sábado, maio 21, 2011

Será que ele/ela gosta de mim?

Olá!

O tópico de hoje abordará uma questão chave nas relações interpessoais, será que tal pessoa gosta de mim?

Obviamente o gostar vai da amizade até o campo mais perturbador da vida humana, as amizades coloridas, as paixões, os amores...

As pessoas tendem a se perguntar incessantemente se tal pessoa gosta dela "Fulano gosta de mim?" ... "O que você acha?"... e muitas vezes, simplesmente ignoram todos os sinais que são dados.

Abaixo, alguns sinais que demonstram interesse de um por outro:

1 - A pessoa quando te encontra, abre um sorriso, levanta a sobrancelha.
2 - A pessoa liga pra você.
3 - A pessoa te envia e-mails, mensagens.
4 - A pessoa te adiciona (antes de você) nas redes sociais.
5 - Quando você a chama pra sair, ela sai!
6 - Quando você está conversando com ela, ela mantém o corpo próximo.
7 - Ela não rejeita toques (no caso masc/fem).

Na maioria dos casos citados acima é sempre bom ter um parâmetro para comparação. Quando ela vê outra pessoa, como ela reage? De vez em quando, por exemplo o item 1 acima, ela pode ver o melhor best ever friend dela e nem abrir nenhum sorriso. Então, apesar dos exemplos acima funcionarem por generalização, não são 100%.

Basicamente, podemos resumir o acima em, o custo de resposta (ação de uma pessoa) frente a um estímulo (você), deve ser mais reforçador (conversa) do que outras coisas que ela poderia estar fazendo.

Olhe um caso, uma garota acaba de entrar no msn:

X - homem. Y = mulher.

X diz:
Eae
Y diz:
Oi X, tudo bem?

Por mais simples que isto possa ser, o custo de resposta de digitar isto é muito maior que um simples "oi...". O começo da conversa, pode indicar muitas coisas. Por exemplo, ela responde o oi do X e além disto, proativamente continua a conversa perguntando sobre ele. Muito diferente de um "oi", que indicaria certa passividade no sentido de "0k, respondi, continue ou não a conversa". Receber um "Oiiiii, tudo beeem?" é via de regra, um ponto positivo.

X diz:
Beleza, só to enrolado com algumas coisas aqui... Mas e você como que ta?

Em relação ao X, a resposta dele é de tentar gerar alguma conversa com o ponto "enrolado com algumas coisas", obviamente ele quer que ela pergunte sobre e, não parando por aí, demonstra o mesmo interesse por ela, perguntando como ela esta.

Y diz:
To bem... mas ta enrolado com o que?

Acaba aqui o exemplo, conversa estabelecida, só dar continuidade, neste caso, o exemplo é de uma boa interação. Mas notem, pelo amor de Zeus, como já diz aquela comunidade no Orkut, "Sou legal, não estou te dando bola". Isto é outra coisa, que talvez, abordaremos mais a frente.

Outro caso, um rapaz querendo sair com uma garota depois de uma conversa.

X diz:
Po, ia ser legal.. que acha de irmos até um lugar ali...

Y diz:
ahh, hoje não dá! preciso fazer tal coisa...

Vocês já recusaram alguma vez uma oferta muito boa na vida de vocês? Quem quer, acha um jeito de conseguir. Notem, inclusive, que ela simplesmente fala que hoje não dá, mas também não abre a oportunidade para ser outros dias, uma alternativa para isso seria, "X, adoraria mesmo, vamos marcar outro dia com certeza, mas hoje não dá" ou qualquer outra coisa que demarcasse que outro dia iria rolar alguma coisa, não precisa ser tão fácil assim.

Uma pessoa, depois de chamar alguém para sair, duas vezes, não sai, só lamento kiddo, as pessoas tendem a sair com as pessoas que gostam. É sempre importante nas relações interpessoais notar os demonstradores de interesse que uma pessoa tem por você, isto é quase chave para saber se alguém gosta ou não de você.

Quando você conhece alguém e essa pessoa não faz pergunta nenhuma sobre você, não é legal.
Quando você conhece alguém que não fala muito, não ri, mantém uma postura fechada, não é legal.

Obviamente os sinais acima podem ser tratados, de vez em quando a pessoa é tímida, não sabe conversar, ou está te testando, mas, algumas pessoas simplesmente não valem a pena.

Uma pessoa que se esforça pra te ver, que te elogia quando te vê, que pede ajuda, que é ajudada, que mantém uma boa relação no sentido de conversar muito bem. Estas relações são claramente boas. O contrário disto demonstra facilmente que alguém não gosta de você e ficar se perguntando "será que alguém gosta de mim" é respondido por, quais são os esforços que esta pessoa faz para te ver, para conversar com você... Se a pessoa não te liga, não te procura, não um monte de coisas, dependendo de quem for, vai embora, chega, tudo tem limite.

Fiquem atentos aos demonstradores de interesse, eles são a chave para saber quando alguém gosta ou não de você.

quinta-feira, maio 12, 2011

Conflitos

Existem três tipos de conflitos, sendo eles os conflitos aproximação-aproximação, aproximação-esquiva e esquiva-esquiva.

O conflito aproximação-aproximação é dentre os conflitos, o melhor. Acontece que são duas coisas boas e você tem que decidir entre uma e outra. Eu tenho duas festas, de dois amigos, porém, uma é em Santos e a outra em Campos do Jordão. Não tem como ir as duas festas, apesar, eu querer ir as duas.

A tomada de decisão neste caso pode desembocar em diversos sentimentos de culpa, por exemplo, se a festa em Campos do Jordão (que foi escolhida) foi uma droga e eu não me diverti, vai gerar o pensamento "deveria ter ido a Santos!". Não é por que esta é a melhor, que não seja angustiante. A vantagem desta é a probabilidade de você se divertir, esta apresenta probabilidades maiores, como veremoa abaixo.

A segunda é a aproximação-esquiva e isto já começa a ficar complicado, pois, é aquele tipo de situação que você quer, mas, tem aquela outra variável que é agradável e desagradável ao mesmo tempo. Por exemplo, eu tenho apenas a festa em Campos de Jordão, vários dos meus amigos estarão lá, mas vai estar também a minha ex que sempre faz barraco quando me vê. Por exemplo, morar em São Paulo me traz uma diversidade muito ampla de lugares para ir, bares, baladas, shoppings, cursos, porém, também me traz trânsito, muita gente em todo lugar que se vai, custo alto de vida. No meu caso, morar na casa da minha mãe com a minha família é ótimo, gasto menos do que gastaria sozinho, tenho menos trabalho no sentido que não preciso lavar minha roupa nem fazer minha comida, mas, não tenho um lugar privado, os estudos são totalmente minados pelo barulho.

Agora é a hora de sentir pena e dó das pessoas, as situações esquiva-esquiva. Esta obedece basicamente duas frases, "se ficar o bixo come se correr o bixo pega" e, citando o Chase em um episódio de House "Damned if you do, damned if you don't"* (condenado se fizer, condenado se não fizer). Imagine que você está com uma mega dor de dente, 0k? Agora imagine também que você odeia (tem pavor de) ir ao dentista. Qual você escolhe? Imagina que você quebrou aquela peça super valiosa da sua mãe. Você pode contar pra ela ou não contar pra ela. Enquanto você não conta, você não consegue parar de pensar nisso, toda vez que sua mãe mexe naquele canto que ficava a peça, você sua frio. Quando sua mãe descobrir, ela vai acabar com você. Por isto, situações esquiva-esquiva são tão chateantes.

Ta, mas por que você ta falando disso? Por que eu to enfrentando milhões de situações esquiva-esquiva e aproximação-esquiva e está muito ruim. Entendendo-as melhor, pode-se tomar rumos melhores.

Notem gente, estas são situações de CONFLITO, não são todas as situações da vida. Se você não quer ir a festa em Santos, então não existe conflito. Você simplesmente vai a festa em Campos. Se você não se importa com a sua ex fazendo barraco, então não tem conflito e por fim, se eu não tenho receio de ir ao dentista, também não existe conflito.

E óbvio que estes argumentos são precedidos pelo Behaviorismo.

*Neste episódio, a Cameron acerta o diagnóstico perfeitamente logo no começo do episódio, mas o House fala que não é e ela desiste. O Foreman vai contra tudo que o House está fazendo com a paciente e dedura ele para a Cuddy (obviamente ele fica puto com o Foreman). Daí no final do episódio, quando a Cameron diz "mas este foi meu primeiro diagnóstico", o House vira pra ela e diz "Você deveria ser mais igual ao Foreman e ser mais convicta sobre suas decisões, eu falei duas palavras e você desistiu do seu diagnóstico". Daí o Chase diz a frase supracitada ""Damned if you do, damned if you don't"