quinta-feira, janeiro 26, 2012

Crônica I

Foi estranho. Ele estava dormindo quando seu celular tocou. Seus olhos enxergavam embaçado e o número era irreconhecível. Olhando pela fresta da porta notou que ainda era noite - Quem poderia estar me ligando uma hora destas - pensou o rapaz.
- Alô?
- Oi! Me responda, você se arrepende de algo que tenha feito na sua vida?
(A voz era tão irreconhecível quanto o número)
- Quem é? Acredito que sim, com certeza existiram situações das quais me arrependo...
- Se você pudesse voltar no tempo, você agiria diferente?
- Acho que sim! Quem é?
- Se você mudasse seu passado, seu presente seria modificado. Me responda, você agiria de forma diferente?
Então, naquelas breves palavras, ele entendeu...
- Não, não agiria de forma diferente. Se qualquer ação da minha vida, por mais que eu me arrependa, tivesse uma fração de chance tirá-la da minha vida, eu continuaria me arrependendo.
- Eu te amo.
- Também te amo, agora vá dormir!

domingo, setembro 04, 2011

Novo lema de vida

Tarde! Nesse domingo, já já saindo para ir ver Rei Leão 3D! Um sonho que tinha desde criança era ver esse filme nas telas de cinema, viverei-o e junto, 3D! Sensacional.

Mas, vamos ao tema de hoje, que é, meu novo lema de vida. Durante esse ano, estou tendo aulas com o Grande (em tamanho também 1,90m) Thiago Sampaio. Esse professor desconhece punição, ele é puramente reforçador positivo (as mulheres ainda dizem mais sobre isso). Quando não existe a possibilidade dele não reforçar, ele faz mágica e sai da situação usando DROs, DRAs e mudando o foco do assunto numa velocidade aterrorizadora.

Esse professor, até onde pude perceber, 'prega' algumas frases, as quais me convenceram de ser um ótimo lema de vida. Estou aplicando-as no meu dia a dia e estou sentindo o efeito delas. Fica a sugestão para qualquer pessoa, apesar do impacto não ser o mesmo do que várias quintas feiras ouvindo exemplos do por que este lema de vida funciona.

Basicamente são a oração da serenidade:
Serenidade para aceitar o que não pode ser mudado
Força para mudar o que pode ser mudado
Sabedoria para discernir uma coisa da outra

A frase do Saramago:
Felicidade e tristeza não são como óleo e água que não se misturam

E uma frase que é de autoria dele, talvez, não sei:
As pessoas costumam ficar sofrendo pelo que não tem e, por consequência, não aproveitam o que tem. Na verdade, as pessoas deveriam sofrer pelo que não tem e curtir o que tem.

A junção dessas frases me dão as seguintes asserções, eu não vou ter tudo que eu quero, mas isso não me impede de ser feliz, por que mesmo triste por algumas situações, existem tantas outras que me deixam feliz. E mesmo quando eu quero algo que não pode ser meu, preciso realmente avaliar se essa certeza do não ser é realmente real, pois, pode não ser.

Esse lema de vida parece estar funcionando, eu fico frustrado com as coisas que normalmente me deixam frustrado, isso não mudou. Mas eu estou aproveitando mais os momentos no qual poderia ser feliz. E isso, muda tudo.

O estado felicidade não são picos, é um estado contínuo.

Estou feliz. =D

Obrigado a todos que fazem parte desta minha felicidade, não preciso citar nomes, vocês sabem quem são e, pior, a maioria nem acessa o blog! ahahaha

Abraços.


segunda-feira, agosto 29, 2011

Quadrante do Dawn - Pt.1 (maybe 2)

Existem alguns tipos de situações, conforme exemplificado no Quadrante abaixo.


Não entendeu porra nenhuma, né? Eu explico.

As situações podem ser as seguintes:
Situação errada, com uma ação errada gerando uma consequência feliz ou triste.
Situação errada, com uma ação certa, gerando uma consequência triste ou feliz.
Situação certa, com uma ação certa, gerando uma consequência feliz ou triste.
Situação certa, com uma ação errada, gerando uma consequência triste ou feliz.

Quem nunca passou por uma situação na qual a situação é uma merda, você age totalmente errado e as coisas - adivinha - dão errado!
Esse tipo de situação é típica em provas, a prova é sempre uma situação errada, daí você não estuda, daí - adivinha - a nota vem baixa. Neste tipo de situação a culpa normalmente é sua, pois você poderia ter estudado.

Mas a situação acima, também pode ter um final feliz. Adentramos outro quadrante, a prova vem, você não estudou e tira uma nota boa. Não é muito bom contar com esses casos, pois eles são raros (a não ser que exista algum outro tipo de contra-controle como cola).

Agora, outra situação, a situação é errada, mas sua ação é certa e pode ter dois resultados, um final feliz, ou um final triste.
Exemplo disto é a maldita prova novamente, que como havia dito, é sempre uma situação errada. Daí a sua ação certa seria estudar pra *&!@&$* e - adivinha -  a nota vem equivalente, ou seja, um notão! Nada mais justo, correto? Poderíamos usar aquela frase, colhe-se o que planta-se, não?
O que acontece quando você estuda igual um &#$#@&#@$ e vai mal na prova? Ou seja, situação errada, ação certa com final triste. Normalmente, as situações que a gente tem direito* de cobrarmos alguma coisa, é quando agimos certos, mas 0k, nestes casos, as situações são erradas. Pode ficar pior...

Mudamos de quadrante quanto a situação neste momento. Agora a situação é certa!

Tenho uma situação certa, com uma ação errada e um final, feliz ou triste.
Quando a situação é certa, tudo fica mais fácil, correto? Parcialmente sim. Você vai sair pra encontrar com aquela menininha(o) que ta super afim de você (ô dilixia) e você, manézão pra carai, age igual um imbecil e, - adivinha - a menina(o) perde todo o interesse e você fica sozinho. Onde está a culpa aqui? No manézão do carai. Fica sozinho ae, 4ever Alone.
Mas, existem as situações que mesmo o cara sendo um mané, ele ainda consegue ficar com a mocinha e, - adivinha - finais felizes são sempre bons, não é? O interessante aqui seria sacar o que se fez errado, concordam?

Agora, por fim, para terminar este post, o que eu realmente queria falar.

Tenho uma situação certa, com uma ação certa e um final, feliz ou triste.
De todas as situações acima, a que mais tem a obrigação de dar certo é essa. A situação é certa, você age certo e tudo da certo! uhu!
A(O) menina(o) ta afim de você, você age certo, fica e uhu o/
Nada mais justo, nestes casos, não acha?

Agora, esse tipo de situação com final triste te dá uma raiva incomensurável. A situação tem a intenção de te beneficiar, você age de forma a realmente te beneficiar e, pumba, dá merda!
Quem já passou por isso sabe a quantidade de raiva que você fica. A(O) menina(o) ta afim de você, você ta afim, age certo, tudo dando margem pra dar certo e de repente vem um lightining strike e te acerta de um jeito monstro! Bate uma luz de insanidade na cabeça dela e ela diz "Não". WTF?! Como assim?
Sentir-se com raiva nessa ocasião é o mínimo.

Enfim gente, pra fechar, acho que podemos usar o meu novo lema de vida, a oração da serenidade, goes like this:
Serenidade para aceitar o que não pode ser mudado
Força para mudar o que pode ser mudado
Sabedoria para discernir uma coisa da outra

Em alguns casos, é necessário força, normalmente os casos são os que você age errado. Se você está agindo errado, por consequência, terá uma maior probabilidade de fazer as coisas darem errado. Portanto, se isto te gera (e as probabilidades demonstram que são altas as chances de) sofrimento. A única saída é mudar.

Em outros casos, é necessária serenidade, pois não vai conseguir mudar. Você nunca vai conseguir voltar com aquela sua ex que você tanto amou e que hoje está feliz nos braços de outro. Apesar de você ter feito tudo certo e a situação estar totalmente a seu favor, mesmo assim pode dar errado. Serenidade neste caso, deveria ser mais fácil, não acham? Neste caso, a culpa é exterior a você. torna-se um ambiente incontrolável. Fique em paz de ter feito o certo e faça-o novamente, uma hora vinga. Mas normalmente é quando sentimos mais raiva.

Mas aqui comecei com muito achismo e até vi conteúdo para outro tópico, quem sabe outro dia retomo esse tema fazendo a parte dois.

Finalizando. E a maior problematização aqui é ter a sabedoria para discernir uma coisa da outra e, ainda pior, o que é agir certo e, o que é agir errado? Como saber que se fez o certo e como saber se fiz errado?

Tenho uma coisa a dizer, maldita comunidade verbal.

*Como se possuíssemos algo, ahahaha.

domingo, agosto 07, 2011

Resumo adiantado dos últimos 5 anos - Estudos

Buenas!

Hoje o tópico é para fazer um resumo dos meus últimos cinco anos, quando eu for fazer a minha biografia (afinal, lançarei muitos livros - ahahuauhuah), já tenho de onde tirar minimamente algumas lembranças.

Estudos, há cinco anos atrás estava terminando meu curso técnico em Mecatrônica. O curso em si tinha algumas coisas que eu não fazia ideia do que eram, nunca fui bom com o back-end de eletrônica, consigo mexer com o front apenas. Tinha umas matérias de usinagem, desenho técnico, CAD, microchip, eu era terrível nisso tudo. Em algumas matérias eu me identificava muito e era até um dos melhores da sala disparado, tais como pneumática, hidráulica, controlador programável e robótica.  Em controlador programável, eu era tão bom, mas tão bom que o professor até me ofereceu um estágio na área, achando que eu já tinha formação na área! Fiquei muito mal na época, o salário era de mil e cem reais (1k1). Nossa, pra quem nunca havia trabalhado, parecia ser um dinheirão! Hoje em dia não paga nem o meu fixo, ahah. Lembro muito de um professor, o Adolfo, ele era maluco! As provas dele eram conhecidas desde o dia que você pisava no SENAI. O chamado "Se vira nos 10", um plágio do "Se vira nos 30" do Faustão (para os menos informados). A prova era dividida em duas etapas, na primeira ele mandava você montar um sistema pneumático ou hidráulico (a depender do semestre) numa folha de papel e, a segunda, montar esse aparelho na prática, seguindo o que você havia desenhado. O problema nisso, era que eram sempre 4 montagens, e adivinha, os níveis ele escolhia por aluno, sendo 1 mais fácil e 4 estupidamente difícil. Em ambas, peguei a 4 e adivinhem, não consegui montar na prática. Você tinha 10 minutos para montar, enquanto você ficava ouvindo a música randomicamente do Darth Vader, da Ponte do Rio que Cai, Marcha Fúnebre, Pantera Cor de Rosa, entre outras músicas que tiram totalmente a sua concentração. Enquanto isso ele ficava falando e botando pressão que o tempo tava acabando, não obstante, a sala inteira ficava te observando o que você fazia com aquelas caras, de "Poots, não faz isso..."... É, bem complicado... Robótica foi outra experiência interessante.

Saindo do curso de mecatrônica, adentrei a faculdade de Psicologia com 50% de bolsa, graças ao ProUni, talvez se eu tivesse pedido 100%, teria até conseguido, fui meio burro nisso. Não sabia como o sistema funcionava na época. Mesmo passando, conseguindo, entregando todos os documentos, a faculdade não quis deixar eu entrar, por que já havia um Fernando Ferreira Fernandes graduado na São Judas e, claro, só existe um 3-F no mundo. Daí cancelaram, eu naquela época queria mais que o mundo explodisse. Foi então que a minha irmã foi até a faculdade descobrir o por que, e soube deste motivo. Ela reclamou por mim (que doce ela não? Acho que nunca a agradeci por isto. Fazê-lo-ei em breve) e conseguiu a minha vaga, entretanto, já era Abril, tinha perdido tanta aula que quando cheguei, já tinham grupos formados, panelas feitas e tudo mais. Na época, eu cabeludo, querendo que o mundo explodisse, já que eu não precisava de ninguém e fazia tudo sozinho, deixei rolar. Mas, no segundo dia, uma tal de Valkyria veio falar comigo, estranhamente ela havia sentido atração por mim. ahuuahuahhauhua. A gente ficou amigo e pans, mas eu era o cara mais fdp do planeta, então eu usufruía de tudo que eu queria e deixava ela na mão, sempre. Minhas notas foram baixíssimas, afinal eu não entendia PORRA NENHUMA do que os professores estavam falando. Um tal de Freud analisando sonhos, uns outros estudos, um tal de Savater com um livro "As perguntas da vida" que não acabava nunca. A única aula que eu gostava era o do Luis Guilherme, Lacaniano maldito (óbvio que na época eu não entendia o que significa Lacan - hoje em dia eu olho e falo, como que esse baita professor aceita Lacan?). O cara dava as melhores aulas do planeta, e foi com ele, que no segundo semestre, ele contou do Bisavô Pavlov, do pareamento de estímulos e do Vovô Watson, acerca da Black box e dos experimentos com humanos. Minha paixão a comportamental começou, então. Obviamente, eu não fazia ideia do que era comportamental. Peguei três DPs, duas graças a Valkyria que me deixou na mão, então estamos quites, bom, ela me deve, por que quando eu a deixei na mão, ela não pegou DP. Enfim, tempos passados. Claro que eu nunca a perdoei e dane-se ela. 3 DPs na São Judas ainda deixam você continuar em frente. Fui para o segundo ano sem a menor vontade de continuar, faltei fevereiro inteiro e decidi trocar de horário, pensei, talvez a noite seja melhor. No primeiro dia, vi uma menina meio gósmicázinha (gótica - para os menos informados) e sentei-me perto dela, chegou uma grunge ao lado dela e, quando me vi, estava conversando com elas, um bom começo! Neste meio tempo, tinha também, sentado próximo de mim, um povo que havia saído da manhã e ido para a noite, mantive um contato próximo, o problema era que sem eu saber, eles me odiavam até a alma (claro, no primeiro ano eu era insuportável - tudo bem que até hoje sou, mas naquela época era muito mais). O ano foi passando e eu percebi que a grunge queria algo comigo, mas obviamente, eu não queria nada com ela e assim, foram me dando um gelo, sem grilos! pro meu bem! um dia estava precisando de ajuda em relação a estatística e mandei um e-mail para uma garota que havia acabado de conhecer, deste grupo antigo, que havia me aceitado (contra a vontade dos que já me conheciam). A Natalia prontamente me respondeu e este, foi o início de uma grandiosa amizade, tão intensa que até chorei ao dar tchau para ela nas férias do final do terceiro ano. No segundo e terceiro ano, fui um ótimo aluno, conheci a Yara, professora maravilhosa que me mostrou o que era comportamental, minha paixão crescente pela ciência surgiu daí, a Livia e o Nostradamus no laboratório, aprendi a ensinar um rato a fazer diversas coisas. Mas ainda existia a assombrosa psicanálise, com suas PORCARIAS pseudo-científicas. No quarto ano eu voltei mais ou menos como estava no primeiro ano, perdi muito da amizade da Natalia e de certa forma me reconfortei com a amizade do Flopes, ao qual hoje, sou grande amigo. Esse era o cara que me odiava no segundo ano e que não queria a minha presença nem a pau. Para vocês verem, o quanto eu mudei. tudo graças a Natalia, meu anjo da guarda. O quarto ano só tinha matéria psicanalítica e eu queria morrer todo dia na sala de aula. Acabando o sofrimento, no quinto ano podendo escolher o núcleo, escolhi o de comportamental, um ano inteiro só de AC! Minha vida começando, de vdd!

Foi um resumo isso! rsrs.
Faltam ainda, Dinheiro e Amor. Quando der eu faço, se fizer!

quinta-feira, julho 28, 2011

As dez Ferramentas do Mestre Sagan para Detectar Balela

O Sagan em um "Um mundo assombrado por demônios" sugeriu algumas "ferramentas para detectar mentiras raciocinar de forma cética". Logo abaixo dos pontos, uma contribuição minha acerca do pensamento do Sagan. Obviamente sei que não carrego um pífio do conhecimento dele.

1.    Sempre quando possível, deverá haver confirmação independente dos “fatos”.


Neste ponto ele basicamente diz "Fui queimado pelo dragão na minha garagem" (fato), porém, ainda necessita de uma confirmação.

 2.    Encoraje debates sobre  evidências, debates estes consistentes e por proponentes informados sobre todos os pontos de vista.
Debates sem evidências possuem normalmente uma pontuação final e para esta ser justificada, basta que eu inventar o que eu quiser para explicar. Por exemplo, posso dizer que Deus criou o universo ao peidar enquanto jogava Texas Hold'em com Satanás. O fim é explicado a partir de qualquer começo, mas a explicação tem que partir do começo para o fim, não o contrário.

3.    Argumentos partindo de autoridades têm pouco peso—”autoridades” cometeram erros no passado.  E, os cometerão novamente no futuro.  Talvez uma forma melhor de dizer isto é que nas ciências não há autoridades; no máximo, há pessoas bem informadas [experts].

Esta é a humildade da ciência, não prova nada como unânime ou ulteriormente verdadeiro e inquestionável. Pelo contrário, toda afirmação deve ser testada, replicada, retestada, dessa forma, avançamos.

4.    Explore mais que uma hipótese.  Se houver algo a ser explicado, pense em todas as formas diferentes nas quais isto poderia ser explicado.  Então pense em testes pelos quais poderia sistematicamente provar como errada cada uma das hipóteses.  A que sobrevive, a hipótese que não puder ser negada nesta seleção darwiniana entre “hipóteses múltiplas de trabalho”, tem uma chance muito maior de ser a resposta certa do que se você tivesse simplesmente agarrado a primeira idéia que provocou seu interesse.
Basicamente é "ataque sua hipótese sem dó", quanto mais falsificada ela for, maior chance tem de permanecer em pé. Pois, se você não o fizer, outros farão.

5.    Tente não ficar fixado demais a uma hipótese somente porque é a sua.  É somente um ponto de partida na busca de conhecimento.  Pergunte a você mesmo porque gosta da idéia.  Compare-a de forma justa com as alternativas.  Veja se você poderá encontrar razões para rejeitá-la.  Se você não as encontrar, outros encontrarão.

6.    Quantifique.  Se o que estiver explicando tiver alguma medida, alguma quantidade numérica a ele ligado, você estará bem mais equipado para discriminar entre hipóteses concorrentes.  O que for vago e qualitativo fica aberto a muitas explicações.  É claro, existem verdades em muitos assuntos qualitativos que somos obrigados a confrontar, mas se puder quantificar é mais desafiador.
Quanto mais quantificável, maior a probabilidade de ser tido como verdadeiro, pelo simples motivo de sua testabilidade. Assuntos qualitativos (como a minha própria profissão - Psicologia) se enredam em explicações pouco convincentes, tais como o Ego, ID... Édipo... Seio bom, seio mal... Energia Orgônica... Etc.

7.    Se houver uma cadeia de argumentos, cada elo na cadeia deverá funcionar (incluindo a premissa)—não somente a maioria deles.
O argumento transcedental da existência de Deus do Matt Slick é um exemplo disto, possui diversas argumentações e premissas, porém, nem todas são verdadeiras. Caindo na falácia.

8.    Lâmina de Occam.  Esta regra conveniente nos encoraja a, quando encararmos duas hipóteses que explicam os dados igualmente bem, escolher a mais simples.
2+2=4 ou 4x5/5=4, qual você escolhe?

9.    Sempre pergunte se a hipótese poderá ser, pelo menos em princípio, falsificada.  Proposições que não são testáveis, que não poderão ser provadas como falsas, não valem muito.  Considere a grande idéia de que nosso Universo e tudo nele é somente uma particula elementar—um elétron, digamos—num Cosmo muito maior.  Mas se nós não pudermos nunca adquirir informações de fora do nosso Universo, não é esta idéia incapaz de ser comprovada como falsa?  Você tem que poder verificar suas afirmações.  A céticos inveterados deve ser dado a chance de seguir seu raciocínio, e de duplicar suas experiências, para ver se conseguem o mesmo resultado.
Como já citei a falsificação aqui, hipóteses que não podem ser testadas não tem valor, imagine, como você vai desprova que Deus criou o universo ao peidar? Não consegue? Então é verdade? Aqui temos uma posição mais pragmatista, é na prática que acontece. No que adianta dizer que Deus criou o universo? Na prática, influencia no que em sua vida?

10.    A chave é a dependência de experiências cuidadosamente projetadas e controladas.  Não aprenderemos muito com a mera contemplação.  É tentador ficar contente com a primeira explicação candidata que vem à mente.  Uma é muito melhor que nenhuma.  Mas o que ocorre se pudermos inventar várias?  Como decidirmos entre elas?  Não o façamos.  Deixemos que a experimentação o faça..
Quase choro ao ler isto. Vem novamente, a explicação que tenta explicar o fim de algo é sempre tendenciosa, pois já sabemos como vai acabar. Fácil demais fazer asserções falsas de como chegamos aqui, basta tomarmos o cuidado suficiente dessas assserções não terem a oportunidade de serem testáveis, a partir deste momento, tudo que eu disser (que não é falsificável - portanto não tem muito valor) explica. Mas no sentido prático, explica o que? No que isso interfere a minha vida? E as outras demais explicações que meus amigos inventaram que vão contra o que eu digo. Uma vez assisti a uma palestra na qual o palestrante disse "A teoria do eu não ajuda muita gente". Normalmente, a teoria do eu além de não ajudar, tende a ser falsa, pois não seria do 'eu' se mais pessoas compartilhassem essa ideia. Se apenas um cientista falasse que a terra é redonda e toda a outra massa falasse que é plana, qual é a verdade provável? Provavelmente a massa de cientistas não aceitariam a terra redonda, não por não gostar da teoria do cara, mas por falseá-la. Portanto, sem a possibilidade de falsificação sua validade é quase nenhuma.

O interessante destes 10 pontos do Mestre Sagan é que eles são interdependentes, muito do que você pensa em um, aparece no outro e vice-versa. Muito interessante.

Tenho a intenção de mais uma publicação, entitulado o "Um manifesto do Ceticismo". em breve. Espero.

quarta-feira, julho 27, 2011

Ateísmo

Com enorme frequência eu converso com pessoas e elas me informam que:

Ser ateu é minha religião
Para ser ateu, precisa de uma quantidade igual ou até maior de fé do que para ser religioso

Em geral, eu vejo uma falsa concepção acerca do 'ser ateu', do ateísmo.

Comumente, o ateísmo é conhecido como "Acreditar que Deus não existe". Esta concepção de ateísmo é tão falsa quanto eu assertar que gosto de pagode.

Ateísmo não é, nunca foi e nem será "Acreditar" que Deus não existe.

Ateísmo é a ausência de crença sobre qualquer ser sobrenatural. É fácil de identificar isto, pois, A - teísmo, ou seja, da própria etimologia da palavra tiramos seu significado. Ateus são descrentes de Deus e não crentes de que ele não existe. Pode parecer um pequeno jogo de palavras, mas faz toda a diferença.

Estamos preparados agora para seguirmos em relação aos meus apontamentos supracitados.

Ser ateu é a minha religião. Sinceramente, acredito que crentes esquecem até o que é religião nestas horas, de tanto desespero. Mas, para refutar da forma mais simples possível, o significado da palavra religião: do latim: religare, significando religação com o divino. Nós temos uma ausência de crença a qualquer ser sobrenatural. Portanto inexiste a possibilidade de nos religarmos com algo.

Em relação a segunda posição, na qual eu preciso ter mais fé do que religiosos, ela também não convence. Notem que ateus partem de um pressuposto de rejeitar verdades até que elas encontrem evidências, provas de que o que está sendo acusado como real, é real*. Portanto, posso dizer que tenho expectativas sobre o que é verdadeiro baseando-me nas evidências que são me passadas. Por exemplo, a evolução das espécies e biogênese.

Cientistas em geral, quando não sabem uma coisa, dizem não saber. Provar que a ciência está errada não prova Deus. Muito menos o SEU Deus.

A única coisa que prova Deus, é provar Deus, e não refutar quaisquer outras teorias para falar que a sua é a única válida, pois no assunto de Deus, existem tantos que, como saber que o seu é o Deus verdadeiro? Por que não acreditar em Vishnu?

*não vamos entrar em uma discussão aqui sobre o que é real. Usemos o senso comum mesmo, tudo bem?

segunda-feira, junho 13, 2011

Malditas contingências

Malditas contingências