sexta-feira, agosto 27, 2010

Eu quero conforto

Se eu lhe disser que saúde é sinônimo de ausência de doenças, você concordaria?

Se sim, por que? Se não, por que?

Calma dears, é retórico, não, não podemos concordar, se você concordou com a frase, você (desculpe pela sinceridade, um dia eu também achei que essa frase estivesse certa, minha professora de Filosofia que tem mestrado também achou o mesmo [até eu ensiná-la o correto], então não sintam culpa, é mais normal do que parece), você está enxergando o ser humano com uma visão limitada, não somos seres apenas biológicos, somos também seres sociais, que fazem o uso da psique e essa é a visão holística correta do ser humano.

Saúde é considerado como bem-estar psíquico, físico e social, isto vai em linha com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pergunto-lhe, você é saudável? Com suas neuroses, psicoses, psicopatias, status social, poder aquisitivo, hormônios, anatomia, movimentos executivos, neurologicamente? Todas as funções?

A vida é cheia de estados (vão e voltam [ex. emoções {feliz/triste}]) e fases (são passadas e deixadas para trás [desenvolvimento {infância/adolescência}]), então, se você ler esta frase todo dia, um dia dirá que sim, outro não, outro talvez and so on...

Poderíamos dizer que quando saudáveis, estamos confortados, não como sinônimos, mas como uma relação de causa e efeito (se saúde então conforto).

O dia que que eu fizer o post analisando a parte positiva das expressões, encerro o blog!

A minha intenção é elaborar o estado não saudável, social/psíquico (foco).

Quando não estamos bem, quando perseguimos o bem-estar (aquela luz ofuscante bem distante de nós, para alguns tão distante que consideram esta luz o sol) temos infinitas formas de responder, de nos comportarmos para atingirmos a paz (ou a destruição, caso isso seja o seu bem-estar).

Uma das formas, a que eu mais queria acreditar, pois tenho fé (estranho não?) de que esta é, sem sombra de dúvidas, a forma em excelência quando falamos de conforto. Podemos explica-la por uma palavra: Deus.

Como escrito por Lillie Emery em "Varidades da Experiência Científica" de Carl Sagan:

Minha raça não saiu mesmo de uma piscina natural?
Deus, eu preciso acreditar que você me criou:
Somos tão pequenos aqui embaixo.

Buscar conforto em Deus, ter esta possibilidade, para mim nada equivale, a paz que Deus traz a seus seguidores é inigualável. Mas eu, apesar de precisar acreditar, não consigo, não enxergo, não O vejo, e por favor, não me venham dizer que ele pode ser provado pelas leis naturais, não me falem que a bíblia representa nem que parcialmente a realidade, muito menos que a crença nele deve partir antes de tudo de fé, de que estamos aqui tendo nossa fé testada (simplesmente não desce).

Tudo bem, mas, sou ateu igual você Dawn, onde eu encontro conforto? Como disse acima, existem infinitas formas de se buscar conforto, de se renovar, de ser consolado, de fortificar-se. Diria que cada macaco no seu galho.

Tudo bem Dawn, e você enquanto monista, pessimista, sincero, retentor de ódio pela própria raça etc, onde encontra conforto?

Também em uma palavra: Música.

É incrível como no passar dos anos, mais e mais eu me afogo nesta maré de sentimentos eliciados* por esta maravilha, este encanto, o transe que me gera, no qual me encontro quando me pego acordando do mesmo ao desmistificar uma frase/letra de música.

Quando digo música, não quero dizer no sentido instrumental, quero novamente instituir a visão holística, é o conjunto, a voz, os intrumentos, ao ver a pessoa cantar vamos ainda mais distante, podemos sentir a emoção sendo passada a frente, empatizamos.

Para cada situação tenho uma música, uma sentença, uma estrofe, frase, o que for na qual me gera conforto**.

Nem sempre (nem os que acreditam em Deus [imaginem eu, que tenho música como principal fonte de conforto]) somos confortados pelas nossas fontes principais, são diversas, temos Deus, amigos, família, emprego, dinheiro, tudo isto nos dá conforto, para alguns mais, para outros menos.

As emoções sobressaem e nós perdemos o foco, perdemos como nos comportar, parece que somos ordenados pelas nossas emoções, podemos saber que mandar aquela mensagem para alguém não lhe trará nenhum resultado, se manda, pois não temos controle, podemos definir assim, falta de controle, quando nos comportamos obedecendo nossas emoções, é em busca de conforto, mandamos a mensagem e instantaneamente nos sentimos bem, até quando? Qual será a próxima variável para o controle? Nos afundamos ainda mais por obedecermos nossas emoções? Se cortássemos comportamentos ordenados pela emoção, os buracos que cavamos, seriam menores? Levantamento de hipóteses. eheheheh.

Termino como comecei, sem dar respostas, sem nenhuma poção mágica de conforto (como se fosse possível), sem aproximar-me da luz ofuscante, ansioso, buscando o meu conforto, a minha paz (não quero mais destruir, quero construir), o sereno.

Eu quero conforto

*No sentido comportamental "da coisa" (respondente/reflexo)
**Analisando bem isto, até podemos fazer uma análise comportamental

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