quinta-feira, dezembro 16, 2010

Pareamento de Estímulos

Não sei se é bem “pareamento de estímulos”, acho que sim.

Antes de tudo, vocês precisam necessariamente assistir ao vídeo abaixo até os 29 segundos.

29 segundos, PAUSEM nos 29 segundos, se não estraga o tópico todo.



Essa música do nada começou a tocar no meu celular*, estava no ônibus e ao ouvir os primeiros 29 segundos pensei “hmm... muito legal, é bem o estilo de música que eu gosto, vocal feminino, batida de leve por baixo...” de repente, toquem aqui o vídeo até 1min12seg.

Minha cara foi com certeza, pior que a de vocês, uma cara de “Puta que pariu, que PORRA é essa” impagável. Eu voltei a música e novamente a ouvi até os trinta segundos e tirei.

Outro dia eu estava ouvindo novamente ao meu celular e começa a tocar de novo essa música, dessa vez, eu ouvi a música inteira pela primeira vez.

Agora assistam o vídeo até 1min32seg e prestem muita atenção, tem uma sacada nessa parte, talvez vocês tenham de voltar aqui novamente mais tarde, quando eu for explicar.

O vídeo até 2min34seg não traz nenhuma novidade, dali até o final do vídeo era o que eu queria comentar, que foi bem suavemente inputado entre a segunda e a terceira vez na qual o refrão é repetido.

Agora vocês já viram o vídeo e já tem o que é necessário para entender o que estou chamando de pareamento de estímulos e explicando também o porquê de eu gostar dessa música hoje em dia (o que não é tão surpreendente assim, pois eu até gosto de duas músicas do Eminem).

O começo da música é o estímulo que starta a bagaça toda, é muito bom, a voz era muito boa (hoje sei que a vocalista do Paramore, até que canta bem a menina!), daí vem o rap e eu “ave maria” e tiro da música.

Numa segunda oportunidade eu deixo a música rodar inteira e aqui está a grande sacada no pareamento, na segunda e na terceira vez que o refrão é repetido, a voz do rapper é colocada junto a voz da Hayley e, muito mais grosseiramente, no final da música elas são pareadíssimas e o estímulo passa a operar de forma diferente no seu cérebro.

Na terceira vez que ouvi a música, já ouvi com menos surpresa (outro fator muito importante).

Na quarta, quinta, sexta... décima, fui me habituando a voz do rapper.

Na décima primeira estava cantando junto.

Agora, já imaginaram fazer isso com outras coisas? Um exemplo bem grosseiro.

Tal pessoa gosta de chocolate, eu dou chocolate para uma pessoa e no chocolate tem uma foto minha, uma mensagem minha algo que remeta a minha pessoa. Eu faço isso 30 vezes. O pareamento funciona a por determinado período de tempo, a pessoa, ao ver chocolate, vai lembrar-se de mim e vice-versa, ao me ver, vai lembrar de chocolate.

Chocolate elicia “coisas boas” então, pode ser que a pessoa passe a gostar mais de você.

Sim, o exemplo é rudimentar, foi a primeira ideia que “pulou” na minha cabeça.

É isso ae, me sinto na obrigação em dizer que as duas músicas que eu gosto do Eminem são: Stan (que também possui vocal feminino, estranho não é não?) e When I’m Gone (essa simplesmente a letra é demais).

* Descobri mais tarde que essa música veio de Forquilha-Ceará junto com duas músicas da Maria Betânia e 1gb de arquivos sobre behaviorismo.

domingo, dezembro 12, 2010

Títulos na Psicologia

*Sempre que eu escrever behaviorista/behaviorismo, estarei falando do behaviorismo radical.

Taí uma das milhares de coisas que eu não entendo, tem gente que diz ser "behaviorista" e tem gente que diz ser "analista do comportamento", são estas duas nomenclaturas sinônimas?

Me digam também, quais são as premissas para que as pessoas possam bater no peito e dizer (normalmente com demasiado orgulho) "Sou um analista do comportamento" e/ou "Sou um Behaviorista"?

Se tomarmos como sinônimos os termos utilizados e levarmos em consideração a palavra "Analista", posso concluir (com base em achismo) que é um título dado a alguém que possui pelo menos uma especialização (Lato Sensu) nesta área do conhecimento.

Para ter um Lato Sensu em algo, como premissa existe a necessidade da formação de terceiro grau.

Já vi uma pessoa apresentando outra com os seguintes dizeres: Entrevistarei hoje o Sr. X, analista do comportamento com experiência em tratamento (o que também já está errado) de autistas.

Eu conheço esse suposto "analista do comportamento" e digo, o rapaz é estudante de Psicologia, como ele poderia ser um analista do comportamento?

Se você perguntar a um estudante de Psicologia: "você é Psicólogo?" exemplos de respostas corretas seriam: ainda não; um dia serei; não etc. Você não espera um "sim", pois está claro que "Psicólogo" é um título dado a quem tem a formação em Psicologia, mas, e um behaviorista?

Se você não é um Psicólogo, como pode dizer que és um analista do comportamento? Alguma coisa está errada.

Terminei o curso de Psicologia, posso agora me denominar "Psicólogo" e com isso, posso dizer que sou, psicanalista, analista do comportamento, gestaltista, psicoterapeuta, sistêmico etc.

Lembrei de um tipo bem comum de perguntas de provas e vou fazer o uso aqui. Tomando como base a frase acima, qual está correta?

A - A primeira afirmação é verdadeira e a segunda complementa a primeira
B - Ambas são falsas
C - A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa
D - A primeira afirmação é verdadeira e a segunda não complementa a primeira

Acertou quem escolheu a C na minha opinião.

Mas e se um psicólogo sem Lato Sensu atendesse a uma pessoa fazendo a utilização dos princípios da análise do comportamento, não seria ele um analista do comportamento?

Aqui entra a dicotomização das palavras "analista do comportamento" e "behaviorista".

Behaviorismo é a filosofia da ciência da análise do comportamento.

Behaviorismo, portanto, é uma posição filosófica e para tal, não necessita nenhuma formação prévia, o que se precisa é conhecimento da filosofia seguida (achismo).

Um psicólogo que atende nas bases do behaviorismo pode ser então um (na minha opinião) psicólogo behaviorista, ou seja, sua investigação se baseia na filosofia da ciência da análise do comportamento, não necessariamente ele é um analista do comportamento (sim, no começo eu as utilizei como sinônimos para engrenar melhor o post).

Gostaria muito de ter definições bem claras de onde começam e onde terminam estas nomenclaturas e títulos.

Algo extremamente pessoal, vocês já participaram daquelas conversas que vão mais ou menos assim?

"Eu sou psicólogo, ela que é economista, pergunta pra ela"
"Eu sou formado em blablabla" < note, ninguém perguntou.

Odeio essas conversinhas de auto-afirmação.

sábado, dezembro 11, 2010

Overload

Mais uma teoria que pretendo apresentar aqui, mas esta pretendo levar a sério, vamos ver se consigo.

Obviamente seu início será tão dualista e cheia de achismos quanto eu precisar que seja, tentarei o quanto antes trazê-la ao lado monista, quanto ao achismo, continuará sendo, afinal, precisaria fazer pesquisas. Será um grande desafio, tanto por que, não sei nem de onde estou partindo. Deixe as ideias fluírem e questione, sempre.

Imaginem quatro estímulos desagradáveis, não conseguem? Eu ajudo.

1 – Você ao passar a catraca no ônibus nota que vai ser a primeira pessoa a ficar em pé (puta saco quando isso acontece, não?).

2 – Você ao ver seu irmão bebendo suco, abre a geladeira no frenesi de beber suco e percebe que aquele era o “último copo de suco”.

3 – Ao estar saindo de casa sua mãe fala “faz isso aqui pra mim” (algo que leva 1min), você faz de “boa fé” e sai, ao chegar ao ponto, o ônibus acabara de passar, você até o vê dando tchau na sua imaginação.

4 – Você compra um produto pelo Mercado Livre e é engambelado.

Aqui, para os que entendem inglês, já devem ter delineado algo de onde pretendo chegar.

Imaginem, que em um dia, tenha acontecido um dos estímulos acima, apenas um. No dia seguinte, aconteceu outro destes estímulos, e assim até que em quatro dias os quatro estímulos tenham ocorrido.

Agora imaginem que em dois dias os quatro estímulos aconteceram.

Por último e concluindo, imaginem que em apenas um dia, todos os estímulos tenham acontecido.

As reações, respectivamente, seriam: tudo bem, acontece; poots grila, quanto azar; e Caralho, Vai Tomar no Olho do Cu Filho de Uma Puta.

Claro que cada organismo responde de uma forma, queria apenas demonstrar o crescente nível de “nervosismo”.

Apresento então a teoria do “Overload” (do inglês, “Sobrecarga”).

É bem do senso comum mesmo e todos irão se identificar com isto aqui, lembrando de quase todos os dias de suas próprias vidas.

Mas será que alguém já pensou em sistematizá-la?

Poderíamos dar níveis para as situações, por exemplo, ser engambelado no Mercado Livre por um produto de 2mil reais e por um produto de 50 reais é completamente diferente.

Você conhece o seu próprio limiar? Como você se comporta no seu limiar? E quando estoura o limiar?

Estou fazendo as perguntas erradas, eu sei. Estou aberto a sugestões.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Perdão

Recentemente algumas pessoas (inclusive pessoas que visitam o blog) vieram me pedir essa palavrinha infernal “perdão” (e suas variáveis), portanto, resolvi blogá-la.

Tentarei aqui, dar minha opinião sobre a palavra.

Todo pedido de perdão envolve duas partes, a parte que pede perdão e a parte que decide sobre o perdão.

Falando sobre a primeira parte, que é mais fácil, por que pedimos perdão? O pedido do perdão sucede um comportamento que você julga inadequado e suas funções são: eliminar o seu mal estar; e restabelecer a relação.  

Falando sobre a segunda parte, entende-se por perdoar a cessão absoluta de ressentimentos para quaisquer ações.

Se alguém lhe pede perdão e você não consegue cessar o ressentimento pelo comportamento a ser perdoado, você não conseguirá perdoar. Enquanto houver ressentimento não será possível restabelecer a relação.

Por isso, alguns perdões necessariamente precisam de tempo. Quanto mais grave o comportamento (levando em conta a subjetividade da pessoa), mais tempo levará para ser perdoado.

É difícil perdoar (deixar de ressentir) alguns comportamentos momentos depois deles terem acontecido.

Dentre as engenhosas funções do cérebro, neste ponto, ressalto que acabamos diminuindo a vivacidade das coisas, isto torna o perdão possível. Conforme o tempo passa, tendemos a nos adaptarmos e com isto, tornamos o perdão possível.

Tentei ao máximo trazer apenas a lógica aqui, sem em momento algum, exemplificar concretamente.

Ciência x Fé x Humildade x Arrogância

Antes de tudo um adendo, obviamente, antes de fazer estes posts, eu dou uma lida em alguns sites sobre o que vou escrever para ter propriedade, coerência e consistência na escrita.

Quando eu disser Fé, neste post, entenda-se no seu sentido mais geral (que deveria, inclusive, ser o único).

Do Wikipédia mesmo: Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme convicção de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

Posso inferir aqui que boa parte das religiões fazem o uso deste artifício. Portanto entendam que quando eu disser fé, na maioria das vezes, poderia estar falando na verdade, fé e religião.

Por outro lado, totalmente oposto ao acima citado, temos a ciência, também do Wikipédia, para não dizerem sobre fontes diferentes: No seu sentido mais amplo, ciência (do Latim scientia, significando "conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática. Num sentido mais restrito, ciência refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico, assim como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tal pesquisa.

Vejamos então o exemplo supremo, no qual grande parte das religiões tem seu alicerce montado, a origem do universo.

A posição mais aceita dentro da ciência sobre a origem do universo é o chamado “Big Bang” que muito simplificado significa toda a matéria e energia que hoje é o universo consolidada em um ponto quase infinitesimal que expandiu e até hoje vem se expandindo. Isto ocorreu há aproximadamente 14 bilhões de anos.

Para explicar a gênese do universo no item fé, vou pegar o exemplo da bíblia.  Existem alguns outros tipos de fé que não vão de encontro com a bíblia sobre este assunto, porém se a crença parte de fé, então posso dizer que se baseiam em falta de evidências.

Gênesis 1:1 - No princípio criou Deus os céus e a terra.

Em outro tópico, trarei constatações sobre a origem do universo do Deus acima, mas agora não é hora.

Digamos que um cientista chega e desfaz a teoria do Big-Bang falsificando-a e apresentando uma nova teoria muito mais plausível para a origem do universo, esta mesma teoria entra em desacordo com a criação Divina do universo.

Adentramos aqui então, a humildade científica e a inexistência da humildade bíblica.

A posição dos cientistas seria algo parecido a tentar ao máximo falsificá-la, usando lógica, evidências e racionalidade para provar que esta teoria é inverossímil, caso esta teoria sobreviva a todos estas tentativas de falsificação, ela se torna “a melhor teoria atual” fazendo com que os cientistas deixem de lado as demais e tomem como base esta, que está acima da anterior.

A posição, pelo que vejo, dos religiosos, seriam duas:

A primeira seria negar, negar, negar e negar mais um pouco, falando que “não tem nada a ver”, pois quem criou foi Deus e “essa teoria aí ta errada”, alguns na tentativa de demonstrar um pouco mais de "inteligência" sem se dar conta que na verdade são muito mais ignorantes diriam que “é só uma teoria, então não é verdade” (assunto até para um novo tópico).

A segunda seria fazer a bíblia se adaptar a esta nova concepção, o que não deve ser difícil, aquele livro com mais de 1500 páginas e passagens que dão margem para serem interpretadas das mais diversas formas (sem tirar quando colocam a culpa na tradução). Muitos cristãos fazem questão de que fé e ciência andem lado a lado, então tentam em uma tentativa desesperada pegar recortes da bíblia para fazê-la científica (o que eu não entendo também, pois se precisa de fé, não precisa se provar nada).

Podemos notar então certa humildade da ciência em se adequar a nova teoria que acaba de surgir, mas a religião não, ela com escritas com mais de um milênio paralisada são de fato o que aconteceu.

É arrogante demais de tais adoradores da bíblia dizerem que algo é como é sem a menor evidência de que algo é como é.

A arrogância científica vem de outra forma (claro que ela existe), ela é arrogante pois se prova ser a forma mais adequada a responder questões, sempre duvidando, sendo cético, usando racionalidade, saindo do campo romântico, adentrando a realidade como ela é, fria e cruel. Quando a ciência se posiciona frente alguma questão ela traz necessariamente argumentos, esta é a arrogância científica.

Backstage – Dificuldades para a conclusão do tópico

Quando comecei este tópico, o título no lugar de “Fé” era “Religião”, mas percebi que existem religiões que não necessariamente estão vinculadas a “Fé” (parece brincadeira, mas não é). Vou fazer qualquer dia um tópico para explanar a etimologia de algumas palavras.

Depois mudei Fé para Bíblia, mas daí percebi que era mais fácil adequar o tópico que o título e voltei para Fé.

Usar um exemplo de fé universal sobre a criação do universo não existe, então resolvi usar a bíblia, levando em consideração que se parte de fé, então qualquer outro tipo de explicação para a origem do universo poderia ser colocado no lugar do exemplo citado.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Emoção x Razão

Deixem-me contar uma história que acaba de acontecer. Sei muito bem que ao final da história, parecerei ser um monstro, ou pior, um analista do comportamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Minha mãe foi ao mercado (desses de bairro mesmo) e no mesmo se encontra uma atendente/empacotadora que tem aproximadamente 40 anos, acima do peso, negra, com um “Black Power” mal cuidado e mal vestida.

Esta mulher adora atender minha mãe e quando a vê, não faltam artifícios para chamar minha mãe de velha (minha mãe tem menos de 50 anos e modéstia a parte aparenta ter no máximo 35).

Hoje não foi diferente, minha mãe foi fazer compras e se deparou com esta mulher no caixa, empacotando a compra que acabara de fazer e que comecem as ofensas, foi algo do tipo:

A – Atendente – M – Mãe

M: Esqueci meu celular na lotérica, ando muito esquecida
A: É que você está velha
M: Você acha mesmo que eu estou velha (e diz o nome da mulher)?
A: Acho sim

Ao chegar em casa (cheguei antes dos meus irmãos em casa), minha mãe me pergunta:

M: você como psicólogo, o que acha da mulher que faz isso, você acha que ela é invejosa? Mal amada?

Eu respondo à minha mãe que não posso responder esta pergunta, que poderíamos levantar milhões de hipóteses e que se alguém na posição de psicólogo respondesse a ela isto, que ele poderia pegar seu diploma e queimar.

Fiz poucas perguntas, levando em consideração a análise do comportamento e a orientei, algo do tipo:

D – eu

D: Mãe, ela faz isto faz tempo?
M: Sim... faz tempo
D: Algum dia a senhora disse pra ela que não gostava desses comportamentos dela?
M: Não
D: Fala com ela, chega nela e diga “olha, não gosto de você falando sobre tal tal e tal coisa, será que você poderia parar?”, se isto não der certo, fala com o gerente, em último caso, sempre existe o vai tomar no cu.
D: Ela pode dizer isso, saber que a senhora se sente mal e então continuar fazendo, pois sabe que a senhora se sente mal, conversa com ela...

Até aí, minha mãe ouviu o que eu tinha dito, pra mim, a análise tinha dado efeito pois:

1 – Tinha feito minha mãe entender que TALVEZ a mulher não soubesse que estava se comportando de forma a machucá-la, inferir que É para machucá-la é um erro.

2 – De forma racional tinha feito minha mãe entender que o comportamento verbal (explicitar a ela) resolveria o assunto.

Comida na mesa, comecei a jantar e chega meu irmão mais velho, minha mãe, neste momento estava de óculos (nunca havia visto isto, mas indicava claramente que estava chorando), meu irmão pergunta para ela o que aconteceu, ela não responde, eu também não falo nada, sinceramente, achei extremamente improvável que ela estivesse chorando pelo ocorrido (de A chamá-la de velha).

Chega então minha irmã e diz o mesmo para minha mãe, só que minha irmã, muito mais persuasiva tira da minha mãe o que a mulher fez (na hora que ela disse o por que de estar chorando, sinceramente achei que fosse “saída pela tangente” e que estava usando o ocorrido para se safar de algum problema “de verdade”).

Minha mãe, ao contar para a minha irmã, faz minha irmã como um jato sair correndo falando que vai até o mercado reclamar com o gerente e bla bla bla. Meu irmão, 2 minutos depois sai atrás também, eu que havia acabado de jantar, fiquei. Alguns minutos se passam e chega um amigo meu em casa, na hora eu falo, “vamos” e ele sem saber de nada me acompanha até o mercado com o carro. O mercado fechado, volto e me deparo com a família toda.

Aqui, não vou conseguir resgatar muito, apesar de ter acabado de acontecer, foram tantas as gritarias, berros e vai toma no seu cu que fragilizaram a memória.

S – minha irmã – T – meu irmão

D: Foram até o mercado?
T: Fomos
S: O Fernando (eu) e eu vamos todos os dias das férias la comprar bolacha e ficar reclamando com ela
D: Ahn? Tu ta falando disso por que ela falou tal coisa da minha mãe? E se ela não sabe que machuca minha mãe falar isso?
S: Como não sabe? TEM que saber...
D: Acho que ela pode não saber, acho melhor falar com ela antes...
S: Falamos com o gerente
D: Falaram com o gerente? Ave, não tem boca usa arma?
S: Que? Que que você ta falando? A mulher tem que saber que não pode tratar assim os clientes
D: É, aí você faz isso e ela não perde o emprego, o que acontece então?
S: Eu vou lá e encho a mulher de tapa, ver minha mãe chorando por causa dessa mulher não vai acontecer
T: Ave Fernando, você acha que ela não perde o emprego se a gente chegar la e sair falando para todos a forma que ela trata minha mãe? Aí você é muito (não lembro o adjetivo, mas era ofensivo)
Meu amigo interrompe aqui e diz “Já quer sair dando tapa na mulher ahahahah”
D: Talvez ela não saiba, ela fala assim com a minha mãe faz tempo, minha mãe mesmo disse isso, como que você infere que ela sabe disso?
S: Por que ela é atendente, ela tem que saber atender e que isso não se faz, quando eu era atendente, eu não fazia isso
T: (interrompe e diz) Isso se chama bom-senso
D: Mas minha mãe nunca disse pra ela que a incomoda, como ela vai saber?
S: Se eu não soubesse quando eu era atendente, eu seria mandada embora, se ela não sabe, problema dela
D: Daí você sai falando com o mais alto..

Gente, aqui, era só gritaria em casa viu

S: Mais alto? Você ta louco?
D: Sim, mais alto, gerente é hierarquicamente “mais alto” que a atendente. Por que você não esperou até amanhã para falar com a mulher?
S: Por que minha mãe tá chorando hoje, não vou esperar porra nenhuma
D: E laia imediatismo...
S: E você fez o que Fernando? Fez alguma coisa pela minha mãe? Não, você não faz nada! Vê minha mãe chorando e não faz nada!
D: Quando eu cheguei, já tinha dado meu ponto de vista pra minha mãe, o meu conselho era o de conversar com a mulher, se não der certo falar com o gerente e por fim mandar tomar no cu ou se esquivar dela, sempre que estiver no mercado...
T: Fernando, desce (aqui em casa, o termo desce significa para ir para a casa de baixo, na qual fica o computador e os vídeo-games) e vai tomar no cu
D: Não, não vou. Vocês tão inferindo que a mulher tem que saber algo
S: Você acha que uma mulher de 40 anos
D: Interrompo aqui e digo, minha mãe me disse que ela não tem 40 anos
S: Ta bom, que seja, de 30 anos, não sabe que isto não se faz?
D: Pode ser. Existe esta possibilidade.
S: Ah, então eu vou ter que chegar la e falar "queridinha, não é para tratar as pessoas assim", tem que ensinar a mulher a fazer o trabalho dela?!
T: Fernando, desce e vai tomar no seu cu.
D: Olha, sou contra sair falando com o gerente da pessoa antes de tentar resolver com a própria pessoa. Estou apenas dando o benefício da dúvida a ela.

Nisso fui descendo.

Minha irmã começou a me xingar de uns 50 nomes diferentes, entre eles, de psicólogo de merda, que entende tão bem o comportamento dos outros que se perde ao tentar ajudar a própria família, e aqui, inseriu mais uns 50 xingamentos em voz alta, daqueles que a rua inteira ouve.

Portanto, razãoxemoção.

O meu racionalismo, no qual, sem se abalar diz à minha mãe, conversa com ela.

A explosão de emoção da minha irmã, no qual sai como um jato indo até o mercado para tirar satisfação com a atendente. Seguida pelo meu irmão mais velho (só pra afimar mais ainda, se meu irmão entrasse na equação caso tivessem a oportunidade de falar com a mulher, é melhor sair de baixo).

Obviamente a ovelha negra da casa sou eu, aquele que nada fez pela minha mãe e que “ficou do lado da atendente”. Totalmente mal interpretado.

Compararam a atendente com uns ladrões (sim, ladrões mesmo, comprovado e tals) maconheiros vizinhos meus. Minha irmã disse “É esse o tipo de gente que ela é”. Eu discordo.

Fecho aqui dizendo que dou o benefício da dúvida para ela não saber o quanto está machucando a minha mãe e mesmo que souber, dá-se a oportunidade da pessoa mudar conversando com ela.

Talvez eu seja muito idealista, achando que todos ouviriam como eu ouviria e parariam como eu pararia. De qualquer forma, sou contra a explosão de sair falando com o gerente que pode desembocar em uma mulher desempregada.

Sou a favor, inicialmente, da diplomacia, depois erguemos as armas, não o contrário.

Entendo perfeitamente que minha mãe, prefere o comportamento dos meus irmãos, claro, parece uma tropa criada para proteger a todo o momento. Mas não adentrarei isto, pois não faz valer.

E vocês, o que acham? Não se resguardem.

Behaviorista x Religioso

Começarei aqui, meus ataques à religião. Titio Dawkins me deu o aval.

Este primeiro ataque vai aos behavioristas religiosos (o que só de ler, já dói).

As pessoas acham que podem adentrar posições filosóficas e dar-lhes sentidos e significados como bem entendem, em alguns momentos, fica ainda pior, ora fazem parte de uma posição e ora de outra, parece até que estão pedindo um lanche no Burger King (lembram do “fazemos do seu jeito”?).

Dizer que é um behaviorista radical é aceitar uma posição filosófica que tem como uma das bases o darwinismo (evolução das espécies – sobrevivência do mais apto) e também, aceitar a visão do homem como um ser monista.

Aceitar o monismo, é aceitar que existe apenas um tipo de substância, dessa forma, desembocamos em dois resultados, o monismo idealista, do Bispo Berkeley, no qual diz que a única substância existente é a imaterial (com exceção do B. Berkeley, ninguém nunca levou o monismo idealista a sério); e o monismo materialista, no qual a única substância que existe é a matéria (quando eu disser monista, entendam este segundo)¹.

Dizer que sou monista, portanto, é acatar a posição de negar qualquer coisa (por menor que seja) que fuja do físico, que seja metafísico.

Aceitar a religião é aceitar um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e/ou finalidade da vida e do universo, normalmente a criação é ação de um agente sobrenatural, sendo dessa forma considerado, santo, sagrado, divino ou espiritual. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Eles tendem a ditar um tipo de moralidade, ética e leis religiosas, proferindo formas de comportamento a seus adeptos ² e ³.

Portanto, aceitar religião é aceitar algo além do físico, aceitar o metafísico.

O que falta aqui, além de parar e racionalizar um pouco são sair de cima do muro e contestar a realidade tal como ela se apresenta. O assunto por ser tão delicado e por modificar todo o sistema de crença da pessoa, faz com que a mesma fique em cima do muro* ou monte um sistema pessoal* do por que ela crê em um agente metafísico e continua sendo behaviorista.

Digamos que eu compro um carro vermelho, eu não posso falar para uma pessoa que o carro é azul e esperar uma confirmação (sem complicar gente, a pessoa não é cega, não é daltônica e sabe a diferença entre vermelho e azul).

As pessoas acham que isto não acontece dentro das posições filosóficas, pois por serem estruturas, são moldáveis a gosto do freguês. Enganam-se, as posições filosóficas são estruturas já determinadas.

As pessoas que se dizem behavioristas religiosas (que são duas posições que se contradizem automaticamente) se sentem bem, parece que estão acima dos reles mortais, falando bonito, mal sabem o que estão falando.

Se fala sobre fé, não fale comigo sobre ser behaviorista, você não o é.

A sua posição é uma ou outra, não uma e outra. O que mais me aflige é quando ora se é um e ora se é outro.

A religião por ser diversas vezes um sistema com ética e moralidade implica em códigos e formas de comportamentos bastante específicos, tema este que será um próximo ataque.

Dawn, religião é uma coisa de cada um, adianta você ficar falando?

Adianta sim, e muito, primeiro pelo motivo do reforço de falar sobre isso é natural, me sinto melhor e segundo pois se ninguém falar nada, continuaremos nesta hereditariedade que é a religião. Alguém precisa se opor, por mais árduo que seja o caminho a ser trilhado e por mais odiado que você seja ao falar.

*comportamentos de fuga e esquiva.
1 - Báque, 2007.
2 - "religion". Dictionary.com Unabridged. Random House, Inc.

http://dictionary.reference.com/browse/religion.
3 - Encyclopedia Brittanica

terça-feira, novembro 23, 2010

Dois comentários

Coisa rápida gente.

1 - Agradecer muito as pessoas que entram com uma aparente freqüência (sim, até 2012 eu posso usar a trema), pois em três dias todo mundo que lê meu blog entrou, apesar da Xu não ter comentado. Ahahaha. Muito obrigado! =D

2 - Vou interagir nos comentários com vocês, dessa forma, o tópico sobrevive mais tempo, acho melhor esta dinâmica! Começo assim que conseguir.

Obs: Me intriga o por que de vocês entrarem no meu blog pra ler, no caso da Bruna parece ser reforço negativo (pela tua mensagem no Msn), a Xu e a Jo deve ser falta do que fazer. ahuahuahuauhu

Brincadeira! Continuem visitando! =D

Tentarei não decepcionar. =P

sábado, novembro 20, 2010

Um pouco sobre mim – Part I

Infância.

Nasci as 11:30 do dia 28 de Agosto de 1986, o segundo entre quatro irmãos, a diferença de idade entre o meu irmão ascendente (Thiago) é de 5 anos (nascido em 81), da minha irmã descendente (Sâmea) é de 1 ano (nascida em 87) e do meu irmão descedente (Luiz Felipe) é de 6 anos (nascido em 92).

O nome Fernando não foi dado por nenhum significado específico, foi dado simplesmente pelo motivo da minha mãe achar este nome bonito.

Nasci sem nenhum problema orgânico que poderia afetar o meu desenvolvimento.

Desde a mais tenra infância apresentava comportamentos de solidão e quietude. Minha mãe costuma dizer que nunca “enchi o saco, era quieto e não perturbava ninguém”.

Próximo aos dois anos de idade, tive uma alergia (não entendo a medicina por trás, só repito o que minha mãe diz) na qual minha existência quase foi cessada. Minha mãe acha estranho, pois mesmo em uma “near death experience” não esboçava dor, parece que quando pequeno, pouquíssimas eram as minhas instrusões no mundo, normalmente aceitando o tempo do outro, não chorava para conseguir leite, esperava que o leite chegasse (e sempre chegou). Esta alergia, que me deixava todo pipocado, fazia com que eu cuspisse sangue ao tossir e minha mãe (como toda “mãe suficientemente boa”) com a sua calma que só o desespero dá entrando no hospital xingando todo mundo, conseguiu com que médicos utilizassem recursos da medicina moderna para me salvar, com êxito, afinal, lhes escrevo aqui hoje.

Lembro que minha infância em casa, bastava-se em chegar da escola, deitar no sofá e assistir TV Cultura, os programas Glub-Glub e Rá-Tim-Bum (não confundir com o castelo, por favor), esta era a minha companhia durante a tarde.

Lembro também, de ficar jogando vídeo game por horas com meu irmão, com meu primo (vez ou outra), jogava Mario, Castlevania, Cavaleiros do Zodíaco, Megaman, Battletoads, enfim, todos os jogos que meu irmão alugava.

Na escola, quando fiz jardim de infância (acho que era este o nome) em uma escola privada (é gente, fiz um ano de escola particular!!!), estudei no Parque Sevilha com meu primo e, desde pequeno meu primo era muito “agitado”, “arteiro” e “engraçado”, portanto, quando estava do lado dele, “encarnava” em mim, alguém que se comportava como ele se comportava, por isso, zuávamos juntos, e zuávamos demais, lembro-me que aliás a professora, por sermos muito “bagunceiros”, expulsou-nos da sala mais de vez. Era bagunça do tipo jogar peças de Lego na cabeça dos outros, xingarmos os outros de gordos, feios etc. pensando bem, isto não mudou até hoje (ahahahahah).

Um pouco depois, ainda na minha infância (gente, a ausência de datas é pelo simples motivo de eu não saber mesmo, 0k?), lembro-me de um episódio, estávamos meu irmão mais velho e minha irmã jogando tapão (pelo menos este é o nome que demos ao jogo), era um jogo de cartas, nas quais você fica com um punhado de cartas na mão e cada participante fala o número de uma carta ascendetemente ao participante anterior e vira uma das cartas no chão, se coincidir o que você disse com a carta que você virou, você dá um tapa na carta e todos os participantes também o fazem (imaginaram a dor?), o último, pega o monte que estava ali virado. Por ex. Começa, eu falo “Ás” e viro uma carta (tudo isso ao mesmo tempo), meu irmão, falaria “Dois” enquanto virando uma carta, minha irmã falaria “Três” enquanto virando uma carta, até que a carta que se vira e a carta falada sejam o mesmo. Neste jogo também, não podemos falar sete, então na vez do sete você fica em silêncio, mas se coincidir, você bate! É um jogo bem divertido. Voltando, estávamos jogando e, por eu seguir regras (que já estavam estabelecidas) percebi que meus irmãos estavam roubando, comecei a falar então “Não é assim” e gerei uma pequena confusão, não queria mais jogar daquele jeito, então meus irmãos pegaram as cartas que estavam nas mãos deles e jogaram na minha cara. Eu, sem modificar minha compostura, peguei as cartas, guardei o baralho e fui assistir televisão. Estranho pra caralho não?

Na minha infância, gostava de ouvir Leandro e Leonardo e sertanejos em geral, lembro de uma balança que tinha aqui em casa, no qual ficava horas ouvindo “Pensa em mim, chora por mim, liga pra mim não não liga pra ele, pra ele, não chore por ele” com a minha irmã, revezando a balança.

Ainda na minha infância existiu uma transição de Leandro e Leonardo para Michael Jackson, comecei a ouvir Thriller, Black or White, Smooth Criminal, claro, sem saber nem cantar, nem dançar (que foi algo que nunca, nunca consegui aprender), sem nem mesmo saber o nome das músicas, apenas sabia que era MJ e que era muito legal.

Não sei até onde os gostos do meu irmão mais velho me influenciaram, mas digo que me influenciou muito, pelo menos até meus 16 anos.

Outro causo a ser citado, e este meu irmão ainda morre de rir quando lembra foi um episódio em Minas Gerais, estávamos brincando de pega-pega e eu precisava “pegar” alguém, corri, desenfreadamente pra frente atrás do meu irmão, estava muito, mas muito rápido (numa velocidade que uma criança consegue chegar né gente, sem achar que sou o Bolt) e sem saber o por que olhei para o lado e perdi a atenção no que estava a minha frente até que quando virei, dei de cara com um poste que até hoje deixa sua marca na minha cabeça, eu xinguei tanto aquele dia, foi foda.

Em geral, sempre fui bem quieto, não “atormentava” os outros, racional, seguidor de regras, dependendo das pessoas eu zoo mais, dependendo das pessoas, zoava menos (discriminação one-on-one).

Qualquer aspecto temporal, que eu coloco no passsado, presente, futuro, pode estar errado, não se preocupem.

Se vocês (todos meus 2 leitores) quiserem perguntar alguma coisa, fiquem à vontade.

Ainda esse ano pretendo falar da minha transição entre infância e adolescência, depois adolesência, depois transição adolescência/adultez, e por fim, adultez. Mas não se enganem, não saí da adolescência ainda, tenho la minhas dúvidas se saí da infância. ahahahah

segunda-feira, outubro 25, 2010

A superstição Divina

Não é para menos que os seres humanos crêem (no sentido de ausência de provas cientificas) em algo.

Hoje, até eu quis crer em algum tipo de justiça celestial (na verdade demoníaca), deixe-me colocá-los em contexto.

Como um garoto que não nasceu em berço de ouro e luta por migalhas de crescimento na vida, apesar de ter um carrinho (meu tão querido Civicão), não é viável ir ao trabalho com ele, muito trânsito, gastos com manutenção, aumento da probabilidade de bater (hoje em dia tem muita mulher com carro), gasolina etc., por isso me submeto à 2h (média) diárias para ir ao trabalho com o transporte mais agradável de São Paulo, o ônibus. São duas linhas, a primeira o 4222-10 Pca. João Mendes que me deixa na Sé. Vou andando até o Terminal Bandeira no qual me é dada a belíssima opção de um ônibus, o 6414-10 - Socorro (sim, eu acredito que o nome tenha sido dado por você pedir socorro a metafísica dentro do ônibus). Estas 2h que disse são para ir até o trabalho, mesmo tempo para voltar, 0k?

Agora o conto.

Estava eu, todo feliz (mentira), em uma segunda-feira (melhor dia da semana não é? Não!) e ao entrar no 4222, super tranqüilo, com minha mochila pesando seus 4kg, aquele ônibus super vazio (notem o sarcasmo) e eu na tarefa de chegar até o fim do ônibus (não gosto de ficar logo após a catraca por diversos motivos), chego no final do ônibus e vejo uma menina usando uma camiseta de uma escola que fica perto de onde estávamos. Somei um mais um e fiquei por ali, sabendo que a vaga em breve ficaria vazia. Uma mulher estava ao meu lado e para mim não havia nem o que discutir, o lugar era dela. Fiquei ali por saber que por abrir espaço, ficaria menos desconfortável no ônibus.

Chegamos até o ponto da escola e a menina levanta, ela que estava sentada ao lado da janela tem que pedir licença ao cara que estava ao lado dela (que era grandinho - no sentido de muita gordura alocada na região da barriga), eu poderia simplesmente ter sentado no lugar, pois ele realmente estava para mim, mas poxa, por direito não era meu.

A menina desce e a mulher pede licença para sentar, o cara levanta para dar lugar à mulher e vai até a porta, aqui me aparece um mamute de umas 2 toneladas e por incrível que pareça foi a coisa mais rápida que vi, desafiando todas as leis da física ela senta no lugar que sim, até onde o mínimo de bom senso existe era meu.

Na hora fiquei pasmo, aquele choque no qual você não acredita que isto poderia estar acontecendo, eu tive a chance de sentar, deixei passar por ter o mínimo de senso em justiça e logo depois, perco o lugar para uma pessoa que não o tem. Uma pessoa um pouco mais paranóica persecutória acharia que isto foi feito direcionado a ela.

Fiquei os próximos 20 minutos esperando em pé, até que outra pessoa levantou e consegui sentar.

Voltando ao título do tópico, a impunidade terrestre sobre este mamute faz com que nós seres humanos busquemos algum outro tipo justiça, daí criamos o Karma, inferno etc. para tentarmos buscar quem? Conforto!

Não serei hipócrita, eu acho que tem muita gente que merece o inferno como punição. Eu queria que a mamute simplesmente caísse morta (tudo bem, estou sim exagerando e muito), mas se ela fosse punida por ter feito algo assim, aumentaria a probabilidade dela não se comportar assim em outras situações, pelo menos temporariamente (enquanto o aversivo [punição] sobrepujar o reforço [sentar no lugar dos outros]).

Termino aqui, uma das criações da Divindade, entre outras, foi o conforto de saber que pessoas que agem assim “terão o que plantam”.

Pra mim, me resta isso, saber que ela não será punida pelo que fez, a não ser pelos batuques que fiz na cadeira dela, nas puxadas de cabelo, nas joelhadas na barriga (isso realmente nem foi intencional, é que era grande demais mesmo) e o fato dela parecer mesmo ser uma pessoa triste.

Quer justiça, faça você mesmo. Não estou falando para ninguém sair matando ninguém! Pelo amor de “Deus”, mas note, eu poderia ter conversado com a moça e ter tratado o assunto de forma diplomática.

Usamos armas para tratar de assuntos que não conseguimos resolver com as bocas.

sábado, outubro 23, 2010

Eu desbravado, para você

Não sei ser gentil.

Sou arrogante.

Não sei ser educado.

Sou prepotente.

Não sei me expressar.

Sou crítico.

Não tenho “papas na língua”.

Sou inconveniente.

Tenho baixa auto-estima.

Sou exigente.

Não tenho “setocômetro”.

Sou perfeccionista.

Não tenho noção de espaço.

Sou autoritário.

Não tenho sentimentos.

Sou sarcástico.

Sou “cabeça-dura”.

Não sei fazer mágicas.

Não tenho habilidades sociais.

Não sei desenhar.

Em geral, não tenho habilidades.

A seguir a frase mais dualista que eu já escrevi: estes são alguns traços da minha personalidade voltados ao pejoro.

Temos no mundo uma população atual de aproximadamente 7 bilhões de pessoas, no Brasil, aproximadamente 192 milhões, em 2007 (último dado que consegui encontrar) tínhamos aproximadamente 150 mil psicólogos no Brasil (2007, ano que adentrei esta tão seleta profissão).

Poderia dizer estatisticamente que por termos 7 bilhões de seres humanos e 192 milhões de brasileiros, a probabilidade de eu conhecer um brasileiro é inferior a probabilidade de eu conhecer um estrangeiro, mais do que óbvio, esta afirmação não procede.

Em São Paulo, temos uma população de 40 milhões de pessoas, desta forma, temos 152 milhões de habitantes no restante do território nacional.

Novamente, estatisticamente por termos 40 milhões de pessoas em São Paulo e 152 milhões de pessoas fora de São Paulo, a probabilidade de eu conhecer uma pessoa fora de São Paulo é maior que a probabilidade de eu conhecer uma pessoa dentro de São Paulo, falso.

Toda essa brincadeira com probabilidades foi para demonstrar a fortuna das contingências que fizeram com que eu te conhecesse.

Hoje, nesta sua data, fica a minha dedicatória a você, singela e simples.

Nossa história é curta, lembro-me de ter postado algo sobre Jung na comunidade do House M. D. e de você me adicionando, pontuo aqui a fragilidade que possuem as relações em seu princípio, uma frase, colocação ou até mesmo uma única palavra pode findá-la.

Passamos por tudo isto, mais de vez fui repressor, autoritário e todas aquelas características que integram (quanto dualismo) o meu eu.

O que eu enxergo aqui é que sabemos respeitar e trabalhar nossas adversidades, você que tudo quer saber, sem descartar a mínima gota de conhecimento (como se fosse líquido), já que sua HD tem 1 zettabyte (10²¹) e eu, que elimino qualquer outra forma de contaminação dualista que possa surgir (apesar de fazer o uso dela com freqüência), já que a minha HD e base são mais comprometidas que as suas.

Não gosto da palavra sorte para designar as contingências positivas que fizeram com que nos encontrassem, mas dou a nós (a você e a mim) todos os espólios destas contingências, que, apesar das brigas, das palavras mal ditas, dos temperamentos, da over-honestidade etc fizeram com que eu adicionasse em minha vida alguém que faz diferença.

Bruna, saiba que tenho apego em você, um dos principais reforçadores positivos que tenho.

Ad infinitum.

Um grande beijo, te adoro menina.

sexta-feira, outubro 22, 2010

O grito dos Quietus

Serei buyest neste post, por mais parcial que seja, não minto.

Existe uma crescente demanda de pessoas trancafiadas em si, suas lamurias são bem parecidas, topograficamente falando, não mudam. Relembro a frase que li em um trabalho da Xu, citando Du (quanta intimidade) Galeano "olha-se o outro como ameaça, não como promessa".

Vou dar um nome para estes indivíduos, para facilitar a leitura, os chamados Quietus.

Os Quietus não se importariam em estabelecer contato com uma pia (tentativa de indicar baixo valor) se elas falassem, errônea é a visão destes seres, notem a leviandade quando pensam sobre os outros: Os outros, ah os outros... Portados de uma boca para sair falando tudo que lhes conto! Seres sem escrúpulos! Prontos para nos mal tratarem, falta de respeito é seu lema! Oh mundo, por que os fez assim?

Quando pensam sobre si: Sou uma pessoa de "tão bom coração", me importo com os outros, trato bem as pessoas, não conto para os outros o que elas me falam, por que eu não consigo conhecer pessoas assim como eu?

Existe uma desesperança generalizada nestes indivíduos que cada vez mais tomam a nação, o dúbio pensamento é um erro categorial.

Estes seres se colocam em uma posição de singularidade como se ninguém na face terrestre pude-se entendê-los, não só, também por visualizarem o outro como ameaça, guardam seus sentimentos a sete chaves dentro de um cofre de segurança nacional.

Vivem com medo da exposição, medo constante e eterno, o ambiente quase que em sua totalidade é impositor e punitivo, qualquer adição que esteja fora de seu conhecimento é antes de qualquer interação examinado, aos detalhes e, depois disso (que não passa de uma aprovação), esta adição pode interagir com Quietus.

De todos os Quietus, alguns conseguem ser mais flexíveis, ao examinar a adição conseguem afastados interagir, torna-se até uma arte, uma habilidade social precária, um disfarce.

Estas pessoas buscam um ambiente confortável, alguém assim, como eles próprios, mal eles sabem que de pessoas parecidas iguais a eles o mundo está cheio!

Não obstante, olhem o absurdo que permeia a relação entre duas pessoas com este pensar, o primeiro passo já é o mais difícil, falar "oi", para estas pessoas começarem uma relação é um parto, depois começam os incessantes testes nos quais só precisam errar uma vez para removerem a pessoa de sua vida sem pestanejo, após aprovação, começam então a trocar algumas informações pouco mais relevantes e depois de 2 anos (tempo mínimo para começarem a terem conversas mais profundas sobre si, antes disso são sempre os outros) começam a contar seus sentimentos um ao outro.

Este tipo de pessoa concatena melhor com aquele que não resguarda seus sentimentos, que diz que está mal e elabora o motivo (diferente dos Quietus que simplesmente falam que estão mal), ora, pessoas "de bom coração" que se importam com os outros só querem ajudar, então indico, sem medo de errar.

A mensagem a ser passada aqui é, Quietus, você não é um mártir, você não carrega os erros do mundo (como um julgador "de bom coração") nas costas, existem mais pessoas como você e nem é tão difícil encontrá-las, estão espalhadas em todos os lugares, sozinhas, em duplas, grupos de pessoas, passando o tempo, buscando aquele alguém com quem poderia dividir experiências interessantes.

O que eu acredito ser o pior nos Quietus é que seguram todo o peso de seus sentimentos não liberados nas costas, eliminando possibilidades de lidar com eles, estagnando sua evolução. Acredito também que, de forma positiva, Quietus acaba pela quantidade de conflitos internos (auto-resolução dos seus problemas) tornando-se uma pessoa com (aqui metrificando a inteligência – Deus, quanto dualismo) um QI pelo menos acima da média.

Notem que neste post eu nem comecei a falar sobre relacionamentos amorosos! Por que estes... Ahahahaha... Pode-se escrever um livro.

You are not alone.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Meu tão querido sossego

Passei o ano reclamando, e, de repente, um solavanco de sossego me acertou uma de direita em cheio, como uma calmaria após a tempestade, encontrei meu tão querido sossego.

Não tenho do que reclamar, quando isto acontece sinto meu cérebro atrofiando, as sinapses não mais são realizadas, em poucas palavras, existe uma diminuição significativa na minha habilidade discursiva. Logo após ter escrito isso, vi que não é verdade, a minha habilidade continua em pé, a diferença é que não discuto tanto, para continuar com minha homeostase.

Eu tenho uma teoria, que logo após conversar com a minha coordenadora Sofia, teve de ser revista, me trazendo uma evolução na mesma.

O nome foi dado enquanto estava digitando e é a Teoria da Solidão.

A história dessa teoria parte da minha querida Xu (para entender melhor tem um post para ela), basicamente ela diz que sonha em viver sozinha e quer incessantemente realizá-la.

Temos nessa teoria dois polos, um é identificado como o (obrigado Piaget) desequilibrador (DE) e o outro como equilibrador (E), o sujeito fica entre os polos. Para a Xu, o que desequilibra são os outros, então ela penderia para o lado DE, quando ela está desequilibrada ela precisa de um outro sujeito para fazê-la voltar para o lado E.

Na teoria que eu inventei pensando nela, se eu elimino o DE eu também consigo eliminar o E, dessa forma, posso pacificamente viver sozinho. Se eu não tenho ninguém para me desequilibrar, não preciso de alguém para me equilibrar, pois sozinho consigo a homeostase.

Essa teoria estava fechada até a minha conversa com a Sofia, na qual refleti e cheguei a uma evolução positiva.

Nesta evolução da Teoria da Solidão, ao qual o nome não pode mais ser este e deve agora ser, pensei durante 1 minuto e não cheguei a lugar algum, então fica sem nome, mas poderia ser algo como Teoria da Exclusão do Negativo ou Teoria do Manter o Positivo ou Agregador.

Neste ainda temos o DE e o E, só que a diferença é no lugar de excluirmos DE e E, excluímos apenas o DE. Notem, dessa forma, mantemos a parte boa, a parte aproveitável. Em suma o que eu digo é remova tudo que só te faz mal da sua vida.

O revés dessa teoria é o seguinte, E não é só E toda a parte do tempo, E também é DE (quem nunca brigou com amigo, namorada, família?), então você teria vários Es que funcionariam de vez em quando como DEs que fariam com que você necessita-se de outros Es, caindo exatamente no mesmo lugar que a Xu reclama, na escolha, acredito que ela manteria a Teoria da Solidão.

Como aprendizagem ao escrever e espero que também para quem leia é, existem sujeitos que só te causam mal, tão logo remova-os da sua vida, se algo apenas lhe causa desequilíbrio, existe motivo de ficar ao lado desse DE?

Quanto mais eu digito sobre isto, mais vejo que o assunto se estende a campos muito mais amplos e num post de blog não consiguirei terminar.

O que eu tiro de conclusão disto é que, alcancei o meu sossego, ele me faz bem, mas não pretendo mantê-lo, se possível agora quero escolher minhas próximas brigas, brigas com as quais gostarei de não ter homeostase, brigas que farão eu correr atrás com gosto, alcançar resultados com falta de sossego, mas uma falta de sossego positiva, diferente das que as contingências da vida me ofereceram neste ano.

Um brinde a minha paz.

Obrigado a todos que colaboraram para torná-la possível.

quarta-feira, outubro 06, 2010

A New Age?

Sabe quando depois de passar por um luto*, você acorda e fala “superei!” e de repente, doce ilusão, no mesmo dia se pega em prantos novamente pela descoberta de não ter superado absolutamente nada? E continua, nesse luto, nessa ausência, com esse vazio que consome seus pensamentos, tempo, temperamento, estados depressivos, agressivos etc.

O luto não é entendido como patológico se ele durar até dois anos, passando disto se torna patológico.

Por vezes levantei e disse que havia superado, por vezes me vi errado. Pode ser mais uma enganação temporária, mas está durando mais que as outras vezes, muito mais.

Aos trancos, barrancos, socos na barriga, cabeçadas na porta, esta falta de homeostase está fazendo com que eu me habitue às novas situações, o ano de 2010 quase que por completo (e ainda não acabou!) trouxe muitíssimas novas situações, algumas vezes meu comportamento foi adequado**, outras, o comportamento inadequado** foi corrigido, e outras, bom... o comportamento inadequado permanece (até quando?). As contingências estão drasticamente se modificando, a seleção do comportamento acontece pelas conseqüências na variação do mesmo, fortalecendo a resposta em contextos similares***.

Dessa forma posso dizer o “New Age”, para isto, explico em dois pontos diferentes:

De era “Embrace your Dreams” para “Same Context, New Significance”;

E, citando Geração Prozac: Gradualmente, até que, subitamente.

Percebi depois de dois anos**** que abraçar sonhos não os traz a realidade, deveria ter modificado a frase para “Run After” (correr atrás) ou “Persue” (persiga), notei então que vivi uma ilusão de que os sonhos iriam por osmose se tornarem reais, que por osmose ocorreriam. Tudo bem, no começo eu até me dediquei ao sonho, falhei e continuei sem perceber, em uma nova zona de conforto (que pode muito bem estar ocorrendo novamente [dejá vu]).

A frase norteadora agora é: “Same Context, New Significance” (Mesmo Contexto, Novo Significado), adentro então o segundo ponto.

Percebi neste ano, que muito do que eu achei que deveria correr atrás, já estava alcançado e que agora consigo realizar diversas outras tarefas, súbita a descoberta, gradual a evolução*****.
É simples assim, aparentemente consegui superar várias dificuldades que tinha sem perceber (o que é pior).

Neste ano de 2010 o ambiente sofreu diversas adições e subtrações, no que permaneceu o mesmo, foram atribuídos novos significados, modificando o presente, moldando um novo futuro.

Futuro este já presente, nas adições novas pessoas na minha vida, novos desafios; nas subtrações, alguns comportamentos, alguns conhecidos, alguns lugares. Estas mudanças foram por osmose, os trancos e barrancos que pediram a adaptação, none the less, me posicionaram proximamente aos meus objetivos.

É isso, quem sabe enxergo que sou feliz e o que me faltava era discriminação de estímulos?

Preciso de uma nova forma de “asterizar”, ehehe.

* Na análise do comportamento pode ser visto como uma perda abrupta de um reforçador positivo. Para Winnicott na psicanálise da tendência inata ao amadurecimento, poderia ser chamada de depressão reativa.
**Muita atenção, adequado e inadequado são extremamente individuais.
*** Tentei simplificar a explicação comportamental do comportamento, acima possui até erros, estou ciente disto.
****É, eu sou lento pra muita coisa.
***** Evolução não está necessariamente atrelada a “positivo”.

domingo, outubro 03, 2010

AP Ñ É PA

O título iria ficar muito grande, achei que chama mais atenção assim.

O título era para ser: Ausência de promessa não é prometer ausência.

Novamente estou com dificuldade em conseguir terminar este texto, acabei por fim deletando tudo.

A frase por si só se explica, se algum dia alguém lhe cobrar algo e você não ter prometido isto para ele, não basta dizer "não te prometi nada", pois também não deixou de prometer.

Seja assertivo, exponha suas motivações reais.

Hora somos os jogadores, os observados mas hora... somos os brinquedos, os observadores...

Respeite, não brinque com os outros, isso não significa que não brincarão com você, mas se todos tivéssemos o "respeito, não brincarei com você", significaria.

Como diria Little Boots:
don't meddle with the heart, don't meddle with the mind, don't meddle with the things that are inside, you don't know what you find, you don't know what she hides.

não se intrometa com o coração, não se intrometa com a mente*, não se intrometa com as coisas que estão dentro, você não sabe o que irá encontrar, você não sabe o que ela esconde.

*Apesar do termo ser dualista, faz sentido.

domingo, setembro 26, 2010

Xu's birthday

Não me perguntem como esta história começou, pois nao saberei lhe responder, mas no começo de 2009 decidi (e você vai ficar sabendo disto agora) conversar com uma garota q sempre estava on no meu msn, mas não nos falávamos.


Também não me perguntem como a relação se fortificou o suficiente para se tornar freqüente como ela é, por que também não sei.

Conforme fomos nos falando fui notando diversos comportamentos de vítima (a partir do meu julgamento que pode não refletir o de quem está lendo, muito menos o seu, por que você lerá).

Ela não só me fez perceber que tenho uma síndrome chamada "síndrome do messias" (acredito que a maioria dos homens possuam isso em relação a mulheres, mas em mim é mais perceptível), no qual eu quero sempre ajudar (para entender melhor ver o post que falo sobre vítimas).

Essa nova percepção náo é necessariamente uma coisa ruim, se auto-conhecer não é ruim, te dá um maior horizonte dos seus próprios comportamentos e saber se deve ou nao mantê-los.

Essa menina, aparentemente tao vítima do seu ambiente não aprendeu a responder a pressão e se fechou em comportamentos repletos de fuga-esquiva, ambiente totalmente punitivo.

Nesses quase dois anos de convivência cibernética, ao meu ver, adicionei uma pessoa que ciberneticamente posso chamar de amiga (até diria que seria uma amiga de vida real, mas ela vir para SP não é uma alternativa [para ela seria morte] e eu ir visitá-la também seria morte para ela).

Xu, saiba que em formação enquanto um futuro analista do comportamento, você está em boa compania. huahuahua

Essa singela "homenagem" vem com grande apreço pela sua pessoa, saiba que apesar do post não ser o que você espera (eu também esperava utilizar palavras melhores, termos com maior valor), vem com sinceridade.

Tenho duas frases para você, apesar de existir uma grande probabilidade de você não gostar das músicas (afinal se for colocar as letras das músicas que você gosta só teríamos destruição) fazem juz a situação, não só a você, mas o post foi desenhado pensando em você:

Primeiro minha Sarah: Can you handle all the seasons of your life? (Pode lidar com todas as temporadas da sua vida?

Agora Within: This world may have failed you, and it doesn’t give you a reason why. (Este mundo pode ter falhado com você, e não te dá nenhuma explicação, nem motivo)

O mundo é como é, você pode dentro de tantas variáveis se esconder, reclamar ou aprender a viver como ele é constituído e se misturar nele.

Enfrentemos, neste post que agora é meu e seu, não conseguiremos nos escondendo demonstrar ao mundo tudo que achamos errado e apesar da nossa insaciável fome de modificar o comportamento das pessoas, a sua constituição já está praticamente sedimentada na sua própria gênese, novamente, se junte a eles ou se exclua.

Como você mesmo outrora me disse citando se nao me engano Eduardo Galeano "aprende-se a ver o outro como ameaça não como promessa".

Esquece-se que tem na sua carga filogenética um negócinho chamado gregário. No qual sua existência necessita da compania dos outros seja como for, seja lendo este texto, sabendo que eu dediquei este meu valioso tempo para você (sim eu tabém sou bastante ocupado), seja respondendo seus emails, seja conversando com você no msn... Com certeza nao seu único contato no msn... Então seu desejo de ser sozinha nunca lhe sera concedido, por você mesmo!

Xu, conta comigo, não estará sozinha, como diria Winnicott, sou o seu ambiente suficientemente bom.

Nao ache que sou altruísta, ser humano algum consegue fazer um ato altruísta sem ganhos secundários... Sejam eles quais forem.

Um grandiosissímo beijo para você garota. Um dia nos desvincilharemos destas correntes.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Comportamento =! Resposta

Por "=!" entende-se "Diferente" get used to it.

"Quando alguém observa o que uma pessoa faz (pode ser uma ação operante ou uma ação emocional ou afetiva), não consegue compreender o significado daquilo que observa. Uma pessoa corre, ou chora, ou fala seu nome, ou limpa um móvel, ou fica vermelha, ou grita, ou escreve... e daí? O significado de um comportamento não está na ação em si, mas naquilo que o determina. Uma resposta não é um comportamento. Para compreendermos uma ação e alçá-la ao status de comportamento, temos que relacioná-la com eventos antecedentes e eventos conseqüentes a ela, funcionalmente interligados. A unidade mínima para a compreensão de um comportamento chama-se tríplice contingência." (Hélio Guilhardi)

Andei conversando com uns amigos sobre isto e todos me disseram o mesmo "resposta é comportamento".

Acima está a resposta, que eu sempre clamei que fosse, e que bom, estou certo!

Também conversei com minha ex-professora, grande analista do comportamento (e tirei o nome dela daqui pq o resultado tava saindo na Google), que também me deu a mesma opinião.

Gente! Vamos entender! Resposta é um dos termos da Tríplice Contingência, que é o mínimo para se entender como comportamento.

Humano, demasiado humano

Tomo emprestado este título do primeiro livro de Nietzsche apesar de não tê-lo lido.

Custou-me provar sobre mim mesmo a mim mesmo que sou humano, sempre o soube, não me entendam errado.

Quero dizer, com humano, que a relação ambiente-organismo é a mesma, que a nível filogenético somos o mesmo.

Vejo nos seres humanos, fragilidade, necessidade de pertença (=!* de gregário). Para não ficar aqui com milhões de conceitos que enxergo nos seres humanos (em sua maioria negativos), pularei para a principal, sua incompletude.

Os animais possuem em sua carga genética todos os atributos necessários para todas as fases de sua vida (chamamos isto de biologicamente determinados).

Sarah Bettens (replicando The Beatles) cantaria: Can I handle all the seasons of my life? (Poderia eu manejar todas as temporadas de minha vida?)

Já, nós, superiores seres humanos, necessitamos de aprendizagem, claro, não quero comparar as capacidades humanas com as capacidades animais, mas preferiria não ser acometido por esta heterogeneidade.

Não importando quem ganhe a guerra, os criacionistas ou os evolucionistas, ateístas ou deístas, behavioristas ou psicanalistas, metaleiros ou pagodeiros. Queria simplesmente chegar em ponto comum para enquanto em condição de ser humano poder me sentir mais junto de todos.

Perco muito espaço ao ser um evolucionista, ateísta, behaviorista, metaleiro (esse é mentira hahahuahu), existe uma redução de contato social drástica. Não apenas essas definições sobre mim enquanto posição filosófica/religiosa/musical definem a minha quantidade danificada de contato social (para a mediocridade), mas também o meu alto nível de exigência, a minha criticidade e honestidade.

Se toda essa diversidade acabasse, se pudéssemos todos “sermos iguais perante Deus”, teria em parte o meu tão querido sossego, faria parte! Não faço parte.

Me cansa discutir todos os dias posições filosóficas, que em parte é incitada por mim! Antagônico, é eu sei.

Gosto do behaviorismo da mesma forma que outras pessoas gostam da psicanálise, vez mais, vez menos. Gosto da música “One Second” da Sarah, do mesmo jeito que outras pessoas gostam de “Como eu Quero” do Kid Abelha. Gosto de ajudar as pessoas da mesma forma que outras pessoas gostam de desajudar os outros.

É no final, tudo humano, todos lutam pelos ideais que acreditam, todos acham que estão fazendo o certo, Hitler achou estar fazendo o certo.

Roubar manteiga e leite para comer, roubar 1 milhão de reais para comprar uma mansão, é tudo “justificável” a partir da história de vida daquele sujeito.

O que muda são os valores, se os valores fossem os mesmos a todos, poderíamos trabalhar de melhor forma.

É descontentação em como o mundo funciona, é isto que me tira do sério.

Notem, não estou aqui querendo dizer que a falta de contato social me danifica, pois é o que da margem a entender. Eu não poderia me importar menos com a quantidade de contato social que eu tenho, mas isto me priva de algumas outras cositas, e isto sim dou valor.

*Diferente

domingo, setembro 05, 2010

Natural / Artificial

Possuo vários temas para posts, mas me faltam conclusões, já descartei posts por não conseguir terminá-los, será que chegarei ao final deste?

Fico relembrando aqueles escritores que aparecem em séries, que não conseguem escrever, apesar da sua vontade insaciável. Tanto que se desfazem de folhas e folhas com escritas.

O sentido de natural que quero alocar aqui é o mais conhecido, aquele no qual não se possui artifícios, que acontecem, sem planejamento, bem próximo ao acaso ou destino.

Artificial por sua vez, é o contrário do acima, que possui artifícios, que possuem planejamentos, que acontecem por algum tipo de interferência previamente estabelecida, bem distante do acaso, mas nem tanto do destino.

Se eu lhe perguntasse, você é uma pessoa natural ou uma pessoa artificial (no sentido do post), o que você responderia?

Hora planejamos nossas ações, hora não. Hora deliberamos nossas respostas, hora somos surpreendidos por impulsos, o responder sem pensar.

Existem situações (sempre tem um cara que chega e fala "não é nem isso nem aquilo, na verdade, é meio-a-meio", como se estivéssemos comprando uma Trakinas) que são naturais e artificiais ao mesmo tempo. Pode ser natural para uma pessoa e artificial para outra. Já assistiram aquele filme "Como se fosse a primeira vez"? A situação todos os dias era planejada pelo homem, mas para a mulher, era uma situação natural (por mais absurda que fosse).

Recentemente em um grande acaso, completamente natural, me aconteceu uma situação agradável, porém, teria/tive/tenho grande dificuldade em dar continuidade a "situação agradável" sem torná-la artificial para todas as partes, não só isto, mas indicaria outros fatores com os quais tenho grandes (uso exarcebado desta palavra neste post hein) dificuldades em lidar.

Resumindo a situação como um todo, eu tenho, nestes casos, altas (para mudar a palavra) dificuldades em artificializar estes tipos de contextos, pois ao fazê-lo, nos colocamos em um outro tipo de relação, a de poder. Não só, entre outras.

Toda sociedade possui relações de poder, seja ela por títulos formais, dinheiro, saber, genética etc. Quem sabe um dia, ao entender melhor o tema, eu consiga elaborar um post sobre isto.

Um amigo meu me contou uma história, que aconteceu com dois amigos dele, um homem doravante tratado como X e uma mulher doravante tratada como Y.

X afim de Y e aparentemente Y possui certo interesse em X. Estavam eles fazendo um trabalho na casa de X quando Y diz que precisa ir embora, X acompanha Y até a porta e desaparece! Meu amigo obviamente comemora o sucesso de seu amigo por "faturar" Y. Porém, 2h se passam e X não volta para ajudar a dar continuidade no trabalho, então meu amigo, já puto da cara resolve procurar X. Nesta busca ele encontra ambos X e Y parados no fio da calçada conversando, sem mãos dadas, sem nada que indicasse um envolvimento físico. Meu amigo não entendendo a situação pede para que X volte e Y vai embora (desta vez de verdade).

Meu amigo, bastante descontente com o que havia visto pergunta para X o por que dele não ter feito nada, e isso meus amigos, é a dicotomia entre o natural e o artificial.

O interessante de uma relação natural, que poderia até trocar e dizer espontânea é que não possui pressão, ela acontece, é pura.

A situação relatada acima, não foi natural, ela já estava contaminada com muitos comportamentos esperados geradores de pressão. X deve ter se feito um milhão de perguntas em sua cabeça, deliberou mais de vez "vou ou não?", mais de vez deve ter falado "é agora", mas de vez pensou, mas a pressão do momento e suas conseqüências poderiam ser devastadoras para X.

É tudo peso no final das contas*.

Quem já leu os outros posts do blog, não sei se vocês conseguem entender que sobre tudo que falo, entro numa relação circular. Diversas variáveis que desembocam em um único fim, comportamento, comportar-se, seja o comportamento público ou privado.

Odeio posts sem objetivos, eles não dizem nada. Espero que diga algo para quem leu, espero que quem leu tenha elaborado algo. Eu pelo menos consegui falar alguns assuntos que queria falar.

Vou novamente falar o que eu quero, eu quero o natural, eu não quero pressão, eu quero conforto.

*Estão vendo qual o meu problema quando não consigo determinar um objetivo específico? Já quero fazer um post sobre relações de poder, e agora mais um, o do peso.

domingo, agosto 29, 2010

Todo bom / Todo mau / Ambivalência

Utilizarei aqui, neste post, a pior psicanalista que conheço (no feminino [no masculino temos Reich]).

Não acredito que o título deixe claro o que quero passar, então, deixem-me desmistificá-lo.

Temos em Klein, duas posições: esquizo-paranóide e depressiva.

Nelas, o sentimento é tido de formas diferentes.

Na paranóide, o que sentimos por alguém é "todo bom" ou "todo mau".

Imaginem uma escala, 0% é todo mau e 100% é todo bom. Nesta posição, esta escala pode ser preenchida com apenas estes 2 valores. Não existe meio termo.

Na depressiva, o sentimento é ambivalente.

Neste caso, imaginem duas escalas independentes, uma de amor e uma de ódio, cada uma pode ser preenchida a bel prazer de 0 a 100%. Dando forma, te amo (30%), te odeio (50%). Tudo junto, ao mesmo tempo, misturado. Sentimentos concomitantes de juízos contraditórios sobre o mesmo objeto.

Como são estados, podemos hora estar em uma posição e hora em outra.

Sabe quando você acha que aquele seu romance é "Tudo De Bom", seus amigos falam "Se cuida que nesse carro tem subwoofer" e então "bang", a realidade te assola e você percebe que viveu uma fantasia? Que nunca foi "tudo de bom" de verdade? Essa é a falha da posição paranóide sobre os sentimentos. Existe uma cisão, não se enxerga a realidade, se enxerga o que se quer enxergar, como diriam "One Winged Angel".

A posição depressiva, com a ambivalência, permite um repertório comportamental muito mais sofisticado, saber amar e odiar ao mesmo tempo, remete-nos ao verdadeiro objetivo deste post. Você se ama totalmente? Se odeia totalmente? Meio-a-meio? Tome cuidado com a resposta, acabei de explicar o "todo".

Existem situações nas quais somos tão onipotentes quanto Deus e situações que somos tão fracos quanto seres humanos, existem outras situações nas quais sabemos nos comportar, não precisando ser nem Deus, nem fraco.

Existem situações, que nos odiamos e situações que nos amamos. Existem comportamentos adequados e déficits comportamentais. Intercalando, existem mesmo nas situações que nos amamos comportamentos deficitários e nas situações que nos odiamos, comportamentos adequados, tanto quanto as outras duas variáveis.

"Me abrindo" para vocês e exteriorizando a culpa, pois não é minha, é de virgo, meu signo!

Me odeio em algumas situações ao analisar o que não é necessário analisar, de remover a naturalidade, de bolar planos, estratégias para chegar a um objetivo. De querer super cumprir tarefas, de não obedecer uma super simplificação. Além de não super simplificar, dificultar o simples. Odeio a quantidade de objetividade introjetada em mim.

Não me entendam errado, não pretendo e nem quero mudar os comportamentos acima 100%, pois como diria Nietzsche "torna-te quem tu és", e esse é quem eu sou.

Quero simplesmente mudar esses comportamentos quando eles são déficits, na minha opinião, um dos assuntos aos quais mais dou valor em minha vida, são cheios de comportamentos fragmentados, cheios de super complicação, repletos de problemas, tornam-se complexos, pois eu os acho complexos, quando na verdade, não são, porém, minha visão é limitada e apesar de tentar me convencer diariamente, não consigo (você se identificou em alguma área da sua vida com o que eu acabei de dizer? Acredito sinceramente que todos temos pelo menos uma área na vida que a identificação com esta frase torna-se real).

É fácil na teoria dizermos, simplifique, quando é necessária a modificação do comportamento, se corre, se foge, se é reforçado, enraiza, não progride, e voltamos para um dos tópicos, nos vitimizamos, culpamos o outro, afinal, não sou eu, é virgo.

Tem gente que vai querer me bater, mas pouco me importo, Gabriel, o Pensador outrora escreveu:
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente

De fato, modifique a relação com o ambiente, pois ao modificar, o comportamento se transforma.

Em teoria, a frase é muito boa, mas me responda, quão fácil é mudar? Num "estalo mental" podemos simplesmente parar de obedecer a nossas próprias auto-regras? Se fosse assim tão fácil, seríamos ainda mais metamorfos.

Cansei deste post. E você? Se pudesse mudar seus comportamentos? Quais seriam as situações? Ou, existem comportamentos que devem ser eliminados 100% de você?

Pense e mude, gradualmente, até que, subitamente.

Ah, tomem nota!
1 - Eu sou comportamental puro, qualquer erro psicanalítico, me perdoem
2 - O foco (cada vez mais percebo que não deveria usar a palavra foco e sim "objetivo") do post é explicar o todo bom / todo mau / ambivalência e não os estados ou qualquer outra parte da teoria Kleiniana

sexta-feira, agosto 27, 2010

Eu quero conforto

Se eu lhe disser que saúde é sinônimo de ausência de doenças, você concordaria?

Se sim, por que? Se não, por que?

Calma dears, é retórico, não, não podemos concordar, se você concordou com a frase, você (desculpe pela sinceridade, um dia eu também achei que essa frase estivesse certa, minha professora de Filosofia que tem mestrado também achou o mesmo [até eu ensiná-la o correto], então não sintam culpa, é mais normal do que parece), você está enxergando o ser humano com uma visão limitada, não somos seres apenas biológicos, somos também seres sociais, que fazem o uso da psique e essa é a visão holística correta do ser humano.

Saúde é considerado como bem-estar psíquico, físico e social, isto vai em linha com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pergunto-lhe, você é saudável? Com suas neuroses, psicoses, psicopatias, status social, poder aquisitivo, hormônios, anatomia, movimentos executivos, neurologicamente? Todas as funções?

A vida é cheia de estados (vão e voltam [ex. emoções {feliz/triste}]) e fases (são passadas e deixadas para trás [desenvolvimento {infância/adolescência}]), então, se você ler esta frase todo dia, um dia dirá que sim, outro não, outro talvez and so on...

Poderíamos dizer que quando saudáveis, estamos confortados, não como sinônimos, mas como uma relação de causa e efeito (se saúde então conforto).

O dia que que eu fizer o post analisando a parte positiva das expressões, encerro o blog!

A minha intenção é elaborar o estado não saudável, social/psíquico (foco).

Quando não estamos bem, quando perseguimos o bem-estar (aquela luz ofuscante bem distante de nós, para alguns tão distante que consideram esta luz o sol) temos infinitas formas de responder, de nos comportarmos para atingirmos a paz (ou a destruição, caso isso seja o seu bem-estar).

Uma das formas, a que eu mais queria acreditar, pois tenho fé (estranho não?) de que esta é, sem sombra de dúvidas, a forma em excelência quando falamos de conforto. Podemos explica-la por uma palavra: Deus.

Como escrito por Lillie Emery em "Varidades da Experiência Científica" de Carl Sagan:

Minha raça não saiu mesmo de uma piscina natural?
Deus, eu preciso acreditar que você me criou:
Somos tão pequenos aqui embaixo.

Buscar conforto em Deus, ter esta possibilidade, para mim nada equivale, a paz que Deus traz a seus seguidores é inigualável. Mas eu, apesar de precisar acreditar, não consigo, não enxergo, não O vejo, e por favor, não me venham dizer que ele pode ser provado pelas leis naturais, não me falem que a bíblia representa nem que parcialmente a realidade, muito menos que a crença nele deve partir antes de tudo de fé, de que estamos aqui tendo nossa fé testada (simplesmente não desce).

Tudo bem, mas, sou ateu igual você Dawn, onde eu encontro conforto? Como disse acima, existem infinitas formas de se buscar conforto, de se renovar, de ser consolado, de fortificar-se. Diria que cada macaco no seu galho.

Tudo bem Dawn, e você enquanto monista, pessimista, sincero, retentor de ódio pela própria raça etc, onde encontra conforto?

Também em uma palavra: Música.

É incrível como no passar dos anos, mais e mais eu me afogo nesta maré de sentimentos eliciados* por esta maravilha, este encanto, o transe que me gera, no qual me encontro quando me pego acordando do mesmo ao desmistificar uma frase/letra de música.

Quando digo música, não quero dizer no sentido instrumental, quero novamente instituir a visão holística, é o conjunto, a voz, os intrumentos, ao ver a pessoa cantar vamos ainda mais distante, podemos sentir a emoção sendo passada a frente, empatizamos.

Para cada situação tenho uma música, uma sentença, uma estrofe, frase, o que for na qual me gera conforto**.

Nem sempre (nem os que acreditam em Deus [imaginem eu, que tenho música como principal fonte de conforto]) somos confortados pelas nossas fontes principais, são diversas, temos Deus, amigos, família, emprego, dinheiro, tudo isto nos dá conforto, para alguns mais, para outros menos.

As emoções sobressaem e nós perdemos o foco, perdemos como nos comportar, parece que somos ordenados pelas nossas emoções, podemos saber que mandar aquela mensagem para alguém não lhe trará nenhum resultado, se manda, pois não temos controle, podemos definir assim, falta de controle, quando nos comportamos obedecendo nossas emoções, é em busca de conforto, mandamos a mensagem e instantaneamente nos sentimos bem, até quando? Qual será a próxima variável para o controle? Nos afundamos ainda mais por obedecermos nossas emoções? Se cortássemos comportamentos ordenados pela emoção, os buracos que cavamos, seriam menores? Levantamento de hipóteses. eheheheh.

Termino como comecei, sem dar respostas, sem nenhuma poção mágica de conforto (como se fosse possível), sem aproximar-me da luz ofuscante, ansioso, buscando o meu conforto, a minha paz (não quero mais destruir, quero construir), o sereno.

Eu quero conforto

*No sentido comportamental "da coisa" (respondente/reflexo)
**Analisando bem isto, até podemos fazer uma análise comportamental

segunda-feira, agosto 23, 2010

Quanto mais, menos

O trecho abaixo foi abstraído da música Instinct - Arch Enemy.

Quanto mais vejo - menos acredito
Quanto mais ouço - menos me importo

O que você pensou?

Ao ler isto, me identifico, ainda mais nos dias atuais, no qual estou vendo uma enorme auto vitimização nas pessoas próximas a mim.

Subitamente percebi que eu reforço os comportamentos das pessoas quando elas se vitimizam, sempre tentando ajudar de forma lógica-racional para o equilíbrio emocional.

Não é difícil entender e concordar (independente de formação), que todo comportamento* quando reforçado tem a sua probabilidade de execução elevada em contextos similares.

Entretanto, precisamos discriminar que existem tipos de vítimas, as reais** e as faz-de-conta.

Como lidar, doravante, com as pessoas acostumadas ao reforço do consolo dos problemas faz-de-conta, da ajuda, quando nota-se que o ato da vitimização não as auxilia na resolução dos problemas intrínsecos a elas?

Contextualizando a frase, cheguei a um limite no qual não consigo mais ser complacente com vítimas faz-de-conta.

Como dar um basta sem findar a relação?

Acredito que devemos modificar o paradigma do apoio, gradualmente enfraquecer condescendência do "vitimizar-se" enquanto também, gradualmente fortalecer uma relação de auto-percepção de que se tornar uma vitimiza não agrega, não gera progressão, enraiza o papel de vítima, fortalece a reivindicação em um processo progressivo-cíclico***.

Este processo deve ser realizado com toda a precaução possível, pessoas que se auto vitimizam estão procurando consolo, como se reivindicassem um direito delas, fazê-las perceber de que não é um direito e que elas não estão fazendo a parte delas para poderem reclamar é passível de terminar sua relação com a pessoa. Se a pessoa busca conforto e não o encontra (se o comportamento não é reforçado [independente de formação], ele tende a diminuir [rudemente explicado {as variáveis são muitas}]).

Apenas um reminder para mim, preciso criar o post "Ache o culpado"

*comportar-se simples, não vinculado a tríplice contingência. Para simplificar.
** Não é foco deste post tratar de vítimas reais.
*** progressivo pois enraiza o comportamento problema (que faz a pessoa se colocar como vítima).

Abaixo a música, percebi que o post mais importante.






The more I see - the less I believe
The more I hear - the less I care
This world we've created, has left me cold
This world is sedated
Dying in it's sleep

I feel nothing

Seen it written on a thousand faces
The simple truth we fear
Seen it happen in a thousand places
Instinct brought us here

The more I see - the less I believe
The more I hear - the less I care
We used to be the chosen ones
Second to none
Look at what we've become
A pathetic excuse for living

I feel nothing

I can feel nothing
Nothing at all
Except for the pain
That hits me again

Quanto mais eu vejo - menos acredito
Quanto mais eu ouço - menos me importo
Esse mundo que criamos, me deixou frio
Este mundo está sedado
Morrendo em seus sono

Eu sinto nada

Vi isto escrito em milhares de faces
A mais simples verdade nós tememos
Vi isso acontecer em milhares de lugares
Instinto nos trouxe aqui

Quanto mais eu vejo - menos acredito
Quanto mais eu ouço - menos me importo
Costumávamos ser os escolhidos
Em segundos nos tornamos nada
Olhe para o que nos tornamos
Uma patética desculpa para viver

Eu sinto nada

Eu posso não sentir nada
Nada mesmo
Exceto pela dor
Que me acerta novamente

Este post é um rascunho.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Almost Happy - K's Choice

Seguindo com a música semanal, novamente, Sarah Bettens, dessa vez com a banda dela, o K's Choice (voltaram este ano \o/ [apesar dessa música ser mega antiga]).







If I could look beyond your face
And photograph your hidden place
Would I find you smiling in the picture

I don’t know what you want
Because you don’t know
So what’s the point of asking

You’re almost happy
Almost content
But your head hurts

Far too many ways to go
We learn so much but never know
Where to look
Or when we should stop looking

I can love the whole of you.
The poetry I stole from you
And hide inside my stomach

It’s easy to get lost in you
And fall asleep inside of you
I want to return to you
A reason to be here
A reason to be here
Se eu pudesse ver além da sua face
E fotografar seu lugar escondido
Eu iria encontrar você sorrindo na foto?

Eu não sei o que você quer
Por que você não sabe
Então tem sentido perguntar?

E você é quase feliz
Quase contente
Mas sua cabeça está doendo

Muitos caminhos para se trilhar
Nós aprendemos tanto mas nunca sabemos
Onde olhar
Ou quando nós deveríamos parar de olhar

Eu posso amá-la por inteiro
A poesia que eu roubei de você
E escondi dentro do meu estômago

É fácil se perder em você
E eu dormi dentro de você
Eu quero voltar para você
Uma razão para estar aqui
Uma razão para estar aqui

Essa música permeia as estrofes, ela não é linear, portanto, hora estarei falando de uma estrofe e hora de outra.

Olhar alguém além da face é enxergar o ser humano em seus comportamentos privados, que só podem ser parcialmente entendidos através da empatia.

O que você me mostra publicamente, reflete o seu particular? Te olhar de dentro ou te olhar de fora, refletem o mesmo resultado?

Podemos seguir tantos caminhos, existem tantas formas de se realizar, de onde ir, de como fazer. Fica difícil saber onde parar. Não é fácil realmente saber o que se quer. A exigência é tanta que relutar exaure.

Aspiramos mais sem limites, a dificuldade das fases aumentam, nossa cabeça dói, estamos quase felizes, quase contentes, quando "quase feliz" se torna "feliz", pouco tempo dura e logo já estamos quase felizes, quase contentes, aspirando mais, sem limites.

Tudo tem razão, propósito, motivo. Todos queremos algo, todos queremos alguém. Queremos poder nos perder no outro, queremos sentir a mais pura das purezas, dos prazeres, a confiança do falar sem ser recriminado, do tocar animal, do instinto, queremos o todo quando somos apenas metade.

quinta-feira, agosto 12, 2010

The Soldier Song - Sarah Bettens

Semanalmente (tentarei!) colocarei alguma música aqui, sempre tem uma música fazendo sentido para mim, no futuro, terei guardado quais foram, este blog vai cada vez mais se tornar meu armázem.


Mother, I'm fine, everything's ok
It doesn't help to worry anyway

I'll be back before you know
You will be so proud to know
I was strong, I didn't let you down

Mother, I lied, this is not for me
I've seen so many people die and somehow I'm still here
And I don't know why I should be
The lucky one who gets to see
Another morning through these tired eyes

Mother, I'm dying, nothing more to give
My body breathes, but I don't want to live
And the bullet that's supposed to go
Inside some poor son's back
I hope it blows up in my face
, so I can say

Mother, I died, and you won't have to know
There's nothing left but anger in my soul

I never found my truth out there
I never knew why we were there
I lost my youth, but no one seemed to care


Mother, I'm fine, everything's ok
It doesn't help to miss me anyway
I'll be in your heart you know
And you will be so proud to know
I was strong, I didn't let you down

Acima peguei a letra de uma das minhas músicas favoritas, não é surpresa alguma que esta música seja da minha maior descoberta, minha ilusão, Sarah Bettens, minha paixão.

Aprendi, no segundo ano de psicologia, é interessante como algumas palavras passam a fazer parte do nosso vocábulo, no caso, a palavra foi abstrair, é um tanto quanto rara, mas pode ser utilizada de diversas formas.

Agora explicado (como sempre a minha necessidade de over explicar tudo), é difícil uma letra de música fazer 100% de sentido, no caso, vamos abstrair apenas as partes destacadas acima. Dividi em quatro partes, pois pela abstração, elas se complementam mas podem ser trabalhadas isoladamente.

Mother, I'm fine, everything's ok
It doesn't help to worry anyway
Mother, I'm fine, everything's ok
It doesn't help to miss me anyway
I'll be in your heart you know

Vou traduzir, nem todos sabem inglês:

Mãe, estou bem, tudo está bem
Não adianta se preocupar de qualquer forma
Mão, estou bem, tudo está bem
Não adianta sentir a minha falta de qualquer forma
Eu estarei no seu coração você sabe

Quero dizer com essa frase, que se torna importante para mim, pois ela me ensina que não adianta se preocupar por situações pela qual não se possui controle.

Existem muitas pessoas que se estressam pelos mais variados contextos, existem contextos sem controle, no caso da música, a mãe, se preocupando pelo filho que vai à guerra, fica todo dia pensando no filho, não é produtivo, o filho está na guerra, não depende da mãe, ela se preocupando ou não, o resultado é o mesmo, então, para que "esquentar a cabeça"?

Sentir falta estabelece o mesmo paradigma, é difícil, eu sei, mas produz algo sentir falta de quem não pode mais estar conosco?

Guarde com carinho as pessoas no coração e exclua qualquer mal pensamento sobre as mesmas, por mais que o ruim normalmente sobreponha o bom.

My body breathes, but I don't want to live
And the bullet that's supposed to go
Inside some poor son's back
I hope it blows up in my face

Meu corpo respira, mas eu não quero viver
E a bala que supostamente tem como alvo
O interior do filho de alguém
Eu espero que exploda bem na minha face

Quero dizer com essa frase que preferia estar morto. O que me leva ao próximo trecho.

I never found my truth out there
I never knew why we were there
I lost my youth, but no one seemed to care

Eu nunca encontrei minha verdade lá fora
Eu nunca entendi por que estamos por ali
Eu perdi a minha juventude, mas ninguém pareceu se importar

Não tenho/vejo sentido, não tenho/vejo significado, não consigo encontrar paz interior, não consigo organizar os pensamentos, ninguém consegue ajudar.

Não me entendam errado, não é ausência de pessoas bem intencionadas, o problema é meu, em nível ainda mais baixo, não consigo dar as diretrizes para fazer com que estas pessoas me ajudem, comigo empatia parece ter via única, é o que eu sinto/vejo.

Para terminar este post rapidamente feito, a última passagem.

There's nothing left but anger in my soul

Não existe nada além de ódio em minh'alma

Bom, não é verdade, mas até então, palavras como, tudo/sempre/nada/nunca dificilmente estão certas. Diria que existe mais ódio que amor.

Gostaria de levantar uma hipótese, seriam as músicas que você ouve de alguma forma determinadoras do seu estado de humor?

Será que pessoas que ouvem músicas mais felizes costumam ser mais felizes que pessoas que ouvem músicas mais tristes? Será que é o estado de tristeza que leva uma pessoa a ouvir músicas tristes? Será que é o estado de felicidade que leva as pessoas a ouvirem músicas felizes?

O humor seleciona a música ou a música seleciona o humor?

Digo isso pois essa semana estou com um rebaixamento do humor para o lado depressivo e as músicas que estou ouvindo são parecidas com a acima, o que me levou a ouvi-las? As variáveis do ambiente não favoráveis ou assim que comecei a ouvi-las comecei a enxergar as variáveis de forma não favoráveis?

Interessante...

Até a próxima música.

[]'s Dawn.

quarta-feira, agosto 11, 2010

O futuro e a sua previsão

Como sempre a minha preocupação é com vocês, o que vocês pensam ao ler este título?

Digo isto e, continuarei dizendo, pois o que vocês pensam é provavelmente diferente do que eu penso*.

Prever o futuro me faz pensar em algo pela qual luto, sentir ausência de dor**.

A previsão do futuro tem inúmeras formas, grandezas e tempos, posso prever o futuro e modificá-lo, posso prever diversas formas de agir em uma única situação no futuro e posso também prever o futuro determinado, aquele que mesmo com as minhas ações, ele acontece, em relaçao ao tempo, posso prever o futuro imediato, a médio prazo e a longo prazo, em relação a grandeza, posso prever o meu futuro, o futuro dos outros, o futuro da humanidade, apenas catástrofes, precisamos defini-los para obtermos um resultado final, pois são interdependentes.

Tenho sempre que ir delimetando o foco do post, dessa forma consigo terminar. O foco aqui em tempo, forma e grandeza é, prever o meu futuro, apenas o que acontece comigo e claro, com os que estão comigo no momento, a previsão não se estende ao que acontecerá a eles, consigo também prever todas as formas de agir, posso imaginar se uma forma de agir está correta (lembrando que certo e errado é subjetivo) e agir assim quando o momento chegar, ou simplesmente imaginar outras formas de agir.

Tudo bem Dawn, mas por que você escolheu esse tempo, forma e grandeza? Simples meu caro leitor (ou seja, eu mesmo), pelo simples motivo de eu não me importar com o resto da humanidade, não quero salvar o mundo, não me importo, eu quero o meu sentir ausência de dor, acredito isso ser suficiente, não pretendo ser Jesus, talvez, nem se pudesse ser seria-o. Eu quero ajudar os que estão ao meu lado, aos que voluntariamente me importo, da mesma forma que não é difícil eu me importar, também não é difícil eu não me importar.

Dado o foco, precisamos de uma gênese também, ou seja, quando surgiu o prever o futuro? É claro que uma pessoa que nasceu prevendo o futuro, uma que prevê desde os dez anos e outra que prevê o futuro aos 23 anos possuem formas diferentes de se sentir tanto em relação ao poder tanto quanto a sua forma de usar.

A gênese é, agora! Imagine que a partir de agora você consegue prever o seu futuro e as suas variações.

É bom? Ruim? Não importa? Tanto faz?

Imagine que a partir de agora, tudo que você fizer vai ser premeditado com ciência dos resultados, imagina estar sempre certo, ter sempre as palavras certas, fugir das brigas das quais não consegue ganhar, brigar as que sabe que se vai ganhar. Quando digo saber, é realmente saber, pois é o que vai acontecer.

No tópico passado, cito o arrependimento de não ter feito algo pelas rédeas das suas próprias auto-regras, as suas auto-regras, normalmente (eu acho), são criadas por falta de certeza do êxito de um comportamento, não beija pois o target não quer, não envia o currículo pois a empresa tem outros currículos mais importantes, não entra em uma briga pois não ganhará. Na maioria das vezes, é algum tipo de rejeição, algum conceito seu sobre um déficit comportamental seu (que pode ou não existir), é um não, eu não consigo.

Imagine que agora você não só sabe que ao beijar o target, o mesmo irá retribuir, como sabe como facilitar o seu caminho para que o target queira o beijo. O mesmo para os outros exemplos, sabe como incrementar seu currículo com as informações desejáveis (não tem como fazer milagre, se a vaga é para psicólogo e você não tem formação de psicólogo, só lamento, vagas exigem premissas).

Imagine uma briga com a família por uma besteira, poderá facilmente ser evitada, imagine que ao chamar alguém da sua família de "louco" ative um comportamento de agressão, você saberá, e pode escolher chamar ou não (sabendo inclusive suas causas).

Até agora, pensei em um sentido em melhorar a vida sem usar "golpes baixos", mas, imaginem que a partir de agora, você saberá como xingar a pessoa e tirá-la do sério, saberá como fazer alguém desbalancear-se frente ao equilíbio razão-lógica-emoção, quando o emocional toma conta, as pessoas fazem besteiras (todos já passamos por isso, não é verdade?).

Na minha opinião, eu iria manipular o tempo a bel-prazer. Seria ótimo.

A solução da previsão do tempo, até a sua aspiração, é uma ilusão de fracos, de pessoas que vivem sem arriscar, que não expõe, que não se aventura.

É no erro que se aprende empiricamente.

Eu, um organismo monista (o pior tipo), também posso ter minhas ilusões de vez em quando, permitam-me, ou melhor, permito-me.

*Notem que eu não indico uma relação hierárquica, eu apenas digo, diferente.
** Será "sentir ausência de dor" melhor que "ausência de dor"?

terça-feira, agosto 03, 2010

Você é seu pior inimigo

No primeiro post eu justifiquei a gênese, no segundo vou realizar um auto-ataque. Bem diferente de Deus não? ahahahah

Li essa frase em um livro e na hora me pulou a expressão "liberdade".

Liberdade poderia ser definida basicamente como ausência de submissão e autonomia, desta forma, um ser humano realizando comportamentos voluntários, quaisquer que sejam.

O ser humano perde a sua liberdade em dois grandes níveis, em regras naturais, impostas por Gaia (imutáveis e indiscutíveis) e regras morais/éticas, impostas por seres humanos (mutáveis e passíveis de discussão).

Tenho como foco as regras morais/éticas que também operam em dois níveis, molar (cultura) e molecular (organismo).

Vou delinear ainda mais o foco para o nível molecular, que é a introjeção de regras (família, escola, cultura, etc.) que por fim tornam-se auto-regras (controladoras, determinadoras* e mantenedoras do seu comportamento).

Em nível molecular, quantas vezes você sofreu ausência de liberdade? Tudo bem, fica difícil de contar, para facilitar, quantas vezes hoje você sofreu disto?

Você se torna seu pior inimigo a partir do momento que não se comporta como queria se comportar.

Boa parte das vezes que você quis fazer algo e não fez, você se tornou seu próprio e maior inimigo.

Aquela aproximação que não ocorreu, aquele beijo que não se deu, aquele currículo que não se enviou, aquelas palavras que não foram ditas (sejam elas de amor ou ódio).

Todos temos nossas dúvidas sobre o nosso sucesso em determinados contextos, mas quem dá significado ao contexto é você.

A dúvida do sucesso em boa parte dos casos, a falta de confiança, entre outros fatores que determinam a falta de comportar-se, é toda sua.

Em suma, poderia concluir que a internalização de regras, faz com que nós selecionemos comportamentos inadequados frente a oportunidades. Podem até ser vistos como déficits comportamentais.

Não estou dizendo que somos todos capazes de agirmos como quisermos e que dará certo, isto não existe.

Estou dizendo que existem vezes nas quais conceitos devem ser revistos, elaborados e modificados.

Você não irá mudar por "querer mudar", mas a identificação das variáveis que controlam o seu comportamento são premissas para a modificação de não comporta-se para comportar-se.

Este post é um rascunho.

*Pra quem não sabe, descobrir que os comportamentos são determinados deve ser um choque!