sábado, outubro 23, 2010

Eu desbravado, para você

Não sei ser gentil.

Sou arrogante.

Não sei ser educado.

Sou prepotente.

Não sei me expressar.

Sou crítico.

Não tenho “papas na língua”.

Sou inconveniente.

Tenho baixa auto-estima.

Sou exigente.

Não tenho “setocômetro”.

Sou perfeccionista.

Não tenho noção de espaço.

Sou autoritário.

Não tenho sentimentos.

Sou sarcástico.

Sou “cabeça-dura”.

Não sei fazer mágicas.

Não tenho habilidades sociais.

Não sei desenhar.

Em geral, não tenho habilidades.

A seguir a frase mais dualista que eu já escrevi: estes são alguns traços da minha personalidade voltados ao pejoro.

Temos no mundo uma população atual de aproximadamente 7 bilhões de pessoas, no Brasil, aproximadamente 192 milhões, em 2007 (último dado que consegui encontrar) tínhamos aproximadamente 150 mil psicólogos no Brasil (2007, ano que adentrei esta tão seleta profissão).

Poderia dizer estatisticamente que por termos 7 bilhões de seres humanos e 192 milhões de brasileiros, a probabilidade de eu conhecer um brasileiro é inferior a probabilidade de eu conhecer um estrangeiro, mais do que óbvio, esta afirmação não procede.

Em São Paulo, temos uma população de 40 milhões de pessoas, desta forma, temos 152 milhões de habitantes no restante do território nacional.

Novamente, estatisticamente por termos 40 milhões de pessoas em São Paulo e 152 milhões de pessoas fora de São Paulo, a probabilidade de eu conhecer uma pessoa fora de São Paulo é maior que a probabilidade de eu conhecer uma pessoa dentro de São Paulo, falso.

Toda essa brincadeira com probabilidades foi para demonstrar a fortuna das contingências que fizeram com que eu te conhecesse.

Hoje, nesta sua data, fica a minha dedicatória a você, singela e simples.

Nossa história é curta, lembro-me de ter postado algo sobre Jung na comunidade do House M. D. e de você me adicionando, pontuo aqui a fragilidade que possuem as relações em seu princípio, uma frase, colocação ou até mesmo uma única palavra pode findá-la.

Passamos por tudo isto, mais de vez fui repressor, autoritário e todas aquelas características que integram (quanto dualismo) o meu eu.

O que eu enxergo aqui é que sabemos respeitar e trabalhar nossas adversidades, você que tudo quer saber, sem descartar a mínima gota de conhecimento (como se fosse líquido), já que sua HD tem 1 zettabyte (10²¹) e eu, que elimino qualquer outra forma de contaminação dualista que possa surgir (apesar de fazer o uso dela com freqüência), já que a minha HD e base são mais comprometidas que as suas.

Não gosto da palavra sorte para designar as contingências positivas que fizeram com que nos encontrassem, mas dou a nós (a você e a mim) todos os espólios destas contingências, que, apesar das brigas, das palavras mal ditas, dos temperamentos, da over-honestidade etc fizeram com que eu adicionasse em minha vida alguém que faz diferença.

Bruna, saiba que tenho apego em você, um dos principais reforçadores positivos que tenho.

Ad infinitum.

Um grande beijo, te adoro menina.

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