quinta-feira, maio 12, 2011

Conflitos

Existem três tipos de conflitos, sendo eles os conflitos aproximação-aproximação, aproximação-esquiva e esquiva-esquiva.

O conflito aproximação-aproximação é dentre os conflitos, o melhor. Acontece que são duas coisas boas e você tem que decidir entre uma e outra. Eu tenho duas festas, de dois amigos, porém, uma é em Santos e a outra em Campos do Jordão. Não tem como ir as duas festas, apesar, eu querer ir as duas.

A tomada de decisão neste caso pode desembocar em diversos sentimentos de culpa, por exemplo, se a festa em Campos do Jordão (que foi escolhida) foi uma droga e eu não me diverti, vai gerar o pensamento "deveria ter ido a Santos!". Não é por que esta é a melhor, que não seja angustiante. A vantagem desta é a probabilidade de você se divertir, esta apresenta probabilidades maiores, como veremoa abaixo.

A segunda é a aproximação-esquiva e isto já começa a ficar complicado, pois, é aquele tipo de situação que você quer, mas, tem aquela outra variável que é agradável e desagradável ao mesmo tempo. Por exemplo, eu tenho apenas a festa em Campos de Jordão, vários dos meus amigos estarão lá, mas vai estar também a minha ex que sempre faz barraco quando me vê. Por exemplo, morar em São Paulo me traz uma diversidade muito ampla de lugares para ir, bares, baladas, shoppings, cursos, porém, também me traz trânsito, muita gente em todo lugar que se vai, custo alto de vida. No meu caso, morar na casa da minha mãe com a minha família é ótimo, gasto menos do que gastaria sozinho, tenho menos trabalho no sentido que não preciso lavar minha roupa nem fazer minha comida, mas, não tenho um lugar privado, os estudos são totalmente minados pelo barulho.

Agora é a hora de sentir pena e dó das pessoas, as situações esquiva-esquiva. Esta obedece basicamente duas frases, "se ficar o bixo come se correr o bixo pega" e, citando o Chase em um episódio de House "Damned if you do, damned if you don't"* (condenado se fizer, condenado se não fizer). Imagine que você está com uma mega dor de dente, 0k? Agora imagine também que você odeia (tem pavor de) ir ao dentista. Qual você escolhe? Imagina que você quebrou aquela peça super valiosa da sua mãe. Você pode contar pra ela ou não contar pra ela. Enquanto você não conta, você não consegue parar de pensar nisso, toda vez que sua mãe mexe naquele canto que ficava a peça, você sua frio. Quando sua mãe descobrir, ela vai acabar com você. Por isto, situações esquiva-esquiva são tão chateantes.

Ta, mas por que você ta falando disso? Por que eu to enfrentando milhões de situações esquiva-esquiva e aproximação-esquiva e está muito ruim. Entendendo-as melhor, pode-se tomar rumos melhores.

Notem gente, estas são situações de CONFLITO, não são todas as situações da vida. Se você não quer ir a festa em Santos, então não existe conflito. Você simplesmente vai a festa em Campos. Se você não se importa com a sua ex fazendo barraco, então não tem conflito e por fim, se eu não tenho receio de ir ao dentista, também não existe conflito.

E óbvio que estes argumentos são precedidos pelo Behaviorismo.

*Neste episódio, a Cameron acerta o diagnóstico perfeitamente logo no começo do episódio, mas o House fala que não é e ela desiste. O Foreman vai contra tudo que o House está fazendo com a paciente e dedura ele para a Cuddy (obviamente ele fica puto com o Foreman). Daí no final do episódio, quando a Cameron diz "mas este foi meu primeiro diagnóstico", o House vira pra ela e diz "Você deveria ser mais igual ao Foreman e ser mais convicta sobre suas decisões, eu falei duas palavras e você desistiu do seu diagnóstico". Daí o Chase diz a frase supracitada ""Damned if you do, damned if you don't"

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