terça-feira, dezembro 07, 2010

Behaviorista x Religioso

Começarei aqui, meus ataques à religião. Titio Dawkins me deu o aval.

Este primeiro ataque vai aos behavioristas religiosos (o que só de ler, já dói).

As pessoas acham que podem adentrar posições filosóficas e dar-lhes sentidos e significados como bem entendem, em alguns momentos, fica ainda pior, ora fazem parte de uma posição e ora de outra, parece até que estão pedindo um lanche no Burger King (lembram do “fazemos do seu jeito”?).

Dizer que é um behaviorista radical é aceitar uma posição filosófica que tem como uma das bases o darwinismo (evolução das espécies – sobrevivência do mais apto) e também, aceitar a visão do homem como um ser monista.

Aceitar o monismo, é aceitar que existe apenas um tipo de substância, dessa forma, desembocamos em dois resultados, o monismo idealista, do Bispo Berkeley, no qual diz que a única substância existente é a imaterial (com exceção do B. Berkeley, ninguém nunca levou o monismo idealista a sério); e o monismo materialista, no qual a única substância que existe é a matéria (quando eu disser monista, entendam este segundo)¹.

Dizer que sou monista, portanto, é acatar a posição de negar qualquer coisa (por menor que seja) que fuja do físico, que seja metafísico.

Aceitar a religião é aceitar um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e/ou finalidade da vida e do universo, normalmente a criação é ação de um agente sobrenatural, sendo dessa forma considerado, santo, sagrado, divino ou espiritual. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Eles tendem a ditar um tipo de moralidade, ética e leis religiosas, proferindo formas de comportamento a seus adeptos ² e ³.

Portanto, aceitar religião é aceitar algo além do físico, aceitar o metafísico.

O que falta aqui, além de parar e racionalizar um pouco são sair de cima do muro e contestar a realidade tal como ela se apresenta. O assunto por ser tão delicado e por modificar todo o sistema de crença da pessoa, faz com que a mesma fique em cima do muro* ou monte um sistema pessoal* do por que ela crê em um agente metafísico e continua sendo behaviorista.

Digamos que eu compro um carro vermelho, eu não posso falar para uma pessoa que o carro é azul e esperar uma confirmação (sem complicar gente, a pessoa não é cega, não é daltônica e sabe a diferença entre vermelho e azul).

As pessoas acham que isto não acontece dentro das posições filosóficas, pois por serem estruturas, são moldáveis a gosto do freguês. Enganam-se, as posições filosóficas são estruturas já determinadas.

As pessoas que se dizem behavioristas religiosas (que são duas posições que se contradizem automaticamente) se sentem bem, parece que estão acima dos reles mortais, falando bonito, mal sabem o que estão falando.

Se fala sobre fé, não fale comigo sobre ser behaviorista, você não o é.

A sua posição é uma ou outra, não uma e outra. O que mais me aflige é quando ora se é um e ora se é outro.

A religião por ser diversas vezes um sistema com ética e moralidade implica em códigos e formas de comportamentos bastante específicos, tema este que será um próximo ataque.

Dawn, religião é uma coisa de cada um, adianta você ficar falando?

Adianta sim, e muito, primeiro pelo motivo do reforço de falar sobre isso é natural, me sinto melhor e segundo pois se ninguém falar nada, continuaremos nesta hereditariedade que é a religião. Alguém precisa se opor, por mais árduo que seja o caminho a ser trilhado e por mais odiado que você seja ao falar.

*comportamentos de fuga e esquiva.
1 - Báque, 2007.
2 - "religion". Dictionary.com Unabridged. Random House, Inc.

http://dictionary.reference.com/browse/religion.
3 - Encyclopedia Brittanica

4 comentários:

Jordana disse...

As religiões funcionam como um efeito placebo - dopam as pessoas.
Mas muitas vezes funciona, comigo funcionou. Pedi pra ser iluminada na hora da prova, respirei fundo, me acalmei e foi o/
e isso que sou agnóstica...
agnósticos negam tanto o teísmo como o ateísmo. A existência de Deus nunca será provada, mas também não se pode provar que ele não existe.
Deus pode ser o sol, a lua, uma estrela, ou até mesmo a atmosfera... mas quem pode provar? Já que tal ideia é absurda - analisada pelo ponto de vista racionalista.
Portanto, é mais fácil negar, porque afinal você não o vê e não pode tocá-lo. Mas quem sabe ele não existe...?

A vida é uma incógnita e perguntas desse gênero (capciosas) nunca serão respondidas. Ou melhor: nunca terão a resposta que você quer. Um afirma, um nega, e outro inventa fantasias.

Mas... não é melhor acreditar? não é melhor estar "bêbado/dopado"!? as pessoas têm problemas e querem conforto, e Deus é um conforto para elas.

O que não é saudável é ser fanático religioso, dar dinheiro para as igrejas - que sustentam padres que “comem” criancinhas e ser fã do Edir Macedo.

As igrejas são fontes de dinheiro, de pessoas histéricas que berram e cantam mal. São o capitalismo, são a máfia!

Fernando Ferreira Fernandes disse...

Xuuu! O tópico era sobre um behaviorista ser um religioso, não sobre religião! auhahuauhauhhauau

Quando eu for atacar a religião mesmo! daí você coloca isso de novo e a gente discute!

ahuahuahuhauauhauhhuahua

Eu ri!

Mas só um comentário, tu não acha que os comportamentos de "respirar fundo" e "acalmar-se" que foram os responsáveis por você ir bem? Ou foi o comportamento de "pedir para ser iluminada"?

Anônimo disse...

tantas perguntas.sem respostas ne.acho que a vida em si e um grande misterio.eu acredito na existencia de Deus .creio que todas as minhas duvidas vao acabar um dia.no mesmo dia que me orgunharei por nunca ter duvidado.

JessyMsP disse...

Farei um trabalho cujo tema é behaviorismo na religião e estou mais q perdida já q como vc mesmo disse não há religião no Behaviorismo. Gostaria de tirar algumas dúvidas e se vc estiver disposto a ceder dois minutinhos eu agradeceria muitissimo.
E-mail jessicamsparma@yahoo.com

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