quarta-feira, agosto 11, 2010

O futuro e a sua previsão

Como sempre a minha preocupação é com vocês, o que vocês pensam ao ler este título?

Digo isto e, continuarei dizendo, pois o que vocês pensam é provavelmente diferente do que eu penso*.

Prever o futuro me faz pensar em algo pela qual luto, sentir ausência de dor**.

A previsão do futuro tem inúmeras formas, grandezas e tempos, posso prever o futuro e modificá-lo, posso prever diversas formas de agir em uma única situação no futuro e posso também prever o futuro determinado, aquele que mesmo com as minhas ações, ele acontece, em relaçao ao tempo, posso prever o futuro imediato, a médio prazo e a longo prazo, em relação a grandeza, posso prever o meu futuro, o futuro dos outros, o futuro da humanidade, apenas catástrofes, precisamos defini-los para obtermos um resultado final, pois são interdependentes.

Tenho sempre que ir delimetando o foco do post, dessa forma consigo terminar. O foco aqui em tempo, forma e grandeza é, prever o meu futuro, apenas o que acontece comigo e claro, com os que estão comigo no momento, a previsão não se estende ao que acontecerá a eles, consigo também prever todas as formas de agir, posso imaginar se uma forma de agir está correta (lembrando que certo e errado é subjetivo) e agir assim quando o momento chegar, ou simplesmente imaginar outras formas de agir.

Tudo bem Dawn, mas por que você escolheu esse tempo, forma e grandeza? Simples meu caro leitor (ou seja, eu mesmo), pelo simples motivo de eu não me importar com o resto da humanidade, não quero salvar o mundo, não me importo, eu quero o meu sentir ausência de dor, acredito isso ser suficiente, não pretendo ser Jesus, talvez, nem se pudesse ser seria-o. Eu quero ajudar os que estão ao meu lado, aos que voluntariamente me importo, da mesma forma que não é difícil eu me importar, também não é difícil eu não me importar.

Dado o foco, precisamos de uma gênese também, ou seja, quando surgiu o prever o futuro? É claro que uma pessoa que nasceu prevendo o futuro, uma que prevê desde os dez anos e outra que prevê o futuro aos 23 anos possuem formas diferentes de se sentir tanto em relação ao poder tanto quanto a sua forma de usar.

A gênese é, agora! Imagine que a partir de agora você consegue prever o seu futuro e as suas variações.

É bom? Ruim? Não importa? Tanto faz?

Imagine que a partir de agora, tudo que você fizer vai ser premeditado com ciência dos resultados, imagina estar sempre certo, ter sempre as palavras certas, fugir das brigas das quais não consegue ganhar, brigar as que sabe que se vai ganhar. Quando digo saber, é realmente saber, pois é o que vai acontecer.

No tópico passado, cito o arrependimento de não ter feito algo pelas rédeas das suas próprias auto-regras, as suas auto-regras, normalmente (eu acho), são criadas por falta de certeza do êxito de um comportamento, não beija pois o target não quer, não envia o currículo pois a empresa tem outros currículos mais importantes, não entra em uma briga pois não ganhará. Na maioria das vezes, é algum tipo de rejeição, algum conceito seu sobre um déficit comportamental seu (que pode ou não existir), é um não, eu não consigo.

Imagine que agora você não só sabe que ao beijar o target, o mesmo irá retribuir, como sabe como facilitar o seu caminho para que o target queira o beijo. O mesmo para os outros exemplos, sabe como incrementar seu currículo com as informações desejáveis (não tem como fazer milagre, se a vaga é para psicólogo e você não tem formação de psicólogo, só lamento, vagas exigem premissas).

Imagine uma briga com a família por uma besteira, poderá facilmente ser evitada, imagine que ao chamar alguém da sua família de "louco" ative um comportamento de agressão, você saberá, e pode escolher chamar ou não (sabendo inclusive suas causas).

Até agora, pensei em um sentido em melhorar a vida sem usar "golpes baixos", mas, imaginem que a partir de agora, você saberá como xingar a pessoa e tirá-la do sério, saberá como fazer alguém desbalancear-se frente ao equilíbio razão-lógica-emoção, quando o emocional toma conta, as pessoas fazem besteiras (todos já passamos por isso, não é verdade?).

Na minha opinião, eu iria manipular o tempo a bel-prazer. Seria ótimo.

A solução da previsão do tempo, até a sua aspiração, é uma ilusão de fracos, de pessoas que vivem sem arriscar, que não expõe, que não se aventura.

É no erro que se aprende empiricamente.

Eu, um organismo monista (o pior tipo), também posso ter minhas ilusões de vez em quando, permitam-me, ou melhor, permito-me.

*Notem que eu não indico uma relação hierárquica, eu apenas digo, diferente.
** Será "sentir ausência de dor" melhor que "ausência de dor"?

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