, ainda necessita de uma confirmação.

 2.    Encoraje debates sobre  evidências, debates estes consistentes e por proponentes informados sobre todos os pontos de vista.
Debates sem evidências possuem normalmente uma pontuação final e para esta ser justificada, basta que eu inventar o que eu quiser para explicar. Por exemplo, posso dizer que Deus criou o universo ao peidar enquanto jogava Texas Hold'em com Satanás. O fim é explicado a partir de qualquer começo, mas a explicação tem que partir do começo para o fim, não o contrário.

3.    Argumentos partindo de autoridades têm pouco peso—”autoridades” cometeram erros no passado.  E, os cometerão novamente no futuro.  Talvez uma forma melhor de dizer isto é que nas ciências não há autoridades; no máximo, há pessoas bem informadas [experts].

Esta é a humildade da ciência, não prova nada como unânime ou ulteriormente verdadeiro e inquestionável. Pelo contrário, toda afirmação deve ser testada, replicada, retestada, dessa forma, avançamos.

4.    Explore mais que uma hipótese.  Se houver algo a ser explicado, pense em todas as formas diferentes nas quais isto poderia ser explicado.  Então pense em testes pelos quais poderia sistematicamente provar como errada cada uma das hipóteses.  A que sobrevive, a hipótese que não puder ser negada nesta seleção darwiniana entre “hipóteses múltiplas de trabalho”, tem uma chance muito maior de ser a resposta certa do que se você tivesse simplesmente agarrado a primeira idéia que provocou seu interesse.
Basicamente é "ataque sua hipótese sem dó", quanto mais falsificada ela for, maior chance tem de permanecer em pé. Pois, se você não o fizer, outros farão.

5.    Tente não ficar fixado demais a uma hipótese somente porque é a sua.  É somente um ponto de partida na busca de conhecimento.  Pergunte a você mesmo porque gosta da idéia.  Compare-a de forma justa com as alternativas.  Veja se você poderá encontrar razões para rejeitá-la.  Se você não as encontrar, outros encontrarão.

6.    Quantifique.  Se o que estiver explicando tiver alguma medida, alguma quantidade numérica a ele ligado, você estará bem mais equipado para discriminar entre hipóteses concorrentes.  O que for vago e qualitativo fica aberto a muitas explicações.  É claro, existem verdades em muitos assuntos qualitativos que somos obrigados a confrontar, mas se puder quantificar é mais desafiador.
Quanto mais quantificável, maior a probabilidade de ser tido como verdadeiro, pelo simples motivo de sua testabilidade. Assuntos qualitativos (como a minha própria profissão - Psicologia) se enredam em explicações pouco convincentes, tais como o Ego, ID... Édipo... Seio bom, seio mal... Energia Orgônica... Etc.

7.    Se houver uma cadeia de argumentos, cada elo na cadeia deverá funcionar (incluindo a premissa)—não somente a maioria deles.
O argumento transcedental da existência de Deus do Matt Slick é um exemplo disto, possui diversas argumentações e premissas, porém, nem todas são verdadeiras. Caindo na falácia.

8.    Lâmina de Occam.  Esta regra conveniente nos encoraja a, quando encararmos duas hipóteses que explicam os dados igualmente bem, escolher a mais simples.
2+2=4 ou 4x5/5=4, qual você escolhe?

9.    Sempre pergunte se a hipótese poderá ser, pelo menos em princípio, falsificada.  Proposições que não são testáveis, que não poderão ser provadas como falsas, não valem muito.  Considere a grande idéia de que nosso Universo e tudo nele é somente uma particula elementar—um elétron, digamos—num Cosmo muito maior.  Mas se nós não pudermos nunca adquirir informações de fora do nosso Universo, não é esta idéia incapaz de ser comprovada como falsa?  Você tem que poder verificar suas afirmações.  A céticos inveterados deve ser dado a chance de seguir seu raciocínio, e de duplicar suas experiências, para ver se conseguem o mesmo resultado.
Como já citei a falsificação aqui, hipóteses que não podem ser testadas não tem valor, imagine, como você vai desprova que Deus criou o universo ao peidar? Não consegue? Então é verdade? Aqui temos uma posição mais pragmatista, é na prática que acontece. No que adianta dizer que Deus criou o universo? Na prática, influencia no que em sua vida?

10.    A chave é a dependência de experiências cuidadosamente projetadas e controladas.  Não aprenderemos muito com a mera contemplação.  É tentador ficar contente com a primeira explicação candidata que vem à mente.  Uma é muito melhor que nenhuma.  Mas o que ocorre se pudermos inventar várias?  Como decidirmos entre elas?  Não o façamos.  Deixemos que a experimentação o faça..
Quase choro ao ler isto. Vem novamente, a explicação que tenta explicar o fim de algo é sempre tendenciosa, pois já sabemos como vai acabar. Fácil demais fazer asserções falsas de como chegamos aqui, basta tomarmos o cuidado suficiente dessas assserções não terem a oportunidade de serem testáveis, a partir deste momento, tudo que eu disser (que não é falsificável - portanto não tem muito valor) explica. Mas no sentido prático, explica o que? No que isso interfere a minha vida? E as outras demais explicações que meus amigos inventaram que vão contra o que eu digo. Uma vez assisti a uma palestra na qual o palestrante disse "A teoria do eu não ajuda muita gente". Normalmente, a teoria do eu além de não ajudar, tende a ser falsa, pois não seria do 'eu' se mais pessoas compartilhassem essa ideia. Se apenas um cientista falasse que a terra é redonda e toda a outra massa falasse que é plana, qual é a verdade provável? Provavelmente a massa de cientistas não aceitariam a terra redonda, não por não gostar da teoria do cara, mas por falseá-la. Portanto, sem a possibilidade de falsificação sua validade é quase nenhuma.

O interessante destes 10 pontos do Mestre Sagan é que eles são interdependentes, muito do que você pensa em um, aparece no outro e vice-versa. Muito interessante.

Tenho a intenção de mais uma publicação, entitulado o "Um manifesto do Ceticismo". em breve. Espero.

quarta-feira, julho 27, 2011

Ateísmo

Com enorme frequência eu converso com pessoas e elas me informam que:

Ser ateu é minha religião
Para ser ateu, precisa de uma quantidade igual ou até maior de fé do que para ser religioso

Em geral, eu vejo uma falsa concepção acerca do 'ser ateu', do ateísmo.

Comumente, o ateísmo é conhecido como "Acreditar que Deus não existe". Esta concepção de ateísmo é tão falsa quanto eu assertar que gosto de pagode.

Ateísmo não é, nunca foi e nem será "Acreditar" que Deus não existe.

Ateísmo é a ausência de crença sobre qualquer ser sobrenatural. É fácil de identificar isto, pois, A - teísmo, ou seja, da própria etimologia da palavra tiramos seu significado. Ateus são descrentes de Deus e não crentes de que ele não existe. Pode parecer um pequeno jogo de palavras, mas faz toda a diferença.

Estamos preparados agora para seguirmos em relação aos meus apontamentos supracitados.

Ser ateu é a minha religião. Sinceramente, acredito que crentes esquecem até o que é religião nestas horas, de tanto desespero. Mas, para refutar da forma mais simples possível, o significado da palavra religião: do latim: religare, significando religação com o divino. Nós temos uma ausência de crença a qualquer ser sobrenatural. Portanto inexiste a possibilidade de nos religarmos com algo.

Em relação a segunda posição, na qual eu preciso ter mais fé do que religiosos, ela também não convence. Notem que ateus partem de um pressuposto de rejeitar verdades até que elas encontrem evidências, provas de que o que está sendo acusado como real, é real*. Portanto, posso dizer que tenho expectativas sobre o que é verdadeiro baseando-me nas evidências que são me passadas. Por exemplo, a evolução das espécies e biogênese.

Cientistas em geral, quando não sabem uma coisa, dizem não saber. Provar que a ciência está errada não prova Deus. Muito menos o SEU Deus.

A única coisa que prova Deus, é provar Deus, e não refutar quaisquer outras teorias para falar que a sua é a única válida, pois no assunto de Deus, existem tantos que, como saber que o seu é o Deus verdadeiro? Por que não acreditar em Vishnu?

*não vamos entrar em uma discussão aqui sobre o que é real. Usemos o senso comum mesmo, tudo bem?

segunda-feira, junho 13, 2011

Malditas contingências

Malditas contingências

domingo, junho 12, 2011

Amor, Sexo e Relacionamentos

Hoje o assunto vem a calhar, próximo a um término de algo que eu chamo de relacionamento (mas que outras pessoas chamam de outras coisas - talvez eu explique isso) e bem próximo de uma data bem especial para pessoas mais tradicionais (comecei a digitar isto ontem, mas as contingências não deixaram eu terminar).

Primeiramente e quase que obviamente a crítica será feita à religião. A base da crítica será essa frase, não me lembro o autor:

“Religion takes everything that your DNA naturally wants to do to survive and procreate and makes it wrong" (Religião pega tudo que o seu DNA naturalmente quer fazer para sobreviver e procriar e faz disso algo errado)

O Brasil que é um país com uma forte influência religiosa em todos os cantos (pelo que eu vejo, católicos e evangélicos - me limitando a SP). Portanto, normalmente nascemos em famílias religiosas e muito do nosso princípio é modelado a partir dos valores morais da nossa família, que é o primeiro grupo social que temos contato.

Estes valores religiosos linkam, fazem uma ligação direta entre amor, sexo e relacionamentos, e aqui meus amigos, vem toda a minha crítica.

Amor, sexo e relacionamentos são coisas que a depender do tempo que as pessoas estão juntos, inevitavelmente acontece, mas os gradientes são diferentes.

A religião linka os três no gradiente mais poderoso possível. Preciso amar a pessoa para poder ter relações sexuais, porém, para poder ter relações sexuais eu preciso estar em um relacionamento (hoje em dia conhecido como namoro).

Uma coisa que eu não entendo é: por que as pessoas vinculam atração física a amor? Ou sexo com amor? Ou sexo com relacionamentos?

Mentira, eu entendo sim e já expliquei o por que disto acontecer. Acontece por causa da religião e dos valores morais das mesmas. A religião quer a sua infelicidade, é isso que ela quer.

Sabe por que digo isso? Melhor, deixem uma Doutora dizer: o tesão sexual é muito forte. Em termos de promessa de satisfação a curto prazo, é mais poderoso do que matar a fome ou a sede. Depois de uma relação sexual há uma grande liberação de endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao ópio, que tira a dor e proporciona um profundo bem estar. (Margareth Rose Priel, do departamento de neurologia experimental da Universidade Federal de São Paulo)

Sexo é prazer a curtíssimo prazo e não gente, não é errado fazer! Não precisamos amar a pessoa e não precisamos estar em um relacionamento com ela. Podemos ter um relacionamento, podemos amar, mas não precisamos de uma prisão sentimental (já vocês entendem).

As pessoas tentam vincular o dia dos namorados como um dia feliz para os namorados e triste para os solteiros. Eu pergunto, me expliquem então por que isso acontece?

Os namorados estão gastando dinheiro em uma data arbitrária. Vão ter que passar mais um dia com suas namoradas, por exemplo, um amigo do meu irmão queria vir hoje aqui em casa, mas a noiva dele não deixou. Um amigo meu queria ir ao show do The Agonist que vai ter hoje, mas a namorada dele não deixou. Meu irmão ganhou Tron 1 em Bluray, quando na verdade, ele queria o Bluray do Tron 2. Ou seja, isto fatalmente desembocará em briga. O The Agonist, dificilmente voltará para o Brasil e quando terminar o relacionamento deste meu amigo com sua namorada, vai sobrar um pensamento "caramba, não fui ao the agonist e não to namorando".

Aqui vem a minha segunda crítica ao namoro, o aprisionamento. Quando namoramos, por que temos que fazer tudo juntos? Somos tão pequenos assim? Sabe o por que digo isso? Não é por que temos prazer, nos sentimentos bem, ou seja, não é por que temos Reforço Positivo na veia. Somos pequenos por que não deixamos as pessoas com as quais estamos namorando saírem sozinhos por Reforço Negativo, é alívio, é a remoção de achar que a pessoa está pulando a cerca. A confiança acaba onde o poder da vista termina.

Uma das soluções para este problema é que hoje em dia a sociedade está se vendo cada vez mais instintual, as pessoas são cada vez mais, menos controláveis. Deus está caindo, aos poucos as pessoas estão passando para religiões menos controladoras, que permitem que você tenha outros tipos de relacionamentos. O contato com Deus está se modificando também, as pessoas estão e aqui vem uma frase linda da banda Sixpence none the richer:

I need love
Not some sentimental prison
I need God
Not the political church
I need fire
To melt the frozen sea inside me
I need love

eu preciso de amor
não de uma prisão sentimental
eu preciso de Deus
não da igreja política
eu preciso de fogo
para derreter este mar congelado dentro de mim
eu preciso de amor

O Deus politizado está caindo aos poucos (bem aos poucos mesmo). As pessoas estão cada vez mais liberais e enxergando Deus cada vez mais como liberal. Deus está perdoando o sexo sem significado, os relacionamentos rápidos, o sexo antes do casamento.

As pessoas estão querendo fugir de prisões sentimentais, as pessoas estão querendo fogo, estão querendo ser reconfortadas por um Deus amoroso, não um Deus que te enviará para queimar no inferno. A religião só continuará a crescer se o significado de Deus se tornar Reforço Positivo e não Coercitivo - mudança esta que vem acontecendo.

Hoje em dia, estamos na época que dizem ser do desapego, eu desgosto deste termo por que ele vai contra os meus próprios princípios. Eu não acho que o desapego seja a solução, por que ele postula relacionamentos sem significados. Eu não quero isso. Eu quero relacionamentos com significados baseados em liberdade, sem ter que ficar pensando o que seu companheiro está fazendo, se ele está te traindo, proibindo-o de fazer o que ele quer fazer... Relacionamentos pautados em estarmos juntos quando queremos estar juntos e não por que precisamos, como se fosse algum tipo de obrigação.

Obviamente eu não sou totalmente contra a monogamia, quando finalmente você encontra uma pessoa e pensa, essa é pra casar!, parabéns! Pra mim, ainda mais importante do que amar uma pessoa é confiar nesta pessoa.

Confiança libera a gente da prisão sentimental, a gente não precisa ficar preocupado com até onde os nossos olhos enxergam, por que confiamos nesta pessoa e quase que como resultado disto, amamos também. Ciúme raramente é saudável, desconfiança então!

Muito me impressiona uma pessoa que amo e tenho como modelo de vida (infelizmente tudo que ela tenta me ensinar, passa tão batido, a nossa frequência é tão diferente que quando ela quer me falar uma coisa, acho que entendo outra. Enfim, é um grande modelo e também acho que meu tempo de ser modelado por ela está acabando). Esta pessoa é super religiosa, o contato que ela tem com Deus é em seu quarto, não é com a igreja política. O casamento dela é baseado em confiança e liberdade, muitas vezes ela sai sem seu marido. Seu marido viaja e ela não se preocupa. Eles se amam. A explicação que ela me dá é que as pessoas tendem a pensar que o outro é sua outra metade, ela mudou meu pensamento radicalmente ao me falar que ela, na verdade, não é metade de ninguém. Que história é essa de metade? Ela é uma inteira! Seu marido também é um inteiro. Ambos são duas pessoas se relacionando. Não são simbiontes que se alimentam um do outro.

O que eles tem eu acho lindo. Quero pra mim também. Mas relacionamentos que já começam com cobranças e aprisionamentos eu não consigo e quando eu tento levemente me esquivar com a minha honestidade. Acabam ao saber meus propósitos, sem dó.

Eu quero construir amor a partir de liberdade e confiança com quantas pessoas forem, até fazer a minha escolha. Eu não quero um aprisionamento numa ficada.

Como já disse Sixpence, novamente, citando os Beastie Boys, I just wasn't made for these times (eu simplesmente não fui feito para estes tempos).

Mas estou feliz, updates sobre meu cachorro, ele ta super bem, latindo, com o rabo pra cima, fazendo arte. Apesar deste post ser entre outras postulações de pensamentos meus, é também um tipo de desabafo para um término de um relacionamento do qual discordo o motivo do término que me deixou um pouco chateado, a vida continua.

O show, tem que continuar.

E como diz The corrs, citando uma banda que não sei, mas sei que a música não é deles: Woman, they will come and they will go (mulheres, elas virão e irão)...

Até uma próxima.
Dawn.

segunda-feira, junho 06, 2011

The Cranberries - Linger

Essa música deveria ser proibida de existir, não pelo fato de que ela é a maior verdade multiversal (sim, se existem outros universos, esta é com certeza e sem sombra de dúvidas a maior até nestes), mas pelo fato de que relacionamentos em geral, deveriam ser terminados apenas com aviso prévio, para diminuir o golpe.

Extinção sem fade-out é uma das coisas mais cruéis que existem. Quando estamos acostumados a agir no mundo e obtermos algo bom*, estamos cientes de que, ajo e tenho, se agirmos e não tivermos ou se disserem para nós que não teremos mais algo, é tão dolorido quanto.

Começa-se então a variabilidade da resposta, pois, não vamos aceitar a extinção de primeira, vai existir obviamente um processo até que o comportamento retorne ao seu estado operante (ou seja, o que você fazia antes de conhecer tal reforçador).

Sem mais delongas, hoje estou impaciente, então a letra vai ser jogada, a tradução pode ser encontrada clicando aqui:



If you, if you could return, don't let it burn, don't let it fade.
I'm sure I'm not being rude, but it's just your attitude,
It's tearing me apart, It's ruining everything.

I swore, I swore I would be true, and honey, so did you.
So why were you holding her hand? Is that the way we stand?
Were you lying all the time? Was it just a game to you?

But I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

Oh, I thought the world of you.
I thought nothing could go wrong,
But I was wrong. I was wrong.

If you, if you could get by, trying not to lie,
Things wouldn't be so confused and I wouldn't feel so used,
But you always really knew, I just wanna be with you.

But I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

And I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

Pra mim, a parte relevante que mais quero destacar é que, I thought nothing could go wrong,
But I was wrong. I was wrong. (Eu pense que nada poderia dar errado, mas eu estava errado, eu estava errado). Quem nunca pensou, "isso, dar errado? Claro que não! Impossível" e leva um Tiger Upper-cut na boca? Sabe daqueles que pegam os 7 hits e tiram metade da vida?

Pois é, deveria ser proibido. As relações deveriam findar-se apenas com a decisão de duas pessoas. Que absurdo é este de sair falando que se pode terminar assim, de uma hora pra outra sem a concordância das duas partes? Não! exijo julgamento! Um terceiro que decida, quem te deu o poder?

Finda-se, não eu, mas nós. E isso eu acho um ultraje, um desperdício. E mais, é tudo culpa sua. Mentira, mas até aí, é isso que ficará na minha lembrança, lembranças forjadas para minha própria auto-proteção.

*para usar um linguajar comum

Final de semana do caralho

É gente, nem tudo é reforçador positivo, in fact, reforçador positivo ta em falta hoje em dia.

O luvinha, meu cachorro mais novo, desenvolveu um quadro forte de epilepsia. O Sábado foi marcado por idas e vindas ao veterinário, com gente chorando em casa, gritos, meu irmão entupido de calmantes etc.

Felizmente consegui terminar os relatórios que estavam faltando e fui comemorar, com certeza a melhor parte do fds.

No domingo de manhã, acordei e fui levar meu cachorro novamente ao veterinário, de acordo com a minha mãe, ela perdeu a conta de quantas convulsões o Luvinha teve.

O dia seguiu e as convulsões diminuiram a frequência, o dia estava um pouco melhorzinho, estava fazendo meu TCC já sem muita vontade (apesar do resultado final, na minha opinião, ter sido positivo) e a noite, para a minha satisfação, me dão uma cereja no bolo. Sinceramente? Vai tomar naquele lugar, mesmo.

Uma amiga pela qual tenho grande apreço (e infelizmente acho que ela não faz ideia do valor que eu dou a ela) simplesmente virou para mim (modo de falar, foi por msn) e disse, não sou mais sua amiga, por favor, não converse mais comigo (em outras palavras - topografias diferentes, funções as mesmas). Tive acesso aos porques disto meia hora depois, com os créditos do meu celular zerados. Isto é particular, então não vou colocar aqui.

A intenção do post não é publicar minha vida na internet, é olhar para o céu e clamar a existência de Deus. Será tudo isto punição divina?

A gente costuma pensar que pessoas boas deveriam ter uma boa vida, trabalho, ajudo em casa, faço faculdade, não roubo, pago minhas contas, tenho meu carro... Mas isso não diz que você terá uma boa vida.

Vezes eu penso em deixar de ser honesto, em me aproveitar das pessoas na cara larga. Malditos princípios.
Honestidade que me rouba, que me tira, que me desprovê de tudo quanto é coisa, do ódio da minha família até o amor de pessoas queridas.

Me fere, me destrói, me fragmenta e mesmo assim, minha inabilidade de chorar e de expressar que estou triste alavanca ainda mais os socos na minh'alma, ninguém acredita em mim quando digo que estou triste, não convenço as pessoas.

Tão honesto, passado por tão mentiroso.

As pessoas acham que choro é sinônimo de tristeza, estão errados e atores provam isto. As pessoas acham que dizer que está triste convence menos que o choro, posso concordar, mas não para mim.

Me fere, me destrói, me fragmenta. Todos acham que tenho uma ótima vida, estão enganados. Neste momento, estou perdido.

Malditas contingências... malditas contingências...

Aos que ficam, fica aqui meu agradecimento a vocês.

sexta-feira, junho 03, 2011

Decotes - Afinal, mulheres são retardadas?

Antes de tudo, sim, eu quis chamar a atenção com o nome do tópico. ahuahuahuhau

Explicação do contexto. Local - Última porta do vagão do metro. Eu estava contra a parede lendo o que pra mim é o Novo Testamento da Igreja das Sagradas Contingências, ou seja, Compreender o Behaviorismo do Baum até que entram duas garotas. Uma delas com um belo decote e belos seios. Estava também bastante maquiada, olhos claros e loira. Um overall da nota dela, uns 7,75.

A temperatura em São Paulo era de 14º e com exceção de mim e dela, todas as outras pessoas no vagão estavam de blusa. Enquanto lia o livro, em momentos oportunos, vislumbrava seu decote e seu farto conteúdo, até que decidi complementá-la.

Eu: Oi (chamando sua atenção), belos seios.
Ela: (cara de espanto durante alguns segundos)
Eu: (cara de, qual o problema? ta louca?)
Ela: (após alguns segundos), você não tem vergonha na cara?
Eu: Como-lhe? Não entendi...
Ela: Você não tem vergonha na cara de falar isso?
Eu: O que vergonha na cara tem a ver com isto?
Ela: (provavelmente espantadada com a minha óbvia cara de pau)
Eu: Olhe ao seu redor
Ela: (olha ao redor)
Eu: Com nossa exceção, todos estão de blusa e você está usando decote.
Ela: E o que isso tem a ver?
Eu: Agora você vai ter que me dar 2 minutos... o que você acha que podemos levantar como hipótese? De que você gosta que as pessoas olhem para o seu decote e te achem atraente, pois, obviamente isto faz te sentir bem, faz te sentir bela, querida, superior e qualquer outra qualidade que queira colocar. Note, você também está muito maquiada, ou seja, aparência para você é algo de extrema valia, isto é um fato. Você deve acordar 1h30min antes de sair de casa pra tomar banho, fazer chapinha, passar maquiagem, escolher a roupa, se é que isto não é feito no dia anterior. A utilização de tudo isto que você está usando resulta exatamente no que você quer, que as pessoas olhem para você. Não tenho dúvida que você gosta/adora/ama que as pessoas olhem para você, se não, não se vestiria assim, o frio proporciona elegância para as pessoas, o que você está usando é proporcionado pelo verão. Agora, o que eu acho que está acontecendo aqui, um estranho olhou para você, dando exatamente o que você quer, mas ele foi além e disse isso na sua cara, você pode ter dois possíveis comportamentos, o primeiro é um comportamento* no qual você está feliz interiormente por ter sido complementada mas socialmente, aqui neste vagão, por causa das outras pessoas, da sua amiga, enfim, não pode aceitar este elogio e acha que isto é um absurdo socialmente, apesar de novamente, internamente estar super se achando. Eu considero isto bem idiota. O segundo é, você está se sentindo ofendida tanto no seu interior quanto no social, e isso, eu considero idiota ao quadrado, por que, se você se veste assim é isso o que você vai ter e se você não quer isto, tem alguma coisa muito, mas muito, mas muito fodida na sua cabeça.
Ela: (num tom bastante agressivo), eu só não vou continuar a discussão e nem fazer nada por que eu estou descendo, se não você ia ver....

A porta abre, ela sai.

Sério gente, decote no frio? É por que quer mostrar, olhe sem dó. Se ela se sentir ofendida, tem alguma coisa fodida na cabeça dela.

*na análise do comportamento a gente diria sobre a famosa expressão e demonstração de sentimentos. Digo que amo (demonstro), mas não expresso que amo.

quarta-feira, junho 01, 2011

Eu sou chato

Eu tenho diversos diversos ambientes, então, normalmente as pessoas costumam achar que é pessoal, mas galera, deixa eu explicar o seguinte em relação aos âmbitos de:

trabalho - O Fernando é chato
faculdade - O Fernando é chato
amizades - O Dawn é chato
Internet - O Dawn é chato
Família - O Fernando é MUITO MEGA BLASTER chato

Conclusão, gente, não é pessoal, não estou sendo chato com você, eu sou chato com todo mundo. E se você não faz parte da minha família, considere-se muito sortudo.

sábado, maio 21, 2011

Será que ele/ela gosta de mim?

Olá!

O tópico de hoje abordará uma questão chave nas relações interpessoais, será que tal pessoa gosta de mim?

Obviamente o gostar vai da amizade até o campo mais perturbador da vida humana, as amizades coloridas, as paixões, os amores...

As pessoas tendem a se perguntar incessantemente se tal pessoa gosta dela "Fulano gosta de mim?" ... "O que você acha?"... e muitas vezes, simplesmente ignoram todos os sinais que são dados.

Abaixo, alguns sinais que demonstram interesse de um por outro:

1 - A pessoa quando te encontra, abre um sorriso, levanta a sobrancelha.
2 - A pessoa liga pra você.
3 - A pessoa te envia e-mails, mensagens.
4 - A pessoa te adiciona (antes de você) nas redes sociais.
5 - Quando você a chama pra sair, ela sai!
6 - Quando você está conversando com ela, ela mantém o corpo próximo.
7 - Ela não rejeita toques (no caso masc/fem).

Na maioria dos casos citados acima é sempre bom ter um parâmetro para comparação. Quando ela vê outra pessoa, como ela reage? De vez em quando, por exemplo o item 1 acima, ela pode ver o melhor best ever friend dela e nem abrir nenhum sorriso. Então, apesar dos exemplos acima funcionarem por generalização, não são 100%.

Basicamente, podemos resumir o acima em, o custo de resposta (ação de uma pessoa) frente a um estímulo (você), deve ser mais reforçador (conversa) do que outras coisas que ela poderia estar fazendo.

Olhe um caso, uma garota acaba de entrar no msn:

X - homem. Y = mulher.

X diz:
Eae
Y diz:
Oi X, tudo bem?

Por mais simples que isto possa ser, o custo de resposta de digitar isto é muito maior que um simples "oi...". O começo da conversa, pode indicar muitas coisas. Por exemplo, ela responde o oi do X e além disto, proativamente continua a conversa perguntando sobre ele. Muito diferente de um "oi", que indicaria certa passividade no sentido de "0k, respondi, continue ou não a conversa". Receber um "Oiiiii, tudo beeem?" é via de regra, um ponto positivo.

X diz:
Beleza, só to enrolado com algumas coisas aqui... Mas e você como que ta?

Em relação ao X, a resposta dele é de tentar gerar alguma conversa com o ponto "enrolado com algumas coisas", obviamente ele quer que ela pergunte sobre e, não parando por aí, demonstra o mesmo interesse por ela, perguntando como ela esta.

Y diz:
To bem... mas ta enrolado com o que?

Acaba aqui o exemplo, conversa estabelecida, só dar continuidade, neste caso, o exemplo é de uma boa interação. Mas notem, pelo amor de Zeus, como já diz aquela comunidade no Orkut, "Sou legal, não estou te dando bola". Isto é outra coisa, que talvez, abordaremos mais a frente.

Outro caso, um rapaz querendo sair com uma garota depois de uma conversa.

X diz:
Po, ia ser legal.. que acha de irmos até um lugar ali...

Y diz:
ahh, hoje não dá! preciso fazer tal coisa...

Vocês já recusaram alguma vez uma oferta muito boa na vida de vocês? Quem quer, acha um jeito de conseguir. Notem, inclusive, que ela simplesmente fala que hoje não dá, mas também não abre a oportunidade para ser outros dias, uma alternativa para isso seria, "X, adoraria mesmo, vamos marcar outro dia com certeza, mas hoje não dá" ou qualquer outra coisa que demarcasse que outro dia iria rolar alguma coisa, não precisa ser tão fácil assim.

Uma pessoa, depois de chamar alguém para sair, duas vezes, não sai, só lamento kiddo, as pessoas tendem a sair com as pessoas que gostam. É sempre importante nas relações interpessoais notar os demonstradores de interesse que uma pessoa tem por você, isto é quase chave para saber se alguém gosta ou não de você.

Quando você conhece alguém e essa pessoa não faz pergunta nenhuma sobre você, não é legal.
Quando você conhece alguém que não fala muito, não ri, mantém uma postura fechada, não é legal.

Obviamente os sinais acima podem ser tratados, de vez em quando a pessoa é tímida, não sabe conversar, ou está te testando, mas, algumas pessoas simplesmente não valem a pena.

Uma pessoa que se esforça pra te ver, que te elogia quando te vê, que pede ajuda, que é ajudada, que mantém uma boa relação no sentido de conversar muito bem. Estas relações são claramente boas. O contrário disto demonstra facilmente que alguém não gosta de você e ficar se perguntando "será que alguém gosta de mim" é respondido por, quais são os esforços que esta pessoa faz para te ver, para conversar com você... Se a pessoa não te liga, não te procura, não um monte de coisas, dependendo de quem for, vai embora, chega, tudo tem limite.

Fiquem atentos aos demonstradores de interesse, eles são a chave para saber quando alguém gosta ou não de você.

quinta-feira, maio 12, 2011

Conflitos

Existem três tipos de conflitos, sendo eles os conflitos aproximação-aproximação, aproximação-esquiva e esquiva-esquiva.

O conflito aproximação-aproximação é dentre os conflitos, o melhor. Acontece que são duas coisas boas e você tem que decidir entre uma e outra. Eu tenho duas festas, de dois amigos, porém, uma é em Santos e a outra em Campos do Jordão. Não tem como ir as duas festas, apesar, eu querer ir as duas.

A tomada de decisão neste caso pode desembocar em diversos sentimentos de culpa, por exemplo, se a festa em Campos do Jordão (que foi escolhida) foi uma droga e eu não me diverti, vai gerar o pensamento "deveria ter ido a Santos!". Não é por que esta é a melhor, que não seja angustiante. A vantagem desta é a probabilidade de você se divertir, esta apresenta probabilidades maiores, como veremoa abaixo.

A segunda é a aproximação-esquiva e isto já começa a ficar complicado, pois, é aquele tipo de situação que você quer, mas, tem aquela outra variável que é agradável e desagradável ao mesmo tempo. Por exemplo, eu tenho apenas a festa em Campos de Jordão, vários dos meus amigos estarão lá, mas vai estar também a minha ex que sempre faz barraco quando me vê. Por exemplo, morar em São Paulo me traz uma diversidade muito ampla de lugares para ir, bares, baladas, shoppings, cursos, porém, também me traz trânsito, muita gente em todo lugar que se vai, custo alto de vida. No meu caso, morar na casa da minha mãe com a minha família é ótimo, gasto menos do que gastaria sozinho, tenho menos trabalho no sentido que não preciso lavar minha roupa nem fazer minha comida, mas, não tenho um lugar privado, os estudos são totalmente minados pelo barulho.

Agora é a hora de sentir pena e dó das pessoas, as situações esquiva-esquiva. Esta obedece basicamente duas frases, "se ficar o bixo come se correr o bixo pega" e, citando o Chase em um episódio de House "Damned if you do, damned if you don't"* (condenado se fizer, condenado se não fizer). Imagine que você está com uma mega dor de dente, 0k? Agora imagine também que você odeia (tem pavor de) ir ao dentista. Qual você escolhe? Imagina que você quebrou aquela peça super valiosa da sua mãe. Você pode contar pra ela ou não contar pra ela. Enquanto você não conta, você não consegue parar de pensar nisso, toda vez que sua mãe mexe naquele canto que ficava a peça, você sua frio. Quando sua mãe descobrir, ela vai acabar com você. Por isto, situações esquiva-esquiva são tão chateantes.

Ta, mas por que você ta falando disso? Por que eu to enfrentando milhões de situações esquiva-esquiva e aproximação-esquiva e está muito ruim. Entendendo-as melhor, pode-se tomar rumos melhores.

Notem gente, estas são situações de CONFLITO, não são todas as situações da vida. Se você não quer ir a festa em Santos, então não existe conflito. Você simplesmente vai a festa em Campos. Se você não se importa com a sua ex fazendo barraco, então não tem conflito e por fim, se eu não tenho receio de ir ao dentista, também não existe conflito.

E óbvio que estes argumentos são precedidos pelo Behaviorismo.

*Neste episódio, a Cameron acerta o diagnóstico perfeitamente logo no começo do episódio, mas o House fala que não é e ela desiste. O Foreman vai contra tudo que o House está fazendo com a paciente e dedura ele para a Cuddy (obviamente ele fica puto com o Foreman). Daí no final do episódio, quando a Cameron diz "mas este foi meu primeiro diagnóstico", o House vira pra ela e diz "Você deveria ser mais igual ao Foreman e ser mais convicta sobre suas decisões, eu falei duas palavras e você desistiu do seu diagnóstico". Daí o Chase diz a frase supracitada ""Damned if you do, damned if you don't"

domingo, abril 24, 2011

Conversa de Páscoa

Dawnzito no msn de boas, quando, entra uma amiguinha começa a contar uma história sem nem avisar:

X diz:

*eu estou com nojo,  nunca mais quero fazer s3exo na minha vida!
*juro, a Y foi muito vadia...
*a gente saiu ontem era um esqueminha armado e eu nem sabia. mas enfim, ela e tal de A que não é uma máquina de fazer sexo começaram a querer se pegar, como eu já estava morrendo de sono dormi para não atrapalhar.
*estavamos no condomínio do cara e dentro do carro dele eu estava dormindo, do nada os dois entram com aquele barulho de beijo, respiração ofegante e dando amassos. até então tudo bem, fiquei na minha....odeio que empatem minha foda.
*ai os dois vão p garagem...e o banco abaixado que eu não conseguia mexer minha perna, os dois começaram a fazer sexo dentro do carro comigo no banco de trás teoricamente dormindo!!!
*foi bizarro Fe...ai no meio do sexo eles se falavam, você não vai contar p ninguém da faculdade, ne?!
não porque isso fica só entre a gente. mais patético foi ele perguntando se ela já tinha gozado...ai ela disse que não, os dois começaram a discutir sobre o orgasmo feminino. ai ele disse que ela tinha sido a menina mais difícil de fazer gozar, e eque ela deveria fazer sexo com uma máquina. hahaha
*ai ela perguntou se ele tinha gozado...pareciam dois virgens!
e ela falando que ele estava afobado, mas ela não sabia que o certo era afobado e falava "afobido".
Dawn Bringer - Dê uma chance às contingências. diz:
*~WIUHOWHQFOIWHFIOHfwio
*AIUEHUEAHIUHAEUIHAEIUHEIUAHIUEAHUIEAHUIEAHIUAEHIUHIAEUhaeiuheiauhaeuhaeu
*Zeus!
*Sagradas contingências!

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Conversa vai, conversa vem...
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Dawn Bringer - Dê uma chance às contingências. diz:
*quanto tempo demorou
*o sofrimento?
X diz:
*porra não sei, mas muitas músicas de Luan Santana e gênero que fizeram a coisa ser ainda pior!
Dawn Bringer - Dê uma chance às contingências. diz:
*ÇUEEHIOAEHIEAHoei
*tava tocando um luan santana ainda
*OIHAEEHEHEAIOIAEOHAE
X diz:
*sim....ela ainda comentou...Olha, uma transa ao som de Luan Santana!
*me incoformei quando ela começou a falar a fim de excita-lo...."enfia gostoso", eu pararia e perguntaria está ruim? me defina gostoso.
Y, você é muito gostosa! Eu sou??
Dawn Bringer - Dê uma chance às contingências. diz:
*UEUAEHUÇIAEHUHAEIUAHEUEIUHAEAEIUHAEIU
*MANO
*AOEIHEAHOIAEHIoHAEheheiahoeia
*Que tosco

O que aconteceu com o behaviorismo?

Estava eu, em casa, num sexta-feira, quando me é passado um arquivo. No começo do texto fiquei perplexo, deixe-me explicar o por que.

Há exatamente uma semana antes deste arquivo, tinha assistido uma aula de Psicologia em Yale (sem fantasiar gente, pelo youtube - passaria o link mas acho perda de tempo) com o Cognitivista reconhecidíssimo Paul Bloom. Eis o que ele disse no final da aula sobre o Behaviorismo:

- So, behaviorism as a dominant intelectual field has faded. But still leaves behind an important legacy.

- Então, behaviorismo como um campo intelectual dominante desapareceu. Mas ainda deixa para trás um importante legado.

O texto que tinha acabado de me ser passado dizia a mesma coisa e o autor era também americano. Logo pensei, WTF? No seu berço de nascença (EUA) o behaviorismo morreu e aqui no Brasil aparenta estar mais forte do que nunca? WTF?

Para mostrar que não estou mentindo, um recorte:
"Afinal, o behaviorismo não saiu de cena? Não vivemos nós na idade da revolução cognitiva, que ainda mantém o seu ímpeto e domina a maioria das subáreas da psicologia?" (Roediger, 2004, p.1).

A minha teimosia foi o que fez eu continuar lendo, afinal e citando o Mestre Sagan, afirmações extraordinárias demandam explicações extraordinárias. O meu pensamento era, "quero ver esse cara provar essa besteira que ele está falando".

E adentrei a leitura, armado com tanques de guerra para proteger a minha tão sagrada contingência.

De repente confesso certa confusão:

Em 1913, nove anos após o nascimento de Skinner, John B. Watson publicou o seu famoso artigo “Psychology from the stand point of a Behaviorist” [Psicologia do ponto de vista de um Behaviorista] na Psychological Review. Ele era breve, mas poderoso. Watson dizia que a psicologia deveria livrar-se do estudo introspectivo de eventos mentais que não eram diretamente observáveis – imagética, memória, consciência e etc. – e estudar o comportamento. Watson subscrevia a declaração de Walter Pillsbury de que “a psicologia é a ciência do comportamento” e ia além ao dizer que “Acredito que podemos produzir uma psicologia, defini-la como o fez Pillsbury e nunca recuarmos desta definição: nunca usarmos os termos consciência, estados mentais, mente, conteúdos introspectivamente verificáveis, imagética e assemelhados” (1913, p. 116). Osso duro de engolir! Estudar somente o comportamento! Psicólogos da velha-guarda provavelmente julgaram Watson meio maluco, mas os jovens psicólogos acorreram a ele em bandos e, ao longo dos anos, sua posição continuou a atrair adeptos convictos. (Roediger, 2004, p.1).

O grifo é um tipo de defesa ao behaviorismo, tirei os tanques de jogo.

"O behaviorismo pretendia fazer da psicologia uma ciência natural."(Roediger, 2004, p.2).

Tem algo mais lindo do que uma ciência natural? Enquanto isto, dualistas brigavam (e ainda brigam) com a introspecção, com suas interpolações metafóricas, com suas substâncias invisíveis e energias nunca provadas. Puro achismo do ponto de vista da ciência. O positivismo nunca aceitaria tal achismo como ciência, mas, continuando (isso é adição minha ao texto).

O autor continua escrevendo sobre o histórico do behaviorismo e citando grandes autores e contribuidores ao behaviorismo, tais como Tolman, Hull, Spence, e Pavlov até chegarmos a revolução, a um livro chamado "O comportamento dos organismos" de 1938, do papai Skinner.

"vejamos a caricatura da história da psicologia na qual parecem acreditar muitos dos psicólogos cognitivistas [...]. Nesta visão caricata, a Historia da Psicologia é alguma coisa equivalente à História da Civilização Ocidental e diz assim: os primeiros psicólogos, tais como Willian James, tinham grandes idéias e especulações e os psicólogos estudavam da melhor maneira possível fenômenos cognitivos, tais como imagética; James e seus colegas corresponderiam aos antigos Atenienses, talvez Sócrates, Platão e Aristóteles. Contudo, mais tarde, e devido a Watson, Skinner e outros da sua laia, a Idade das Trevas cobriu o mundo: a ortodoxia religiosa do Behaviorismo cobriu a terra e sufocou as concepções criativas sobre os fenômenos cognitivos e outros temas. Finalmente, a Renascença aconteceu no início dos anos 50, quando o trabalho experimental de George Miller, Donald Broadbent, Wendell Garner e outros, como também os escritos de Noam Chomsky, conduziram a psicologia para fora da idade negra e em direção à luz da revolução cognitiva. O movimento ganhou impulso nos anos 60 e[...]. O behaviorismo ainda vivia, durante os anos 60 e início dos anos 70, assim reza a estória, mas vistos os fatos a luz da atualidade, somente como um movimento intelectual de retaguarda, que estava em seus últimos suspiros de popularidade. Por volta da década de 1990, o domínio das abordagens cognitivas em quase todas as áreas da psicologia (até mesmo no aprendizado animal!) era quase completo."(Roediger, 2004, p.2).

Ele retoma a pergunta então, enfim, o que aconteceu com o Behaviorismo? Resumindo três possibilidades que ele levanta:

"Uma possibilidade é a de que o declínio do behaviorismo representou o advento de uma revolução intelectual e jovens cientistas, tal qual os jovens de todos os tempos, apreciam o inebriante fervor de uma revolução. Assim, tendo estado o behaviorismo em ascendência durante tanto tempo na psicologia, de maneira especial e principalmente na psicologia americana, os tempos estavam maduros para uma revolução intelectual. As análises dos primeiros psicólogos cognitivistas (Broadbent, Miller, Garner e outros) eram rigorosas, provocativas e abriam novas paisagens intelectuais." (Roediger, 2004, p.3).

Uma segunda razão possível é que, na década de 70, as análises behavioristas estavam se tornando por demais microscópicas. Como ocorre na maioria dos campos de estudo durante o seu desenvolvimento, os pesquisadores começaram a estudar cada vez mais e mais sobre cada vez menos e menos.(Roediger, 2004, p.3).

Esta última, não faz muito sentido:

Uma outra maneira pela qual o behaviorismo se perdeu é que muitos psicólogos (de maneira especial psicólogos cognitivistas) não focalizam a história de aprendizagem dos organismos. (Roediger, 2004, p.3).

E então, vem a chave de ouro, a terceira possibilidade:

"Uma terceira resposta é a de que não há nada de errado com o behaviorismo atual, obrigado por perguntar. A premissa inicial deste artigo está simplesmente errada. O Behaviorismo está vivo, passa bem e nada “aconteceu” a ele. O Journal of the Experimental Analysis of Behavior – agora editado pelo meu colega Len Green - continua sendo uma vitrina viva disto, como também o é o Journal of Applied Behavior Analysis. Estas duas revistas são publicadas pela Society for the Experimental Analysis of Behavior, que permanece forte e sadia desde 1957. O principal congresso dos behavioristas é o da Association for Behavior Analysis, ou ABA, que teve mais de 4 200 participantes em 2003 e que, no seu congresso de 2002, registrava 3 200 participantes. Incluindo as organizações afiliadas em todo o planeta, ela tem em torno de 12 000 associados (comunicação pessoal de Jack Marr). Ao longo dos anos, a ABA tem mostrado um crescimento espantoso e ainda atrai 250 novos membros a cada ano, somente nos Estados Unidos. Na Society for the Quantitive Analysis of Behavior, que realiza seu encontro antes e durante o congresso da ABA com seus próprios critérios matematicamente sofisticados de afiliação, muito dos trabalhos apresentados estão baseados em pesquisas com humanos (e não somente com pombos e ratos, conforme uma visão estereotipada sugeriria).
[...]
Por que este entusiasmo todo? Porque as análises comportamentais funcionam! Análises comportamentais existem também para programas de autodesenvolvimento, na indústria (Organizational Behavior Management), nos esportes, na educação de filhos e, é claro, no treinamento de animais de estimação e de zoológicos. Em qualquer situação na qual a predição e o controle do comportamento aberto seja importante, encontrar-se-ão análises comportamentais funcionando. Em suma, esta resposta afirma que o behaviorismo continua vivo e florescente, embora talvez não tanto em voga na profissão como esteve antes.
[...]
Uma outra formulação para a resposta anterior (devida a Endel Tulving) é a de que existem várias ciências psicológicas igualmente válidas. Num comentário enviado sobre um rascunho deste artigo ele diz que “Está bastante claro em 2004 que o termo “psicologia” agora designa pelo menos duas ciências bastante diferentes: uma do comportamento e outra da mente.[...] Ninguém jamais conseguirá juntar novamente estas duas psicologias, porque o seu objeto de estudo é diferente, seus interesses são diferentes e o entendimento do tipo de ciência com o qual elas trabalham é diferente. Por demais esclarecedor é o fato de que estas duas espécies se movimentaram para ocupar diferentes territórios, não dialogam uma com a outra (não mais) e seus membros não se associam. Este estado das coisas está exatamente do jeito que deve ser.” (Roediger, 2004, p.4).

Neste momento meus olhos já enchiam de lágrimas. É exatamente o que eu digo! EXATAMENTE. Com todas as palavras. Na verdade, eu seria ainda mais radical, não diria que são duas psicologias, é uma psicologia, que deveria morrer e nunca mais ser usada e uma ciência que como disse Skinner, é independente mas que está ao lado da biologia. Behaviorismo deveria ser uma faculdade independente e não ser ensinada como uma ou duas matérias quando muito por ano numa faculdade de psicologia. Se pouco dela se fala e já tem tantos adeptos, imaginem se invertermos os pólos! Quão brilhante seria!?

Para aqueles que estão cansados de ler sobre behaviorismo aqui, vão tomar um café! Por que eu vou continuar, meu entusiasmo nessa escrita não acabou e sabem por que? Por que o autor não acabou, ele continua com grande sabedoria ao dizer:

"Talvez a resposta mais radical que eu ofereço é que o behaviorismo é menos discutido e debatido hoje em dia porque, na verdade, ele venceu o debate intelectual. Num sentido muito real, todos os psicólogos contemporâneos – pelo menos aqueles que conduzem pesquisas empíricas – são behavioristas." (Roediger, 2004, p.5).

Ele fecha, com uma cesta que valeria num jogo de basquete, 50 pontos:

"O comportamento venceu."(Roediger, 2004, p.5).

Pra terminar, em relação aos cognitivistas que dizem que o Behaviorismo morreu:

"Leiam o livro [Ciência e Comportamento Humano] e celebrem o poder das análises comportamentais, mesmo se - e principalmente se - você for um daqueles psicólogos cognitivistas que acreditam que o behaviorismo é irrelevante, obsoleto e/ou que está morto; ele não está." (Roediger, 2004, p.6).

Enfim gente, esse artigo se fosse uma mulher pra mim, seria uma Malin Akerman.

Para terminar este post, não poderia de deixar de agradecer a Bruna que foi a responsável por esta deliciosa leitura. Apesar das nossas brigas, Bruna, você foi, é e citando Britney Spears, from the bottom of my broken heart será sim sempre uma grande amiga. Amiga de porrada, de discussão, de carinho, de respeito e todos seus negativos. Tudo junto e misturado. Fazendo o que a gente sabe de fazer melhor, perdoar e seguir em frente. =D
Como dizem, obrigado por existir.

segunda-feira, abril 18, 2011

Pensamento do dia

Dê uma chance às contingências.

Se você não é vidente, não tem como saber o resultado das suas ações e apesar da sua cabeça ficar falando que não vai dar certo e seu corpo reagir com os piores respondentes, dê uma maldita chance às contingências!

sexta-feira, abril 15, 2011

Pensamento do dia

Obrigado mente*, mas não, preciso fazer isto.

Em suma, você não pode e não vai controlar respondentes.

Se eu te apontar uma arma, você vai sentir ansiedade, se eu falar pra você, se você sentir ansiedade, essa arma dispara e você pensar em não sentir ansiedade, você vai morrer. Simples assim.

Entenda que os respondentes estão lá, te falando o que não fazer, por um processo evolutivo. Mesmo assim, agradeça a dica e faça quando você sabe que o que ela diz, não faz sentido.

Uma pessoa que não é burra, mas que se acha burra e a chama uma vez de burra, faz burrice virar o ponto focal da sua vida, quando, na verdade, não faz o menor sentido.

*entre todas as aspas.

Pedido de ajuda

Sério, alguém consegue me passar o link de pós graduação/curso de extensão latu sensu da usp na área de psicologia experimental?

Acho que faz uns dois meses que eu procuro e não acho nem a pau.

Se alguém conseguir esse link, pode me passar por favor?

Só consigo encontrar strictu sensu...

quinta-feira, abril 14, 2011

Conclusões do dia

Hoje, com propriedade, consigo concluir que:

1 - Só consigo manter amizades com pessoas que possuem critital thinking;
2 - Irrito e afasto (causa e consequência) pessoas que não conseguem manter um debate; e
3 - Somando o item 1 com o item 2, não adianta ter só critical thinking, precisa também saber manter um debate, por mais agressivo que seja.

Sendo assim, entendi que o range de pessoas com as quais poderia manter amizade foram reduzidas a o que? Quase nada?

Ah, de quebra, minha professora disse "Você é muito expressivo, pessoas assim precisam ficar mais sob a regra de suas próprias expressões e se controlar mais".

domingo, março 27, 2011

Ausência de aprendizagem - Tempo

Das muitas coisas que não aprendi, uma delas foi a de não respeitar o tempo dos outros (claro, muitas outras coisas eu também não respeito, mas não é o foco aqui).

Eu sempre quero tudo quando eu quero, na hora que eu quero.

A minha história de reforço sempre foi assim, sempre que queria algo, tinha que ser quando eu queria (psicanalistas [winnicotianos principalmente], fiquem a vontade para analisar). Quando não conseguia o que eu queria na hora, óbvio, ficava com raiva e tentava contra-controlar a situação de alguma forma.

Coloco no passado como se fosse algo solucionado, mais presente não poderia estar!

Porém, não peço muito, nunca fui de pedir muito.

O problema de querer as coisas no seu tempo se dividem em dois, o primeiro é quando você precisa de alguém para atender o seu tempo, imagina que você está com fome e sua mãe lhe recusa a comida aquela hora e a outra é, imagina que você quer assistir um seriado, mas você tem que assistir com a família e amigos.

Na primeira, a solução algumas vezes é até mais fácil, você mesmo faz a comida e depois aguenta o que sua mãe reclamar sobre você ter feito a maior bagunça na cozinha. Mas, óbvio, a justificativa é, se a senhora tivesse feito, não sujaria nada. Entedem o controle aqui? Na próxima oportunidade, ou ela faz ou ela lida mais tarde com a sujeira, por que eu não vou limpar, não é nem levado em consideração isso. Vezes ela mesmo faz, vezes ela prefere limpar a sujeira. Por último, me justificando, não faço sujeira a mais do que qualquer outra pessoa faria, afinal, para fritar uns ovos, fazer uma salsicha no molho, um bife a milanesa, derreter uns queijos tem por fim sujeira de muitas coisas na cozinha.

A segunda é mais complicada, pois lidamos com o social, por mim, eu assistiria as séries sozinho, não tenho o menor problelma em baixar por ex. House e assistir no notebook a bel prazer, já a família não, eles precisam assistir em família, eu acho bonito o gesto e até concordo, o problema é que é gente demais pra concordar em assistir algo e meu tempo é exteremamente limitado, eu acordo de segunda a sexta as 6Am, chego no trampo às 8Am, saio às 17Pm pra chegar na facul às 19Pm, aula até às 22h40Pm, chego em casa +- 23h30Pm, janto e durmo. Meus únicos dias são sábado e domingo e eu ainda tenho que esperara vontade dos outros para assistir?

Parece que no final da história o culpado sou eu, mas será?

Será tão ruim assim preferir fazer um monte de coisas que se fazem em grupo sozinho?
Por que a sociedade vê isso negativamente?

Chegamos ao segundo ponto do tópico.

Por que eu não posso querer ter meu tempo sozinho? Por que as pessoas acham o valor certo é sair e conhecer novas pessoas a todo momento? Por que temos que respeitar a opinião do próximo sempre? Respeito não é algo automático, respeito deve ser algo merecido.

Eu não respeito a opinião dos religiosos sobre religião, eu acho sim que são idiotas, mas eu também não deixaria de falar com pessoas apenas pelo motivo deles serem religiosos, eu tenho sim vários amigos que acreditam no Deus mais bizarro de se acreditar, o da Bíblia. A gente aprende a não conversar sobre esse tipo de coisa e se o assunto for para esse campo não tenho problemas em dizer, você é um idiota se tratando disto, mas, apesar disso, eu gosto de você.

Respeito deve ser algo merecido. Criança nenhuma deve respeitar os pais que a espancam, criança nenhuma deve respeitar pais que chegam em casa e ficam discutindo, crianças devem respeitar pais que as tratam bem, que respeitam seu tempo de desenvolvimento, que as façam rir e chorar de alegria. Desde quando respeito é algo automático?

Por que sair e conhecer novas pessoas é necessariamente algo intrinsecamente bom? Não dá para entender que existem pessoas de valores diferentes? Não podemos entender que nós nos satisfazemos a partir de coisas diferentes? Não, eu não dou valor a pessoas que separam mente e corpo, eu não dou valor a maioria dos estudos, eu não gosto de ter que ler sobre Ego, eu não vou ler mais sobre Ego, eu repudio Freud, eu odeio Klein e acho que as contribuições pseudo-científicas que elas fornecem alimentam ainda mais a ignorância e tornam ainda mais difícil o sobressalto científico. Reich não passa de uma piada, eu não entendo o que é mais piada, se é alguém que engana os outros usando Reich e cobrando horrores de dinheiro ou se são os idiotas enganados, se formos sumarizar, o cara que cobra horrores de dinheiro acredita em Reich!

Eu não respeito a diversidade quando ela ao meu ver não merece ser respeitada, eu não respeito a psicanálise, eu não acho que ela tenha algo a contribuir com descobertas sérias na ciência. Eu não respeito a religião, ela não tem nada a contribuir, ela na verdade, remove mentes brilhantes de focarem na questão que importa, a desmistificação de como tudo funciona, o que eu sei é que ela é a última a ser uma resposta adequada e verídica a gênese. Eu não respeito quando as pessoas falam que Amor é um comportamento. Eu não respeito as pessoas que dizem que bateram em alguém por que estavam com raiva. Eu não respeito. Melhor, não deveria respeitar.

Novamente, desde quando respeito virou algo automático?

Por que eu deveria me interessar por um assunto que não me interessa? Por que alguém me disse que é interessante? Por que cai numa prova que vou fazer mais pra frente? Zeus! Eu tenho opinião e os meus gostos são claros, o que não está na minha vista eu não vou mesmo gostar e vou sim xingar e esperniar sobre o quanto eu não gosto, esse tipo de diversidade não terá meu respeito, nunca.

Não é sobre querer acreditar, é sobre a verdade. E isso, muda tudo.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

O Deus do Velho Testamento e a ofuscante religião:

O Deus do Antigo Testamento é o personagem mais desagradável da ficção: ciumento e orgulhoso que o leva a um mimado e imperdoável controle dos mais fracos; mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico, vingativo e sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco e sadomasoquista. (Dawkins, 2006)

Em Deus, um Delírio, Dawkins conscientemente denegriu a imagem de Deus, fazendo o mesmo passar por uma espécie de fator negativo para a existência da humanidade, entre outros adjetivos pejorativos, Dawkins também diz que "Eu sou contra a religião porque ela nos ensina a nos satisfazermos ao não entender o mundo". Se voltarmos a um passado não tão distante, há 161 anos por exemplo, a resposta que era dada a uma pessoa ao perguntar “De onde viemos” era claramente dada pelo livro sagrado, “Do barro Deus nos fez” para os homens e “Da costela de Adão saímos” para as mulheres.
Hoje em dia, já é mais que irrefutável a teoria da evolução tal como proposta em A Origem das Espécies pelo naturalista britânico Charles Darwin e é exatamente isto que Dawkins ataca, a religião dá-se por satisfeita pregando uma compreensão completa do mundo por um livro que peca em diversos pontos, o não entendimento do mundo faz com que criemos seres superiores responsáveis por tais fenômenos incognoscíveis. Quando não sabíamos o que era o sol criamos um Deus do Sol, quando não sabíamos como a chuva era causada, criamos a “dança da chuva”, sacrificávamos e algumas tribos ainda sacrificam animais e mulheres virgens para deuses e agradecíamos pela boa colheita no ano. Uma pessoa ao ser acometida por uma doença na qual não sabíamos a causa era taxada como “estar com o demônio” e portanto era incurável.
Hoje em dia, pelo avanço da ciência, podemos realizar testes e sabermos exatamente o que é esta doença, como ela ataca e dessa forma podemos criar um antídoto, a religião nunca iria tão longe, é apenas pelo avanço científico que se dá a cura de doenças, não de rezas, foi provado, por um estudo científico realizado na Clínica Mayo, de Rochester, Minnesota, a ausência do poder da reza, este estudo se baseou em dividir em três grupos, num total de 1802 pacientes. O primeiro grupo recebeu preces feitas por “profissionais da reza”, membros de três congregações religiosas, e foram informados que havia um grande número de pessoas orando por eles. O segundo grupo também recebeu preces, mas os pacientes não sabiam disso. O terceiro grupo não recebeu qualquer tipo de oração. Resultado: o número de complicações durante a internação, bem como uma evolução clínica pior, mais desfavorável, foi maior no primeiro grupo; entre os outros grupos, não houve relevância estatística entre melhora e piora, quando as pessoas sabiam que estavam rezando por elas, tiveram mais complicações, podemos na verdade, inferir na hipótese que a pressão da reza é além de não ser benéfica é prejudicial.
É por este e outros motivos que cientistas cada vez mais tendem a virar suas costas à religião, a cegueira que ela causa prejudica a vida dos seres que a terra habitam.

Até mais.
DawnBringer.

Chapter II – Monoteísmo cristão-judaico-islâmico

O segundo capítulo is out now! buy it for only 5 minutes of your time! Satisfação garantida ou seu tempo de volta!

O mais difícil e o mais fácil ao mesmo tempo.

Nem um ser humano hoje em dia acreditaria sem comprovações científicas que alguém nasceu de uma virgem, que alguém ressuscitou, que transformou água em vinho, curou leprosos com sua saliva, caminhou sobre as águas e qualquer outro milagre que Jesus Cristo tenha supostamente feito.

Ninguém hoje em dia diria que é cientificamente comprovável a experiência pessoal do "Sei que Deus existe pois ele fala comigo", isto não se sustenta em um laboratório e existem diversas complicações psiquiátricas que seriam melhor aplicadas do que Deus estar falando com alguém.

Se há dois mil anos existisse o conhecimento e as tecnologias que existem hoje, será que Jesus seria aceito como Jesus ou seria aceito como um lunático? Será que sua ressurreição seria postada no Youtube? Que sua caminha sobre água estaria no Youtube? Teria um perfil no Facebook?

Será que se a Bíblia tivesse sido lançada como uma história factual com a tecnologia que temos hoje, será que ela seria tão sagrada quanto dizem ser? Será que as "metáforas" seriam removidas ou seriam mantidas?

As pessoas que estão nas religiões do título do post, normalmente provam Deus pela experiência pessoal, dizem já ter sido salvas por Deus, que os médicos lhe disseram "Sua fé quem te salvou" que para mim, não passa de invocar o Deus das lacunas, se a ciência não sabe o qu aconteceu então só pode ser Deus, óbvio, é a única alternativa.

Ninguém sério hoje em dia acreditaria nas balelas bíblicas, quando a própria existência de Jesus Cristo é colocada em questão, como pode ser confiável este livro?

Existem tantas, mas tantas argumentações contra a Bíblia que eu já cansei de ver no Youtube e ler em Sites e é exatamente por este motivo que eu digo a facilidade em derrubar a Bíblia, ela é cheia de contradições, falsas profecias, milagres que ninguém no mundo acreditaria, erros científicos e o que mais seria prova de Deus, colocar na bíblia "E=MC²". Deus/Jesus, poderia ter feito tanto aqui na Terra, poderia ter falado sobre igualdade, sobre escravidão, sobre medicina, eletricidade, qualquer tipo de conhecimento que fizesse com que louvássemo-O como Ele "merece". Mas não, no lugar, ele preferiu curar uns doentezinhos e outras ações que mistificaram ainda mais Deus e ajudaram algumas pessoas em um local estreito por um tempo ridículo.

É tão fácil derrubar um monoteísta cristão-judaico-islâmico como é roubar doce de criança, as argumentações lógicas são inexistentes, as provas são inexistentes, a moralidade deles é uma piada, que tipo de Deus pediria para um pai matar seu filho? Tudo que eles possuem para provar Jeová é sua fé, que como já disse em outro post é sinônimo de ignorância, vou ainda adiante e digo que ignorância é matéria-prima para a fé.

Gente, não estou aqui, em momento algum querendo chamar os portadores de fé de ignorantes em todos os aspectos da vida, seria no mínimo prepotência infinita minha dizer isso. Conheço muitos religiosos muito mais inteligentes e sábios que eu e isso na verdade, me agonia ainda mais, você vê aquela pessoa racional, que fala um dialeto que para acompanhar é super difícil e quando se trata de religião ela simplesmente pega tudo que sabe, joga fora e se torna em um crente  ofuscado sendo guiado por um pastor. O Papa por exemplo, alguém já viu o CV daquele cara? Ele fala trocentas línguas, pós-doutorado e tralala de coisas e quando se trata de falar de Deus, ele acredita que viemos do barro, pode isso?

Por mais fácil que seja derrubar Jeová, sua lavagem cerebral é tão forte sobre seus seguidores que elas tornam-se ignóbeis quando se trata de realidade neste nível. Eu já vi respondendo "Sim" para a seguinte questão "Se Deus pedisse para você matar seu filho, você o faria?". Eu sinto nojo de quem diz isso.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Comporta-se?!

O que é mais difícil de mudar, um comportamento que quer ser feito e não é feito ou um comportamento que é feito é quer não ser feito?

Exemplo do segundo:
- Mãe, vai pro inferno! Te odeio!

Exemplo do primeiro:
- Apenas no pensamento o rapaz deseja abordar aquela garota que o faz sair da realidade como ele a conhece.

Temos de levar em consideração que ambos os comportamentos ocorrem com freqüência, falar para a mãe ir para o inferno e não abordar a garota, ocorrem sempre e não só com aquela garota e também não só com a mãe.

Qual causa mais dano a vida da pessoa?

Existem tantos argumentos, para cada lado, que eu não sei dizer, eu penderia a dizer que fazer é pior e mais fácil de corrigir, mas seria puro achismo.

Qualquer dia eu mesmo me respondo essa pergunta, mas acredito ser uma pergunta extremamente densa e acredito que não tenho a capacidade analítica comportamental de me enredar neste assunto.

Fica aberto o campo de sugestões.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

K's Choice - 16



So here we are
Under a moon
And a sky full of stars
But I'm looking at you
We are forever
One perfect kiss
That makes us immortal
For a second that is

16 for good
16 forever

I hear you whisper
Soft and unreal
What if this was our last night
How would that make you feel

I'll never find time
To return what you give
So it's a good day to die
Even better to live

16 for good
16 forever


So here we are
Raising a glass
The moon casting shadows
onto the grass
We are forever
We are that light
We are immortal
We are tonight

16 for good
16 forever
Então, cá estamos
Sob a lua
E apesar do céu estrelado
Estou olhando para você
Nós seremos eternamente
Um beijo perfeito
Que nos torna imortal
Mesmo que por 1 segundo

16 para sempre
16 eternamente

Eu ouço você sussurrar
Suave e irreal
Mas e se essa fosse nossa última noite
Como você se sentiria?

Eu nunca vou encontrar tempo
Para retornar o que você dá
Portanto, é um bom dia para morrer
Mesmo melhor para se viver


16 para sempre
16 eternamente

Então, cá estamos
Levantando um copo
As sombras da lua
sobre a grama
Nós somos eternos
Nós somos aquela luz
Somos imortais
Somos a noite

16 para sempre
16 eternamente

Essa letra é assustadoramente apaixonante, é incrível como a Sarah consegue, música após música após música fazer eu sentir todo o sentimento que ela deve ter pela esposa e suas filhas.

Para quem não sabe K's Choice é a banda da Sarah e de seu irmão Gert Bettens, eles voltaram depois de terem se separado em 2004 (mais ou menos a época que eu conheci a banda).

Mas ao que interessa (pra mim pelo menos ahahah) o review da letra:

Eu não preciso ficar falando aqui o quão romântico é dizer para alguém coisas como:

Estamos aqui, sob este lindo céu estrelado e apesar disto, estou olhando para você, nós seremos eternamente um beijo perfeito, mesmo que este, dure, apenas 1 segundo.

É lindo demais. Mas não é sobre isso que quero falar sobre a música, abstraindo duas frases da música:
Mas e se essa fosse nossa última noite
Como você se sentiria?

Volte a um relacionamento anterior seu que foi findado sem aviso prévio, volte a penúltima vez que esteve com a pessoa, todos os sorriso, todas as carícias, todos aqueles comportamentos que quando a recíproca é verdadeira faz com que nos entreguemos.

Se você soubesse que aquela seria sua última noite com aquela pessoa, o que você faria?

Dói demais, não dói?

3 dias depois de ter postado este post eu esqueci de citar o que eu mais acho incrível nessa música. É sempre importante entender que a música quando se é ouvida sem a letra a sua fronte tende a sempre te surpreender quando algumas frases são ditas, por exemplo, nesta própria música eu não esperava a Sarah falar "it's a good day to die" (é um bom dia para morrer), e na época, começo de 2010, com toda minha "vontade de morrer" por causa das contingências que estavam me trollando, ao ouvir isso, senti uma brisa, quase que me puxando rumo ao suicídio (calma gente, não cometeria suicídio de forma alguma - até hoje apesar dos pensamentos suicidas, não sairão do pensamento) e a próxima frase simplesmente me trouxe de volta "even better to live", a quantidade de pensamentos contraditórios que me acometeram foram soberbos, fiquei com vontade de morrer e com vontade de viver e entre a batalha entre as duas frases, escolhi, como minha favorita, "even better to live". E você, escolhe qual?

É fantástico, its a good day to die, even better to live... me da calafrios, toda vez!

domingo, janeiro 30, 2011

Teístas questionam Deus e sua existência?

Estava eu, aqui na cozinha de casa, muito bem posicionado com o meu notebook (para quem não sabe a cozinha é passagem aqui em casa, portanto, privacidade zero), chega meu irmão (que sabe da minha "tara" por conversas sobre Deus) e diz:

- 'Tava la' falando com a Adriana (esposa dele) que se ela acredita em Deus, ela deveria questionar mais Ele e sabe o que eu percebi? Nós - ateus - questionamos muito mais Deus que eles, não deveria ser o contrário?

Respondo:

- Acontece que é justamente os nossos questionamentos a Deus que fazem com que nós sejamos ateus. É isso que é Fé, crença sem a menor evidência. É ofuscante. Pergunte para a maioria dos crentes se eles leram a bíblia, a maioria vai dizer que não; depois pergunte se existem contradições na bíblia, eles também vão dizer que não*. Eles dizem isso exatamente por não terem lido a bíblia e não adianta provarmos para eles que eles estão errados, pois eles foram ofuscados pela fé, eles nunca chegaram a "idade da razão"**. Eles continuam com a sua história faz-de-conta, seu próprio Super-Man. Eles piamente acreditam que o homem veio do barro, que a mulher veio das costelas do homem, que havia uma cobra falante, que Maria deu luz virgem, que Jesus ressucitou, é incrível como isso veio a ser e continua sendo em pleno século XXI. Não clamo a inexistência de Deus 100% (isso seria no mínimo arrogante para qualquer ser no século XXI***), pode existir um ser superior que nos criou (que vai ter logicamente uma explicação muito mais elegante que pura mágica), mas este nunca será o Deus da Bíblia, do Alcorão ou de qualquer outro livro que dizem ser sagrado. Quando e se um Deus for provado real, ele será provado pela ciência e não terá absolutamente nada a ver com o cristianismo, judaismo, islamismo ou qualquer outra crença metafísica.

Encerramos a conversa aí. Acho que consegui ou ser extremamente bitolado nas minhas posições ou extremamente esclarecedor.


*Para ver contradições na bíblia recomendo o vídeo do NonstampCollector (Show de perguntas - Contradições na Bíblia)
**George Carlin (video no youtube - Pro Life, Abortion and the Sanctity of Life [English Only])
***É igualmente arrogante dizer que Deus existe e ponto final. Essa é a diferença da arrogância científica e a arrogância deísta. Tem um tópico no próprio blog sobre isso caso queiram entender mais.

sábado, janeiro 29, 2011

Hepburn - I Quit

Apesar de ter todos os armamentos necessários para guerrear, it's to much. I quit.

A música abaixo (abro o espaço para ser zoado horrores por gostar do som) eu conheci quando tinha meus 15 anos (moreorless), a encontrei no CD da Buffy, junto com a minha paixão Sarah Bettens. Em nenhum caso se eu tivesse visto o clipe sem antes ter gostado da música eu iria gostar dessa música.

Tirando a letra da música, acredito, inclusive que, apesar da letra fazer sentido para muitas pessoas atualmente, para mim, a única parte a destacar é mesmo o "I Quit".



Estranhamente o Youtube buga quando a página Losers está na mesma página que este clipe, para evitar este problema, veja o tópico em si, ou seja, clique em "hepburn - I Quit" e veja o tópico isoladamente.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Shattered - The Cranberries

Quem deveria vir antes, o nome da música ou da banda? Detalhes a parte, mais um post de música, desta vez incitado pela minha grande reforçadora ++ plus adicional Bruna, afinal, gosto de Cranberries apenas por causa dela.



I'm trying to control myself
So please don't stand in my way
I've waited for the longest time
This is what I wanted in my way

Move over, move over
There's a climax coming in my way
Move over, move over
There's a climax coming in my way

I don't like you, don't compromise
Shattered by your weakness
Shattered by your smile
And I'm not very fond of you, and your lies
Shattered by your weaknesses
Shattered by your smile

All the kids are going back to school
The summer's over it's the golden rule
And now I'm coming out to play
So please don't stand in my way
And all the things that seemed once to be
So important to me
Seem so trivial now that I can see

Move over, move over
There's a climax coming my way

I don't like you, don't compromise
Shattered by your weakness
Shattered by your smile
And I'm not very fond of you, and your lies
Shattered by your weaknesses
Shattered by your smile

Please don't stand in my way
Estou tentando me controlar
Então, por favor, não fique no meu caminho
Esperei muito tempo
Era isto o que eu queria no meu caminho

Afaste-se, afaste-se
Há um clímax vindo em minha direção
Afaste-se, afaste-se
Há um clímax vindo em minha direção

Eu não gosto de você, não se comprometa
Destruído pela sua fraqueza
Destruído pelo seu sorriso
Eu não gosto de você e de suas mentiras
Destruído pela sua fraqueza
Destruído pelo seu sorriso

Todas as crianças estão voltando à escola
O verão acabou, esta é a regra de ouro
E agora estou saindo para brincar
Então, por favor, não fique no meu caminho
E todas as coisas que um dia pareceram ser
Tão importante para mim
Parecem tão triviais agora que consigo enxergar

Afaste-se, afaste-se
Há um clímax vindo em minha direção

Eu não gosto de você, não se comprometa
Destruído pela sua fraqueza
Destruído pelo seu sorriso
Eu não gosto de você e de suas mentiras
Destruído pela sua fraqueza
Destruído pelo seu sorriso

Por favor, não fique no meu caminho

Essa música tem um efeito sedativo em mim, eu posso estar em diversos estados diferentes permeando entre tristeza, ódio, felicidade que vou, quase que imediatamente ao seguir a letra da música para o estado calmo.
Sendo sincero, lendo a letra da música eu não consigo entendê-la, por isso pedi a ajuda da Bruna para escrever para o Blog, dando a opinião dela que acredito que será mais precisa e objetiva. A minha será mais subjetiva.

Para mim, a música teria total congruência se removessêmos uma frase, “destruído pela sua fraqueza”. Eu não consigo compreender o por que alguém se sente destruído pela fraqueza de outrem.

Removendo esta frase, conseguiria captar a mensagem da música que é até texto de um post anterior meu, ambivalência. Todos somos ambivalentes sobre os mais diversos aspectos da nossa vida, ao dizer “eu não gosto de você e suas mentiras” e ao dizer “era isso o que eu queria em meu caminho”.

Não há relação no mundo que tenha apenas bons momentos, mas são por eles que mantemos nossas amizades, quando cessam estes bons momentos, as amizades tendem a se desintegrar, sem ganhos positivos, o que sobra é distância entre as pessoas.

Por isso a minha leitura da música é subjetiva, ela não contempla o todo, ela contempla que existem boas e más situações em um amor, mas as boas que fazem parte do mantenedor.

Indo para um lado mais negativo, as partes boas podem ser partes ruins, mas não quero entrar neste tipo de assunto pois está bem longe da minha realidade atual, existem algumas pessoas que a parte boa é algum tipo de dependência, nem que seja um teto sobre a cabeça, alimentação em troca de espancamentos, como o povo diz “ruim com, pior sem”.

Não quero e não vou envenenar a letra dessa música com este tipo de gente que não faz parte do meu quadro de vida e que sinceramente, espero nunca ter (em níveis tão extremos).

Resumiria a música em três frases, “era isto que queria em meu caminho / eu não gosto de você e de suas mentiras / destruído pelo seu sorriso”.

Era o sorriso que você queria para você, mas infelizmente, ninguém é exatamente sob medida, do jeito que queremos, mas ao poder da abstração, conseguimos preencher lacunas ou até espaços totalmente preenchidos com o que queremos que seja, a doce poesia da ilusão.

Tudo isto pode nos enterrar, pode gerar tanta dor e sofrimento, mas se nos perguntássemos se você faria novamente, você responderia que sim, sem pensar porém, pensado.

Outra parte importante da letra da música pra mim é “E todas as coisas que um dia pareceram ser / Tão importante para mim / Parecem tão triviais agora que consigo enxergar”.

Você alguma vez já olhou para algo que queria tanto, mas tanto mas tanto! Que! Quando conseguiu disse “que besteira”, seja em relacionamentos, seja um show, um emprego, o que for.

Tu preenche tanto aquele pequeno vazio e quanto mais não consegue, mais o vazio cresce e mais você quer e mais valor você dá e quanto mais valioso mais difícil de alcançar, quanto maior o pedestal, mais você tem de crescer e quando você finalmente chega ao tamanho do pedestal e lhe toma o vazio percebe que realmente, não passa de um vazio tão grande quanto a sua trivialidade.

E como conseguimos chegar neste resultado? Temos de infelizmente, conseguir o que queremos, por mais vazio que seja. Apenas quebrando a cara para ver que algo não vale a pena.

Mas ei, existe um ponto positivo nisto! A isto damos o nome de experiência. Para não errarmos novamente. Obviamente tem quem erra e não aprende, ou que gosta de errar, mas isto é outro assunto também.

Como disse no início do post, pedi a Bruna para que escrevesse sobre a música para termos duas visões aqui, a dela, encontra-se tanto abaixo quanto no blog da Bruna, que pode ser acessado clicando-se no nome dela. Não recomendaria se não fosse bom, além de escrever muito bem também tem uns desenhos muito legais.

E como vocês poderão ver, exatamente como havia dito, o texto da Bruna é far more objetivo.

Vale muito a pena. Mas, vamos ao que interessa.

A letra é um desabafo. Eu poderia até chutar uma historinha de alguém que se prendeu a uma pessoa por muito tempo, mas se decepcionou e decidiu superar isso não olhando mais para trás. Quando a Dolores (a vocalista da banda) diz

I've waited for the longest time (Esperei muito tempo)
This is what I wanted in my way (Era isto o que eu procurava no meu caminho)
Move over, move over (Afaste-se, afaste-se)
There's a climax coming in my way (Há um clímax vindo em minha direção)"


O que eu consegui perceber foi o seguinte: uma oportunidade muito boa surgiu na vida da criatura que se decepcionou, e agora a dita cuja quer aproveitar esse momento e não quer intromissões -especialmente dos que a fizeram sofrer um dia.

Ela também diz:

The summer's over it's the golden rule (O verão acabou, esta é a regra de ouro)
And now I'm coming out to play (E agora estou saindo para brincar)


Bem, isso é um jogo de palavras muito legal. Ao meu ver, essa pessoa que está magoada decidiu por um ponto final nos tempos de sofrimento e agora quer recuperar o tempo perdido se lamentando, sofrendo.Vai começar a viver novamente.

E vamos ao refrão, a parte que eu considero mais importante na música:

don't like you, don't compromise (Eu não gosto de você, não se comprometa)
Shattered by your weakness (Destruída pela sua fraqueza)
Shattered by your smile (Destruída pelo seu sorriso)
And I'm not very fond of you, and your lies (Eu não gosto de você e de suas mentiras)
Shattered by your weaknesses (Destruída pela sua fraqueza)
Shattered by your smile (Destruída pelo seu sorriso)


Na hora que li isso lembrei do filme Closer, no qual a personagem interpretada pela Natalie Portman diz que quando quer terminar pra sempre um relacionamento, não briga, não faz confusão nem nada. Ela simplesmente diz "não te amo mais". É mais ou menos o que eu pude notar na letra. Não existe nada mais libertador para alguém que sofre por uma pessoa amada quando diz: 'Eu não gosto de você' ou 'Eu não te amo mais'. Eu acredito muito no poder dessas palavras. É claro que tem gente que banaliza esse tipo de sinceridade, diz que não ama amando, diz que não gosta gostando. Pra mim, isso é covardia. Quando eu ponho um 'não' na frente desses verbos, é porque a coisa é séria.

A Dolores foi bem sincera. Seja lá quem foi que brincou com a cara dela, essa pessoa além de tudo, foi covarde: "Shattered by your weakness (Destruída pela sua fraqueza)" And I'm not very fond of you, and your lies (Eu não gosto de você e de suas mentiras).

E ela, provavelmente por gostar demais, não conseguiu se livrar facilmente dessa angústia. Talvez por ter persisitido no erro, acabou se destruíndo. Dá pra perceber isso quando ela fala: Shattered by your smile (Destruída pelo seu sorriso). 

É uma fraqueza que sempre carregaremos. A gente perdoa quem ama fácil demais. Talvez por que amamos, talvez porque a ausência dessas pessoas dói mais do que a ausência de outras. O fato é que persistimos no mesmo erro, muitas vezes. As vezes são os olhos da pessoa pedindo desculpas que simplesmente nos deixam desarmados dos pés à cabeça. As vezes é o perfume, o jeito de falar...o sorriso.E isso também destrói.

Mas eu gostei do desenrolar da letra, por que ela não está dizendo isso só pra tentar provar pros outros que mesmo mal, está superando. Ela se dá conta de que algo também mudou pra ela:

And all the things that seemed once to be (E todas as coisas que um dia pareceram ser)
So important to me (Tão importantes para mim)
Seem so trivial now that I can see (Parecem tão banal agora que consigo enxergar)


Já passei por esse momento 'caiu a ficha'. É uma condição de cegueira temporária, mesmo. O sorriso cega. O perfume cega. A voz cega. Mas não ver não nos priva de não sentir. E as dores que surgem no meio do caminho acabam clareando a estrada. E uma hora ou outra, percebemos com quem estamos. Damos menos ou mais valor à pessoa e à situação dependendo do que acontece nesse meio termo. Enfim, crescemos. E aí, é hora de decidirmos se queremos ou não companhia nessa jornada. Acho que a música segue o ditado "antes só do que mal acompanhado".

Please don't stand in my way (Por favor, não fique no meu caminho).