sábado, janeiro 08, 2011

Chapter I – Por que eu sou ateu?

Escrevi um tópico enorme, daqueles que ninguém leria, dividido por argumentos incompletos. Me veio uma simples ideia de no lugar de argumentos incompletos, capítulos dedicados a tais argumentos.

Eu já tenho um pequeno roteiro, mas como posso mudar de ideia no meio do caminho, prefiro ir colocando os argumentos conforme eu for escrevendo e não me complicar prometendo algo que posso não vir a cumprir (do mesmo jeito que ainda não consegui cumprir minha história de vida).

Chapter I – Por que eu sou ateu?

A explicação está obviamente conectada a minha ontogênese (por mais que todas as expectativas fosse a de um cristão devoto – minha mãe se pergunta “O que deu errado?”).

Quando pequeno não era muito religioso, sempre zombava junto a meu irmão de Deus. No catecismo era piada atrás de piada com meu primo, a mulher que dava as aulas do catecismo já chegou inclusive a ir até a minha casa falar com a minha mãe (claro, 13 anos atrás aproximadamente).

Pra eu pular para o ateísmo foi uma questão de decisão, o Dawkins diz e concordo com ele, não existe criança muçulmana, criança católica, criança judia, o que existe são pais muçulmanos, pais católicos e pais judeus.

Meus pais, obviamente católicos apostólicos romanos apostaram que eu também me tornaria um, aposta esta fadada a ruína.

Meu ateísmo surgiu da forma mais natural possível, não consigo informar quando, mas digo que nunca fui católico por opção, meus pais eram católicos e eu repetia que era, assim que formei uma opinião disse que era ateu, notem, nem tive o passo mais comum que é seguido por agnosticismo, o pulo foi direto, sem pestenajo, sem armário, sempre fui muito claro a todos quanto a isto e repito, tenho orgulho de ser ateu.

Eu sou contestador nato, sempre tive citando meu pai "a língua afiada", dificilmente quando pequeno aceitava ordens sem justificativas razoáveis (e Deus nunca entrou nessa categoria).

Essa parte contestadora minha formou o ser racional que sou hoje, não tenho dúvidas que esta racionalização minha proveio de uma ausência de algum tipo de afeto da minha família, precisei de alguma forma me render a racionalização e não a emoção, essa é a minha explicação do meu "eu" ao extremo racional.

Cada estudo que faço, cada palavra que leio, tudo isso faz uma rede de argumentos que em sua maioria apenas me levam cada vez mais distante de Deus, cada vez mais percebo o absurdo da existência da metafísica.

Dessa forma quero dizer que eu busco o conhecimento para poder ter meu posicionamento extremamente claro frente ao mundo. Eu antagonizo qualquer tipo de posição "em cima do muro", todas as perguntas que me fazem sobre o que eu gosto, eu respondo com a maior facilidade e se não responder ou me contrariar, tanto quanto a ciência, volto a pensar e me posicionar novamente, digamos que falseando meu posicionamento, outro tomará seu lugar até que seja falseado novamente.

Já ouvi muitos argumentos de Deus e o que mais achei interessante, pois me fez rir por alguns minutos, foi a de Aldous Huxley, na matemática:

Sabe a fórmula m sobre nada é igual ao infinito, sendo m qualquer número positivo? Bem, por que não reduzir a equação a uma forma mais simples, multiplicando os dois lados por nada? Nesse caso teremos m é igual a infinito vezes nada. Quer dizer, um número positivo é o produto de zero e infinito. Isso não demonstra a criação do universo por um poder infinito, a partir do nada? Não demonstra?

É cada explicação que me aparece.

Para que algo seja real, ela precisa ser provada, para provar algo, temos na ciência o conhecido método científico, Deus não entra nessa categoria (provavelmente argumentos posteriores irão deixar o por que falo isso – como disse, este é o primeiro capítulo).

0 comentários:

Postar um comentário