segunda-feira, junho 13, 2011

Malditas contingências

Malditas contingências

domingo, junho 12, 2011

Amor, Sexo e Relacionamentos

Hoje o assunto vem a calhar, próximo a um término de algo que eu chamo de relacionamento (mas que outras pessoas chamam de outras coisas - talvez eu explique isso) e bem próximo de uma data bem especial para pessoas mais tradicionais (comecei a digitar isto ontem, mas as contingências não deixaram eu terminar).

Primeiramente e quase que obviamente a crítica será feita à religião. A base da crítica será essa frase, não me lembro o autor:

“Religion takes everything that your DNA naturally wants to do to survive and procreate and makes it wrong" (Religião pega tudo que o seu DNA naturalmente quer fazer para sobreviver e procriar e faz disso algo errado)

O Brasil que é um país com uma forte influência religiosa em todos os cantos (pelo que eu vejo, católicos e evangélicos - me limitando a SP). Portanto, normalmente nascemos em famílias religiosas e muito do nosso princípio é modelado a partir dos valores morais da nossa família, que é o primeiro grupo social que temos contato.

Estes valores religiosos linkam, fazem uma ligação direta entre amor, sexo e relacionamentos, e aqui meus amigos, vem toda a minha crítica.

Amor, sexo e relacionamentos são coisas que a depender do tempo que as pessoas estão juntos, inevitavelmente acontece, mas os gradientes são diferentes.

A religião linka os três no gradiente mais poderoso possível. Preciso amar a pessoa para poder ter relações sexuais, porém, para poder ter relações sexuais eu preciso estar em um relacionamento (hoje em dia conhecido como namoro).

Uma coisa que eu não entendo é: por que as pessoas vinculam atração física a amor? Ou sexo com amor? Ou sexo com relacionamentos?

Mentira, eu entendo sim e já expliquei o por que disto acontecer. Acontece por causa da religião e dos valores morais das mesmas. A religião quer a sua infelicidade, é isso que ela quer.

Sabe por que digo isso? Melhor, deixem uma Doutora dizer: o tesão sexual é muito forte. Em termos de promessa de satisfação a curto prazo, é mais poderoso do que matar a fome ou a sede. Depois de uma relação sexual há uma grande liberação de endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao ópio, que tira a dor e proporciona um profundo bem estar. (Margareth Rose Priel, do departamento de neurologia experimental da Universidade Federal de São Paulo)

Sexo é prazer a curtíssimo prazo e não gente, não é errado fazer! Não precisamos amar a pessoa e não precisamos estar em um relacionamento com ela. Podemos ter um relacionamento, podemos amar, mas não precisamos de uma prisão sentimental (já vocês entendem).

As pessoas tentam vincular o dia dos namorados como um dia feliz para os namorados e triste para os solteiros. Eu pergunto, me expliquem então por que isso acontece?

Os namorados estão gastando dinheiro em uma data arbitrária. Vão ter que passar mais um dia com suas namoradas, por exemplo, um amigo do meu irmão queria vir hoje aqui em casa, mas a noiva dele não deixou. Um amigo meu queria ir ao show do The Agonist que vai ter hoje, mas a namorada dele não deixou. Meu irmão ganhou Tron 1 em Bluray, quando na verdade, ele queria o Bluray do Tron 2. Ou seja, isto fatalmente desembocará em briga. O The Agonist, dificilmente voltará para o Brasil e quando terminar o relacionamento deste meu amigo com sua namorada, vai sobrar um pensamento "caramba, não fui ao the agonist e não to namorando".

Aqui vem a minha segunda crítica ao namoro, o aprisionamento. Quando namoramos, por que temos que fazer tudo juntos? Somos tão pequenos assim? Sabe o por que digo isso? Não é por que temos prazer, nos sentimentos bem, ou seja, não é por que temos Reforço Positivo na veia. Somos pequenos por que não deixamos as pessoas com as quais estamos namorando saírem sozinhos por Reforço Negativo, é alívio, é a remoção de achar que a pessoa está pulando a cerca. A confiança acaba onde o poder da vista termina.

Uma das soluções para este problema é que hoje em dia a sociedade está se vendo cada vez mais instintual, as pessoas são cada vez mais, menos controláveis. Deus está caindo, aos poucos as pessoas estão passando para religiões menos controladoras, que permitem que você tenha outros tipos de relacionamentos. O contato com Deus está se modificando também, as pessoas estão e aqui vem uma frase linda da banda Sixpence none the richer:

I need love
Not some sentimental prison
I need God
Not the political church
I need fire
To melt the frozen sea inside me
I need love

eu preciso de amor
não de uma prisão sentimental
eu preciso de Deus
não da igreja política
eu preciso de fogo
para derreter este mar congelado dentro de mim
eu preciso de amor

O Deus politizado está caindo aos poucos (bem aos poucos mesmo). As pessoas estão cada vez mais liberais e enxergando Deus cada vez mais como liberal. Deus está perdoando o sexo sem significado, os relacionamentos rápidos, o sexo antes do casamento.

As pessoas estão querendo fugir de prisões sentimentais, as pessoas estão querendo fogo, estão querendo ser reconfortadas por um Deus amoroso, não um Deus que te enviará para queimar no inferno. A religião só continuará a crescer se o significado de Deus se tornar Reforço Positivo e não Coercitivo - mudança esta que vem acontecendo.

Hoje em dia, estamos na época que dizem ser do desapego, eu desgosto deste termo por que ele vai contra os meus próprios princípios. Eu não acho que o desapego seja a solução, por que ele postula relacionamentos sem significados. Eu não quero isso. Eu quero relacionamentos com significados baseados em liberdade, sem ter que ficar pensando o que seu companheiro está fazendo, se ele está te traindo, proibindo-o de fazer o que ele quer fazer... Relacionamentos pautados em estarmos juntos quando queremos estar juntos e não por que precisamos, como se fosse algum tipo de obrigação.

Obviamente eu não sou totalmente contra a monogamia, quando finalmente você encontra uma pessoa e pensa, essa é pra casar!, parabéns! Pra mim, ainda mais importante do que amar uma pessoa é confiar nesta pessoa.

Confiança libera a gente da prisão sentimental, a gente não precisa ficar preocupado com até onde os nossos olhos enxergam, por que confiamos nesta pessoa e quase que como resultado disto, amamos também. Ciúme raramente é saudável, desconfiança então!

Muito me impressiona uma pessoa que amo e tenho como modelo de vida (infelizmente tudo que ela tenta me ensinar, passa tão batido, a nossa frequência é tão diferente que quando ela quer me falar uma coisa, acho que entendo outra. Enfim, é um grande modelo e também acho que meu tempo de ser modelado por ela está acabando). Esta pessoa é super religiosa, o contato que ela tem com Deus é em seu quarto, não é com a igreja política. O casamento dela é baseado em confiança e liberdade, muitas vezes ela sai sem seu marido. Seu marido viaja e ela não se preocupa. Eles se amam. A explicação que ela me dá é que as pessoas tendem a pensar que o outro é sua outra metade, ela mudou meu pensamento radicalmente ao me falar que ela, na verdade, não é metade de ninguém. Que história é essa de metade? Ela é uma inteira! Seu marido também é um inteiro. Ambos são duas pessoas se relacionando. Não são simbiontes que se alimentam um do outro.

O que eles tem eu acho lindo. Quero pra mim também. Mas relacionamentos que já começam com cobranças e aprisionamentos eu não consigo e quando eu tento levemente me esquivar com a minha honestidade. Acabam ao saber meus propósitos, sem dó.

Eu quero construir amor a partir de liberdade e confiança com quantas pessoas forem, até fazer a minha escolha. Eu não quero um aprisionamento numa ficada.

Como já disse Sixpence, novamente, citando os Beastie Boys, I just wasn't made for these times (eu simplesmente não fui feito para estes tempos).

Mas estou feliz, updates sobre meu cachorro, ele ta super bem, latindo, com o rabo pra cima, fazendo arte. Apesar deste post ser entre outras postulações de pensamentos meus, é também um tipo de desabafo para um término de um relacionamento do qual discordo o motivo do término que me deixou um pouco chateado, a vida continua.

O show, tem que continuar.

E como diz The corrs, citando uma banda que não sei, mas sei que a música não é deles: Woman, they will come and they will go (mulheres, elas virão e irão)...

Até uma próxima.
Dawn.

segunda-feira, junho 06, 2011

The Cranberries - Linger

Essa música deveria ser proibida de existir, não pelo fato de que ela é a maior verdade multiversal (sim, se existem outros universos, esta é com certeza e sem sombra de dúvidas a maior até nestes), mas pelo fato de que relacionamentos em geral, deveriam ser terminados apenas com aviso prévio, para diminuir o golpe.

Extinção sem fade-out é uma das coisas mais cruéis que existem. Quando estamos acostumados a agir no mundo e obtermos algo bom*, estamos cientes de que, ajo e tenho, se agirmos e não tivermos ou se disserem para nós que não teremos mais algo, é tão dolorido quanto.

Começa-se então a variabilidade da resposta, pois, não vamos aceitar a extinção de primeira, vai existir obviamente um processo até que o comportamento retorne ao seu estado operante (ou seja, o que você fazia antes de conhecer tal reforçador).

Sem mais delongas, hoje estou impaciente, então a letra vai ser jogada, a tradução pode ser encontrada clicando aqui:



If you, if you could return, don't let it burn, don't let it fade.
I'm sure I'm not being rude, but it's just your attitude,
It's tearing me apart, It's ruining everything.

I swore, I swore I would be true, and honey, so did you.
So why were you holding her hand? Is that the way we stand?
Were you lying all the time? Was it just a game to you?

But I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

Oh, I thought the world of you.
I thought nothing could go wrong,
But I was wrong. I was wrong.

If you, if you could get by, trying not to lie,
Things wouldn't be so confused and I wouldn't feel so used,
But you always really knew, I just wanna be with you.

But I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

And I'm in so deep. You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

You know I'm such a fool for you.
You got me wrapped around your finger, ah, ha, ha.
Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to,
Do you have to let it linger?

Pra mim, a parte relevante que mais quero destacar é que, I thought nothing could go wrong,
But I was wrong. I was wrong. (Eu pense que nada poderia dar errado, mas eu estava errado, eu estava errado). Quem nunca pensou, "isso, dar errado? Claro que não! Impossível" e leva um Tiger Upper-cut na boca? Sabe daqueles que pegam os 7 hits e tiram metade da vida?

Pois é, deveria ser proibido. As relações deveriam findar-se apenas com a decisão de duas pessoas. Que absurdo é este de sair falando que se pode terminar assim, de uma hora pra outra sem a concordância das duas partes? Não! exijo julgamento! Um terceiro que decida, quem te deu o poder?

Finda-se, não eu, mas nós. E isso eu acho um ultraje, um desperdício. E mais, é tudo culpa sua. Mentira, mas até aí, é isso que ficará na minha lembrança, lembranças forjadas para minha própria auto-proteção.

*para usar um linguajar comum

Final de semana do caralho

É gente, nem tudo é reforçador positivo, in fact, reforçador positivo ta em falta hoje em dia.

O luvinha, meu cachorro mais novo, desenvolveu um quadro forte de epilepsia. O Sábado foi marcado por idas e vindas ao veterinário, com gente chorando em casa, gritos, meu irmão entupido de calmantes etc.

Felizmente consegui terminar os relatórios que estavam faltando e fui comemorar, com certeza a melhor parte do fds.

No domingo de manhã, acordei e fui levar meu cachorro novamente ao veterinário, de acordo com a minha mãe, ela perdeu a conta de quantas convulsões o Luvinha teve.

O dia seguiu e as convulsões diminuiram a frequência, o dia estava um pouco melhorzinho, estava fazendo meu TCC já sem muita vontade (apesar do resultado final, na minha opinião, ter sido positivo) e a noite, para a minha satisfação, me dão uma cereja no bolo. Sinceramente? Vai tomar naquele lugar, mesmo.

Uma amiga pela qual tenho grande apreço (e infelizmente acho que ela não faz ideia do valor que eu dou a ela) simplesmente virou para mim (modo de falar, foi por msn) e disse, não sou mais sua amiga, por favor, não converse mais comigo (em outras palavras - topografias diferentes, funções as mesmas). Tive acesso aos porques disto meia hora depois, com os créditos do meu celular zerados. Isto é particular, então não vou colocar aqui.

A intenção do post não é publicar minha vida na internet, é olhar para o céu e clamar a existência de Deus. Será tudo isto punição divina?

A gente costuma pensar que pessoas boas deveriam ter uma boa vida, trabalho, ajudo em casa, faço faculdade, não roubo, pago minhas contas, tenho meu carro... Mas isso não diz que você terá uma boa vida.

Vezes eu penso em deixar de ser honesto, em me aproveitar das pessoas na cara larga. Malditos princípios.
Honestidade que me rouba, que me tira, que me desprovê de tudo quanto é coisa, do ódio da minha família até o amor de pessoas queridas.

Me fere, me destrói, me fragmenta e mesmo assim, minha inabilidade de chorar e de expressar que estou triste alavanca ainda mais os socos na minh'alma, ninguém acredita em mim quando digo que estou triste, não convenço as pessoas.

Tão honesto, passado por tão mentiroso.

As pessoas acham que choro é sinônimo de tristeza, estão errados e atores provam isto. As pessoas acham que dizer que está triste convence menos que o choro, posso concordar, mas não para mim.

Me fere, me destrói, me fragmenta. Todos acham que tenho uma ótima vida, estão enganados. Neste momento, estou perdido.

Malditas contingências... malditas contingências...

Aos que ficam, fica aqui meu agradecimento a vocês.

sexta-feira, junho 03, 2011

Decotes - Afinal, mulheres são retardadas?

Antes de tudo, sim, eu quis chamar a atenção com o nome do tópico. ahuahuahuhau

Explicação do contexto. Local - Última porta do vagão do metro. Eu estava contra a parede lendo o que pra mim é o Novo Testamento da Igreja das Sagradas Contingências, ou seja, Compreender o Behaviorismo do Baum até que entram duas garotas. Uma delas com um belo decote e belos seios. Estava também bastante maquiada, olhos claros e loira. Um overall da nota dela, uns 7,75.

A temperatura em São Paulo era de 14º e com exceção de mim e dela, todas as outras pessoas no vagão estavam de blusa. Enquanto lia o livro, em momentos oportunos, vislumbrava seu decote e seu farto conteúdo, até que decidi complementá-la.

Eu: Oi (chamando sua atenção), belos seios.
Ela: (cara de espanto durante alguns segundos)
Eu: (cara de, qual o problema? ta louca?)
Ela: (após alguns segundos), você não tem vergonha na cara?
Eu: Como-lhe? Não entendi...
Ela: Você não tem vergonha na cara de falar isso?
Eu: O que vergonha na cara tem a ver com isto?
Ela: (provavelmente espantadada com a minha óbvia cara de pau)
Eu: Olhe ao seu redor
Ela: (olha ao redor)
Eu: Com nossa exceção, todos estão de blusa e você está usando decote.
Ela: E o que isso tem a ver?
Eu: Agora você vai ter que me dar 2 minutos... o que você acha que podemos levantar como hipótese? De que você gosta que as pessoas olhem para o seu decote e te achem atraente, pois, obviamente isto faz te sentir bem, faz te sentir bela, querida, superior e qualquer outra qualidade que queira colocar. Note, você também está muito maquiada, ou seja, aparência para você é algo de extrema valia, isto é um fato. Você deve acordar 1h30min antes de sair de casa pra tomar banho, fazer chapinha, passar maquiagem, escolher a roupa, se é que isto não é feito no dia anterior. A utilização de tudo isto que você está usando resulta exatamente no que você quer, que as pessoas olhem para você. Não tenho dúvida que você gosta/adora/ama que as pessoas olhem para você, se não, não se vestiria assim, o frio proporciona elegância para as pessoas, o que você está usando é proporcionado pelo verão. Agora, o que eu acho que está acontecendo aqui, um estranho olhou para você, dando exatamente o que você quer, mas ele foi além e disse isso na sua cara, você pode ter dois possíveis comportamentos, o primeiro é um comportamento* no qual você está feliz interiormente por ter sido complementada mas socialmente, aqui neste vagão, por causa das outras pessoas, da sua amiga, enfim, não pode aceitar este elogio e acha que isto é um absurdo socialmente, apesar de novamente, internamente estar super se achando. Eu considero isto bem idiota. O segundo é, você está se sentindo ofendida tanto no seu interior quanto no social, e isso, eu considero idiota ao quadrado, por que, se você se veste assim é isso o que você vai ter e se você não quer isto, tem alguma coisa muito, mas muito, mas muito fodida na sua cabeça.
Ela: (num tom bastante agressivo), eu só não vou continuar a discussão e nem fazer nada por que eu estou descendo, se não você ia ver....

A porta abre, ela sai.

Sério gente, decote no frio? É por que quer mostrar, olhe sem dó. Se ela se sentir ofendida, tem alguma coisa fodida na cabeça dela.

*na análise do comportamento a gente diria sobre a famosa expressão e demonstração de sentimentos. Digo que amo (demonstro), mas não expresso que amo.

quarta-feira, junho 01, 2011

Eu sou chato

Eu tenho diversos diversos ambientes, então, normalmente as pessoas costumam achar que é pessoal, mas galera, deixa eu explicar o seguinte em relação aos âmbitos de:

trabalho - O Fernando é chato
faculdade - O Fernando é chato
amizades - O Dawn é chato
Internet - O Dawn é chato
Família - O Fernando é MUITO MEGA BLASTER chato

Conclusão, gente, não é pessoal, não estou sendo chato com você, eu sou chato com todo mundo. E se você não faz parte da minha família, considere-se muito sortudo.